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O Destino é o Jalapão - São José Rio Preto
37 dias rumo ao Jalapão - 2018 Fala meus nobres!!! Vou dar uma continuada nesse blog, pelo menos até a chegada no Jalapão, porque assim eu posso compartilhar esse relato via link com mais viajantes camaradas que sempre me pedem dicas, roteiro e informações sobre essa minha viagem até os confins do Jalapão. Então se prepare e aperte o zóio na tela d...
Continue readingLEMBRANÇAS DE UMA VIAGEM
LEMBRANÇAS DE UMA VIAGEM: Nunca é demais recordar momentos vividos durante uma viagem ... Aqui mostro o caderno (bitacora de viagem) onde apontava as etapas, gastos em gasolina, alimentos, hospedagem e outros dados diversos da viagem que fiz em 1962 quando. uni o Oiapoque ao Chui de VESPA ... Uma das coisas que até hoje me chama a atenção são os ar...
Continue readingUMA AVENTURA NA “SELVA DE PEDRA” EM SETE CIDADES PIRACURUCA PI
Dia 06/02/2021, sexta feira As 11h de uma sexta feira nublada, com as tralhas prontas e já sobre a moto saio com o destino a conhecer, explorar e me aventurar em uma "selva de pedras", o Parque nacional de Sete Cidades, localizado no município de Piracuruca no PI, conhecer o Quintal do Curiólogo e o próprio Curiólogo e ainda aproveitar para dar um ...
Continue readingMotociclismo o sentimento de irmandade
Os Araras de aço é um dos motoclubes mais antigos daqui da região de Belém-PA nós temos como nosso forte dar apoio aos estradeiros que passam por Belém. Você sabe que no motociclismo o sentimento de irmandade é muito forte e todos que precisam de ajuda no nosso meio, seja motociclista, seja viajante no modo geral, nós estamos dispostos a ajudar. Es...
Continue readingChaco paraguaio
Aqui faço um pequeno relato de uma expedição que eu de MCRondon Pr, Edson Reiter e Cesar Beloni de Dourados Ms fizemos para o Chaco paraguaio em agosto de 2018. Depois de muitas reuniões, inicialmente com 54 interessados em fazer a expedição, um mês antes tinham 27, 12 dias antes 8, uma semana antes três rsrsrs. Sai de MCRondon Pr e me encontrei com os dois irmãos em Dourados e de lá seguimos rumo a Porto Murtinho Ms, divisa com o Paraguai, onde nos encontramos com nosso apoio, Franz nativo da região do chaco e um baita conhecedor da região. Atravessamos no mesmo dia para adiantar os tramites da documentação para sair no dia seguinte bem cedo. A Noite o Franz juntamente com seu pai e tio nos brindaram com um baita churrasco. NO dia seguinte carregamos tudo sobre a caminhonete do Franz e nos largamos estrada a fora. Sabíamos que seria difícil, seriam apenas 641 km, mas todos, absolutamente todo o trajeto por estrada de chão. Eu fui com uma Honda CB500X e os outros dois com suas Teneres 250. Chegamos em Filadélfia a tardinho, isso que rodamos só 312 km. A noite fomos recebidos pelo MG do Franz que nos serviram uma bela pizza, depois saímos e fomos num hotel para descansar bem. No outro dia o Franz apareceu com outra caminhonete com carroceria maior para podermos levar mais, água, Gasolina e óleo diesel e, claro, muita comida. Rodamos pela estrada de areia e pó (talco ou poaca). Foi uma das expedições em que tive maior dificuldade, pois o cansaço foi muito grande. Eu tive duas quedas nas partes onde o estrada tinha barro, mas as outras motos caíram na areia, foi, até de certa forma, muito divertido. Só frisando, de Filadélfia pra frente, contratamos mais duas motos como guias, pois estava difícil pois o Franz vinha a traz do grupo e ai como a estrada tem muitas entradas nós nos perdíamos e tínhamos que voltar e assim fomos com duas motos uma na frente, outra no meio e o Franz a traz. Chegamos na divisa do Paraguai