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Relato de viagem
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Do Litoral de Guarujá-SP até Fortaleza-PE - O Trem de Volta

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O TREM DE VOLTA

        No dia seguinte, o Antônio Carlos, foi para a estação ferroviária informar-se para viajarmos de trem até Juazeiro do Norte. Depois de muita conversa, ficou acertado que cada moto pagaria US$25,00 cada moto e mais US$12,00 cada passagem de primeira classe. Aproveitamos o resto do dia para fazer compras e despachar as barracas e o resto do material em excesso, que não servia para nada. Á noite fizemos um churrasco, e discutimos sobre a rota a seguir a partir de Juazeiro do Norte: passaríamos por Brasília e Belo Horizonte.

 

              Embarcamos a tarde. A cerveja custava US$1,50, e depois de chamarmos o chefe do trem passou a custar para a gente U$1,00. A cada hora, o trem parava numa estação. No dia seguinte, as 9 da manha, estávamos em Juazeiro no Norte. Tiramos as motos e fomos ver a estátua do padre Cícero; realmente vale a pena, para quem tenha ou não fé. Visitamos também a feira dos pássaros; ali se vende e se troca de tudo.

        Finalmente pegamos e estrada até Crato e depois até a famosa Exu, onde não ficamos apesar dos visitantes serem bem-tratados desde que não pertençam a nenhuma das duas famílias em briga.Tocamos até Petrolina, a beira do São Francisco, onde achamos um hotel que cobrou US$6,00 por pessoa. O tipo do hotel não interessa muito, o que importa é o preço barato, e que as motos fiquem dentro do hotel com segurança. Caso contrário o hotel não presta.

        A noite fomos até o lado baiano (Juazeiro) visitar umas boates. No dia seguinte fomos assistir uma corrida de cross. Os alto-falantes berravam aos quatro cantos que estava presente o pessoal da revista MOTOSHOW: Antônio Carlos disse que estávamos fazendo uma reportagem para a revista, e eles entenderam que nós éramos da revista. O inspetor geral da Honda no Nordeste nos colocou a disposição todas as concessionárias por onde iríamos passar para qualquer tipo de assistência técnica. A ele nosso muito obrigado pela gentileza, assim como a todo o pessoal da corrida.

        Em Juazeiro compramos aquelas carrancas de madeira que os barcos do rio São Francisco levam na proa para espantar os maus espíritos. Como achei barato, comprei duas grandes e duas pequenas, e lá vai carga nas motos...Como começou a chover, paramos em Capim Grosso, enquanto Araújo voltou para Salvador, para ver a namorada.

        No dia seguinte (25 de setembro), chegamos em Rui Barbosa, de onde despachamos a metade das coisas pelo correio. Só não foram as carrancas, pesadas demais. Rodamos 820 quilômetros, e fomos dormir em Barreiras, a 740 quilômetros de Brasília. De Rui Barbosa até Brasília, a rodovia (BR242) é uma reta só, com bom asfalto, porém bastante desanimadora e muito chata. Minha moto teve um pneu furado; foi um trabalho e tanto consertar, debaixo de um sol de lascar. Paramos a beira de um rio muito lindo e decidimos descansar por uma ou duas horas. Acabamos chegando em Brasília as 22 horas e fomos dormir na casa do Tio da Cisa, gente fina.

 

         Acordamos cedo e fomos para o centro de Brasília tirar as fotos de praxe: catedral, monumento JK, Palácio do Planalto, etc. Em seguida, abrimos o gás rumo a Belo Horizonte. Depois de atravessar mais uma vez o rio São Francisco, paramos para visitar a Gruta do Maquiné, que é algo fantástico de se ver, com uma história muito bonita, quem for naquela região deve obrigatoriamente ir até lá e visitar.

             Chegamos em Belo Horizonte as 17 horas, e fomos procurar o Moacyr, que é representante da Endurance ( firma do Antônio Carlos), em Minas Gerais. Acabamos dormindo num motel. No dia seguinte acordamos tarde, e fomos andando devagar, pois a XL do Antônio Carlos dava sinais de cansaço, decidimos passar a última noite de estrada em Três Corações. E finalmente no dia 29 de setembro chegamos em São Paulo as seis da tarde. A Shalma (mulher do Antônio Carlos, grávida de seis meses) e a Sílvia (minha mulher) mandaram fazer uma faixa de Boas-vindas. Após de 29 dias de viagem, foi uma boa surpresa para nós. Abrimos a Champanhe. Enquanto o Antônio Carlos conversava com a mulher dele, acompanhei o Marcos e a Cida até Santos de onde saí dois dias depois para minha casa em Florianópolis: ainda tive 740 quilômetros a fazer.

        Viajando sozinho, você anda mais, para onde quer, porém é mais chato do que a dois ou- no máximo- a três (mais não dá, não aconselho). É claro que surgem brigas, ás vezes, mas a amizade fala mais alto, e a cervejinha da paz sempre ajuda....

FIM

 



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