coma Argentina no local de Poso Hondo já de tardinha. Confesso que minhas energias já estavam esgotadas. No Local do lado paraguaio não tem nada, ou quase nada, apenas uma guarita, uma casa e um “Buteco” onde tomamos banho. Depois fomos pra barranca do Rio entre as arvores armar as barracas, já estava quase escuro. Fazia muito calor 34 graus. A Noite churrasco pra comemorar, e claro nada de bebida alcoólica. Estávamos lá sem energia elétrica então a luz era dos celulares rsrsrs Jantamos e no bate papo um amigo disse que de madrugada a temperatura iria cair muito e poderia chegar a 10 graus. Parecia profecia, de fato as quatro da manhã estava ventando tanto que chegou a virar uma das barracas então todos nós levantamos desarmamos as barracas e ficamos esperando o dia amanhecer para tomar café e virar o farol rumo a civilização rsrs. Antes de sairmos o Franz consertou a KLR do amigo que tinha um vazamento no radiador. O frio veio forte mesmo. E tinha previsão de chuva e então resolvemos que iríamos voltar pelo asfalto,, mas pra isso iríamos ter ainda uns 50 a 80 km de chão com muiiiiiita poaca. Mas seguimos firmes e fortes paramos no meio do caminho para abastecer as motos com a gasolina que estava num tambor na caminhonete. Chegamos n asfalto bem próximo da divisa com a Bolívia, uns 2 km de distancia. Olha a sorte que tivemos, quando chegamos no asfalto começou a chover e não parou mais até chegarmos em Filadelfia. Passamos a noite no Hotel e no outro dia saímos cedo com muita chuva e frio rumo a Pedro Juan Cabaleiro, divisa como Brasil. Chegamos já estava escuro, mas mesmo assim conseguimos fazer os tramites da saída. Ali mês despedi dos dois amigos que foram a Dourados e eu Rumo a Amambai onde Passei a noite. E no dia seguinte cheguei a minha casa com a moto muito lameada, mas com a a alma lavada. Foram, no total, 2.755 km de pura diversão... ObrigadoElson Antonio GehlenMal. Cdo. Rondon Pr. Brasil45 9 9974.3155 (Tim)Amo meu país
Expedição Bicho Véio na Amazônia - Dia 27 A 28/07/2018
27/08/2018
No caminho encontramos dois motociclistas, Pescador de Goiás e o de amarelo que não me recordo seu nome de Seatle/EUA e estava retornando para América do Norte.
Esse dia dormimos em Sapezal/MT
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Expedição Bicho Véio na Amazônia - Dia 22 A 26/07/2018
22/08/2018
Agora vamos enfrentar 670 km de uma estrada totalmente estranha pra gente, as informações da Jane é que a estrada esta meia boca, com pedaços bons, pedações ruins, no geral estava ruim mesmo.
E o primeiro perrengue aconteceu comigo, pneu furado no meio do nada, não havia borracharia e não teve jeito, desmontei o pneu e concertei, mas encher como? Por sorte um local que passou por lá de CG tinha uma bomba, porque é comum furar pneus e as pessoas tem que se arrumar.
Depois de concertar andei por mais 40 km e novamente o pneu furou e dessa vez complicou, eu havia deixado a câmara reserva em Porto velho na casa do TOP. A solução foi eu tirar a roda e seguir pela estrada com a moto do Leonel e por sorte há 10 km havia o pátio da empresa que faz a manutenção da estrada e me autorizaram ir até a borracharia. De primeira o borracheiro disse que havia degolado o ventil e teria que providenciar outra câmara, mas onde iria eu arrumar outra câmara já que estávamos há 200 km de Cruzeiro do Sul. Já meio desnorteado o borracheiro lembrou que tinha uma câmara usada de uma CG e foi procura por ela. Passado uns minutos ele encontrou e montou na minha roda, a câmara era menor, mas me levaria até a cidade. Voltei até onde estava a minha moto montamos tudo e seguimos viagem, chegamos à noite já em Cruzeiro do Sul.
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Expedição Bicho Véio na Amazônia - Dia 16 A 21/07/2018
Dia 16/08/2018
Com o segundo objetivo já alcançado em Uiramutã, chegou a hora de voltar a descer, agora até Porto Velho/RO, novamente passando pela BR-319.
Hora de se despedir do Walter Borges.
O Dia de hoje pernoitamos em Presidente Figueiredo.
Continue readingExpedição Bicho Véio na Amazônia - Dia 12 A 15/07/2018
12/07/2018 Levantamos, arrumamos a tralhas nas motos, esperamos o nosso guia Valdemir chegar e então partimos em direção a Miranda, para nosso primeiro passeio turístico da viagem, o objetivo principal e chegar a Corumbá pela estrada parque. Primeira parada em Miranda, abastecemos as motocas, tomamos um café em um local que tem um casarão antigo, novamente “Tipa”. Depois daqui ainda passamos pela famosa “Maria do Jacaré”, um local na beira da rodovia em uma ponte, onde se pode chegar bem próximo dos Jacarés, até tocar neles, mas nada de ver da Dona Maria, ela não estava. Melhor não arriscar chegar tão perto né. Ainda com um bom tempo de sol, chegamos à entrada da estrada Parque, nosso destino para esse dia era chegar na pousada São João que já estava pré agendada para nosso pernoite, pelo caminho a beleza do Pantanal. Ao final da tarde, depois de passar por várias pontes, lugares incríveis, finalmente chegamos até a pousada, onde fomos recepcionados pelo proprietário, um senhor muito educado que a noite esteve com a gente degustando um bom vinho. E assim, com o maravilhoso visual do Pantanal ao nosso redor, esperamos o anoitecer com muita conversa e ainda extasiados com tamanha beleza. Depois que anoiteceu, fomos janta no restaurante da Pousada, várias pessoas de vários locais estavam por lá, depois retornamos para o mesmo local onde estávamos e ao redor de uma pequena fogueira ficamos noite afora contando causas e rindo muito, apareceu por lá um gringo que conseguiu se comunicar com a gente com um pouco do espanhol, embora a gente não entende quase nada de espanhol, o gringo cai na festa, experimentou todas as bebidas que tínhamos lá, no final das contas ficou bêbado e foi dormir. Outro que bebeu todas foi o Marcelo, acabou dormindo do lado de fora da pousada mesmo.
Dia 13/07/2018 Amanheceu e fomos acordados pelo grito da bicharada, um espetáculo da natureza que é abundante por lá, arrumamos as tralhas novamente e pegamos a estrada em direção a curva do leque. Para nossa surpresa só era possível ir pela Estrada Parque até a curva do leque, depois deste local as águas ainda estavam altas e cobriam a estrada, mesmo assim a diversão foi muito boa. Depois e todos nós ter brincado o suficiente no entra e sai na água, de muitas fotos, começamos retornar pela estrada até a Rodovia BR-262 para irmos até Corumbá/MS onde almoçamos. Ainda no caminho de volta pela Estrada Parque tivemos o primeiro perrengue, nosso amigo Vanderlei Luz caiu com sua Tiger 800 XC, havia um pouco de arreia e ele perdeu o controle da moto e foi ao chão, comprou um terreno no Pantanal, mas tudo certo com ele, sem ferimentos, apenas pequenos danos na moto que não foi problema para seguir a viagem, mas depois quando ele encerrou sua viagem e de volta a Passo Fundo, teve a surpresa que os pequenos danos deram PT na sua moto. Mas voltamos a viagem, chegando em Corumbá/MS o Valdemir já havia entrado em contato com o motero boliviano que nos acompanhou depois do almoço em um passeio por Puerto Soares, onde o Vanderlei deu uma ajeitada na moto e em seguida pegamos a estrada de volta para Aquidauana/MS. A noite foi chegando e a tocada teria que ser um pouco mais forte, o grupo acabou se dividindo, alguns tocaram mais na frente enquanto que o Doico e o Marcos Palmeiras acabaram ficando para trás, eu, Leonel e Valdemir ficamos no meio, chegamos em um posto em Miranda e esperamos os dois e depois seguimos todos juntos até a sede dos Olhos de Águia.
Dia 14/07/2018 Hoje o dia foi de passear, lavar as motocas e a noite fomos no evento dos Olhos de Águia, tinha muita gente lá, encontramos vários amigos de outros Estados e também amigos aqui do Paraná, a noite provamos uma comida feita pela comitiva, falo sem medo, uma das melhores comidas que já provei.
Dia 15/07/2018 Hoje o dia foi de despedidas da galera que veio até o pantanal com a gente, daqui pra frente o grupo passa a ser os cinco integrantes da Expedição mais o Vanderlei que irá com a gente até Barreiras/BA. Saímos bem cedo, o objetivo do dia é tocar até Chapadão do Sul/MS dando uma rápida passada pela capital Campo Grande para fazer algumas fotos para os desafios dos Fazedores de Chuva e até lá tivemos a honra de estar acompanhado do irmão motociclista Alfredo e sua esposa que estavam no evento dos Olhos de Águia e nos acompanharam até a Capital, nos levando até a Prefeitura Municipal e Campo Grande e a Sede Administrativa do Governo do Estado. Foto; Amanhecer do dia próximo ao Morro do Chapéu. Seguimos viagem, estrada boa para rodar, tempo bom e aos poucos a paisagem pelo caminho ia mudando, cada vez mais bela para os olhos dos aventureiros, pra mim aquilo tudo era maravilhoso, nunca tinha passado pela região, então estava entusiasmado com tudo. Alguns quilômetros ainda para chegar em Chapadão do Sul/MS fomos recepcionados pelo amigo Cleber do MC Chapadão, fomos até o MC onde ficamos uma noite, por lá também havia outros motociclistas que estavam na estrada e fizeram aquela festa com a gente durante a noite.
Expedição Bicho Véio na Amazônia - Dia 10 e 11/07/2018
EXPEDIÇÃO BICHO VEIO NA AMAZÔNIA Diário 10/07/2018 Agora com todos os integrantes da Expedição, marcada a saída para 06h de frente a minha casa, o Leonel que estava na casa do Gilberto Biazus chegou no horário, tiramos a foto a partimos para a tão sonhada viagem. Juntamente com a gente, alguns motociclistas do Moto Grupo Bicho Véio, irão nos acompanhar até o pantanal Sul, onde iremos ficar em Aquidauana com o nosso amigo e motociclista Valdemir Mendes que será o nosso guia por dois dias lá pelo Pantanal. Saímos todos felizes por, com muitas expectativas, curiosos e ansiosos, assim no segundo dia da Expedição se formava o grupo de amigos que por vários dias serão os protagonistas dessa bela aventura. Alguns integrantes do Moto Grupo Bicho Veio, que tem sede em Soledade/RS VANDERLEI LUZ MARCELO GABRIEL SCHADLER SANDRO MANTELLI JAIR DUARTE Passo Fundo/RS Toledo/PR Toledo/PR Cascavel/PR Vanderlei já acompanhava desde Soledade o Doico, e no caminho fomos incorporando ao grupo outros membros do Bicho Véio que foram com a gente até o Pantanal, Jair Duarte em Cascavel/PR. Pegamos um dia de frio que nos acompanhou até Dourados/MS onde pernoitamos na sede da Associação dos funcionários da Embrapa, no apoio Veimar Marques e Atílio que nos receberam juntamente com outros motociclistas, fizeram uma churrascada é com uma boa proza fomos até tarde da noite enquanto o frio cada vez se mostrava mais forte. Alguns armaram a barraca na parte aberta do salão da Associação e a noite sentiram a força do frio e se arrependeram de não terem ido para a parte fechada, eu já prevendo armei minhas coisas para dormir na parte fechada e não passei frio durante a noite.
11/07/2018 Levantamos um pouco mais tarde, estava frio e também teríamos que esperar o comércio de Dourados/MS abrir para que o Doico pudesse trocar o pneu traseiro da sua moto que estava apresentando desgaste e também já aproveitou e já fez a troca do óleo, em quanto esperávamos aproveitamos para tomar um café e experimentar a tal de “Tipa”, um salgado de origem Paraguaia. Depois da moto do Doico ficar pronta, partimos para Aquidauana/MS, onde nosso amigo Valdemir Mendes estava nos aguardando. Faltando poucos quilômetros para chegar ao Destino do dia, mais três integrantes do Moto Grupo Bicho Véio se ajuntaram ao grupo, agora com o Sandro Manteli, Marcelo e o Atílio, esses saíram no dia de hoje de Toledo e tocaram direto vindo por Jardim/MS. Agora com todos juntos, seguimos para encontrar o Valdemir Mendes, outro integrante do Moto Grupo Bicho Véio, mora em Aquidauana/MS onde exerce sua profissão como advogado e nas horas de folga, motociclista e fotógrafo do Pantanal. VALTEMIR MENDES Aquidauana/MS Valdemir nos levou para a dede do Moto Grupo Olhos e Águia, onde ficamos hospedados pelos dias que ficaríamos rodando pelo Pantanal Sul.
Expedição Bicho Véio na Amazônia - Integrantes
EXPEDIÇÃO BICHO VEIO NA AMAZÔNIA Integrantes da Expedição 09/07/2018 Nesse dia eu fiquei por casa enquanto todos os demais integrantes iniciavam a viagem, como eu estava no caminho, minha casa foi o ponto de encontro com todos. Speakers In hac habitasse platea dictumst. Curabitur eget dui id metus pulvinar suscipit. Quisque vitae ligula laore...
Continue readingParque Estadual de Canudos
Mario Luis Borges e Lu Stipp no Parque Estadual de Canudos, na Bahia. Lugar que foi palco da guerra de Canudos em 1896/97.
Himalayan – Estreia Na Estrada
Sábado 26/01/19 – Peguei a moto na concessionária em Sampa, muito bem atendido pelo Luiz. Nos dias anteriores fiz toda a negociação e papelada, então sábado foi só assinar e pegar. Viajei apenas com a NF e sem placa, pois vou emplacar em Brasília. Na entrega, me explicaram tudo como sempre, com o adicional de um papel orientativo sobre o limite de carga do bagageiro traseiro, de apenas 5Kg.
Continue readingRevisitando o Atacama 2018
Revisitando o Atacama 2018 Passados nove anos de nossa primeira passagem pelo deserto do Atacama, resolvemos refazer o mesmo percurso de 2009, apenas para curtir um pouco de estrada e também para a mais nova Cuturneira (Paula) ser apresentada a Cordilheira dos Andes. Optamos pelo mesmo percurso, no mesmo sentido, apenas com uns pontos diferentes para pernoite. Sabidamente iremos enfrentar algumas situações novas, seja pelo dinamismo da mãe natureza, seja pela época do ano menos apropriada para viajar em moto pela região andina em que nos encontraremos no retorno.
Quinta (01/02/2018) Dia 01: Passo Fundo (RS) – Quaraí (RS) – 667 km Ao sair de casa pela manhã, com temperatura nos agradáveis 21°C, o hodômetro da moto apontava modestos 2.146 km, marcando a iniciação de minha nova companheira de longas viagens, uma Suzuki DL 650 V-strom XT ano 2018. A primeira parada para abastecimento foi em Santa Maria, foi onde avisei ao amigo Eder Velasque, do Campanas Moto Grupo de Alegrete, que passaria em sua cidade para dar um abraço e trocar algumas palavras. Cheguei aos pagos alegretenses por volta das 14 h, o Eder me aguardava na entrada da cidade para me guiar até sua casa, onde fui recebido com muita camaradagem e um lindo arroz com linguiça campeira. Depois do banquete e de muita prosa com amigos e a família do Eder, tiramos algumas fotos na frente de sua oficina e continuei a viagem com destino à cidade onde programei a pernoite. Com o termômetro batendo na casa dos 39 °C cheguei a Quaraí, cidade que faz fronteira com a uruguaia Artigas. Sem muita dificuldade encontrei a antiga casa de meu tio Ferrari onde fiquei hospedado. Fiz esta volta mais longa para matar um pouco de tempo, pois o Sérgio sairia de Porto Alegre somente no dia seguinte mas, principalmente, para rever este tio que a muitos anos não tinha contato, desde a morte de minha tia Norma, irmã de minha mãe. Com este ramo da família, desde minha infância, passei muitos verões juntos no saudoso balneário do Hermenegildo, situado no extremo sul do Rio Grande do Sul, na cidade de Santa Vitória do Palmar. Ainda com dia claro, fomos eu e minha prima Patrícia até a aduana conjunta para realizar meus trâmites de entrada no Uruguai. Mesmo não realizando a entrada por Artigas resolvi carimbar o passaporte nesta tranquila fronteira, pois já estaria livre de tal procedimento no dia seguinte e poderia apenas cuidar dos equipamentos enquanto o Sérgio e a Paula realizavam a saída na nova aduana. A muito tempo também não via a Patrícia, aproveitamos assim para colocar a prosa em dia e dividir algumas latinhas de cerveja na varanda da casa até tarde da noite.
Sexta (02/02/2018) Quaraí (RS) – Trinidad (Uruguai) – 476 km Saí de Quaraí por volta das dez horas da manhã e a temperatura ainda estava agradável. Passei uma barreira do exército e segui passeando pela bela BR 293. A muitos anos eu ouvira notícias sobre zonas de arenização na campanha gaúcha e agora pude conferir com meus próprios olhos onde as verdes pastagens que servem para engordar o gado deram origem a inférteis trechos de areia em meio ao bioma Pampa. Esta arenização é um processo natural, não confundir com desertificação. Para explicar melhor copio abaixo um texto de autoria de Rodolfo Alves Pena, de seu trabalho “Arenização na Região Sul”: “Na região sul do Brasil, mais precisamente no estado do Rio Grande do Sul em sua porção sudoeste, existe um problema ambiental que vem se agravando ao longo do tempo: a arenização. Trata-se da formação de bancos de areia em solos predispostos para essa ocorrência, o que ocasiona o esgotamento das áreas agricultáveis e a consequente perda da vegetação e de nutrientes. É muito comum que se confunda o processo de arenização com o de desertificação. No entanto, trata-se de fenômenos basicamente diferentes, pois a desertificação corresponde à degradação dos solos em regiões de clima árido e semiárido, que possuem índices de precipitação inferiores a 1400mm anuais e menores do que os índices de evaporação. No Rio Grande do Sul, o clima, que é o subtropical, apresenta índices de chuva maiores e a precipitação é maior do que a evaporação. Portanto, não existe desertificação no sul do Brasil, processo que acontece na região Nordeste do país. As chuvas, inclusive, exercem um papel importante no processo de arenização, algo que não acontece no fenômeno da desertificação.A arenização na região Sul ocorre pela soma de alguns fatores: a predisposição dos solos, que são naturalmente arenosos; o uso intensivo deles na agricultura; a remoção da vegetação e a retirada de nutrientes. Com o desmatamento das áreas para a agricultura, os solos ficam mais expostos à ação das chuvas, que auxiliam na sedimentação e movimentação dos sedimentos, que, por sua vez, dão origem aos areais que recobrem os solos e tornam a paisagem, em muitos casos, semelhante a áreas de deserto.Vale lembrar que a arenização é um processo natural e sua ocorrência no Rio Grande do Sul possui vários registros históricos. No entanto, a intensificação da agricultura nessa região ao longo do século XX contribuiu para uma intensificação sem igual desse problema, que se tornou crônico em boa parte do espaço geográfico local. Portanto, além de conservar as áreas de solos arenosos, é preciso tomar medidas de atenuação dos impactos, como o cultivo da vegetação e fertilização das superfícies.” Ainda na parte da manhã cheguei a Santana do Livramento e, mesmo sabendo o caminho mais fácil que seria até o entroncamento com a BR 158, resolvi dar uma chance para o GPS e entrei por uma entrada secundária. Esqueci-me de um pequeno detalhe: mesmo sabendo como chegar ao posto combinado pela BR 158, eu não tinha ideia do endereço do mesmo para colocar as coordenadas no GPS. Perdi um bom tempo até encontrar um ponto de referência conhecido e achar o ponto de encontro com o Sérgio e a Paula. Fizemos de um lanche o almoço e seguimos para a aduana. Com forte calor pegamos o rumo da Ruta 5 e tocamos até a cidade de Durazno, onde viramos a direita para seguir a Trinidad.Assim que chegamos já paramos num posto do centro para abastecer e, utilizando a internet do estabelecimento, liguei ao Ruben, nosso anfitrião no dia de hoje. A noite foi de boa conversa com os amigos uruguaios, excelente cerveja de litro e um costelão de 9,5 kg acompanhado de “arrollados de cordero” (intestinos enrolados de ovelha). Aproveitamos também para discutir sobre o caminho a seguir no dia seguinte, pois a estrada que estávamos habituados a usar estava em péssimas condições (Ruta 57 para pegar a Ruta 2), praticamente sem a camada asfáltica. A opção nos dada para chegar a Fray Bentos, onde sairíamos do Uruguai, seria pela Ruta 3 virando a esquerda na Ruta 20. A distância era praticamente a mesma, o caminho está em boas condições salvo alguns pequenos trechos da 20 que estavam em reparos.
Sábado (03/02/2018) Trinidad (Uruguai) – Venado Tuerto (Argentina) – 651 km Ainda muito cedo o Rubens nos guiou até a saída da cidade, nos deixou na Ruta 3, por onde devíamos seguir até achar a placa indicativa da Ruta 20. Segundo o nosso mapa, esta saída deveria estar alguns quilômetros após a localidade de Andresito, já na província de Rio Negro. Achamos a tal saída, apenas com o detalhe que a placa indicava Ruta 24. Seguindo as informações coletadas ontem e o mapa que dispúnhamos, ignoramos a indicação do GPS e dobramos aí mesmo. Acertamos o caminho e, depois de alguns poucos trechos ruins, alcançamos a boa Ruta 24 que nos levou até a Ruta 2 e, finalmente, até a fronteira com a Argentina. Havia poucos carros na fila para entrar na Argentina, nossos trâmites foram rápidos e os agentes muito cordiais. Em contrapartida, a fila no sentido contrário, da Argentina para o Uruguai, era muito longa, chegava atravessar a ponte sobre o rio Uruguai e continuava em solo argentino. O calor continuava forte, passamos por Gualeguaychú, Gualeguay, Victória, Rosário e chegamos cedo a Venado Tuerto. Depois de fazer o check-in no hotel Mirô, já um velho conhecido nosso, descemos ao bar para nos refrescar com uma cerveja e fazer um lanche. Logo saímos para caminhar pelo centro da cidade e passamos em frente a uma loja de artigos esportivos; o Sérgio teve interesse num tênis e resolveu parar para perguntar o preço, para nossa surpresa fomos atendidos por um brasileiro que vive já a alguns anos nesta cidade. Depois de comprar o tênis e de uma boa conversa com o brazuca, retornamos ao hotel para jantar. Hotel: Mirô Park Apart Hotel, Rua Chacabuco 915, www.miropark.com.ar
Domingo (04/02/2018) Venado Tuerto - Mendoza (Argentina) – 723 km Hoje foi um dia sem grandes novidades, usamos um caminho habitual que nos leva a Mendoza. Após sair da Ruta 33 na localidade de Rufino, percorremos a Ruta 7 passando por Villa Mercedes e San Luís até chegar a Mendoza. No caminho paramos apenas para abastecer, descansar e tomar água. Em alguns momentos da viagem o termômetro de minha moto acusou 41 °C de temperatura ambiente. Ao chegar a Mendoza fomos direto ao conhecido Hotel América, de fácil localização e acesso. Após acomodar nossas coisas nos quartos verificamos que a qualidade do hotel havia caído substancialmente, estava bem pior desde a nossa última passada aqui em julho de 2011. Para ser mais preciso, antigamente figurava no site como 3 estrelas mas agora aparecem apenas 2 (o que é um exagero !). Também fomos obrigados a procurar um posto de gasolina mais distante, pois o que ficava próximo ao hotel estava sem combustível. Após tudo arrumado para nossa partida no dia seguinte, tomamos um bom banho e saímos caminhando para procurar um local para jantar. Fomos até a “parrillada” El Asadito, sugerida pelo pessoal do hotel mas, como esta ainda estava fechada, ficamos tomando uma cervejinha artesanal em um pub adjacente. Assim que o restaurante abriu “caímos para dentro” e pedimos uma parrilada completa. Normalmente quando pedidos alguma bebida nos bares e restaurantes argentinos, também é servida uma porção de “mani” (amendoim) para acompanhar a cerveja. Neste caso, o restaurante serviu um delicioso bucho a vinagrete e pão para acompanhar a geladinha. Recomendo a novidade! Ao retornar para o hotel ficamos sabendo que houve um aluvião na cordilheira e que a estrada estava cortada logo após Uspallata. Fomos dormir apreensivos com a notícia, pois nossa passagem ao Chile estava temporariamente bloqueada por metros de lama e pedras e não tínhamos muito tempo de sobra caso a liberação da estrada demorasse muitos dias. Hotel: América, av Juan B Justo nº 812, fones 261 4258284/ 4231477/ 4254022, www.hotelamericamza.com.br
Continue readingOnze Motociclistas, onze destinos
Onze Motociclistas, onze destinos. Himalaia Linkin Park - Em algum lugar que eu pertenço Aliquam turpis felis, faucibus non-orci vel, laureet dapibus diam. Nome tartaruga tartaruga.
Entrevista com Fernando Nienkotter - Edson Mesadri
Fernando Nienkotter foi até a casa do expedicionário Edson Mesadri, que já esteve no Alaska, para bater um papo descontraído.
O Destino é o Jalapão o roteiro só Deus sabe.
37 dias rumo ao Jalapão - 2018 Nesse relato de viagem descrevo alguns detalhes e acontecimentos mais importantes, esclarecendo alguns pontos turísticos, bagagem, roteiro...Preparei alguns capítulos e pretendo publicar esses artigos para que alguém leia kkkk. Não pense que aqui vai encontrar um romance ou uma obra bem escrita nos moldes de algu...
Continue readingLOVATEL - EXPEDIÇÃO AO DESERTO DO ATACAMA 11ª a 20ª Dia
LOVATEL - EXPEDIÇÃO AO DESERTO DO ATACAMA 8ª a 10ª Dia
LOVATEL - EXPEDIÇÃO AO DESERTO DO ATACAMA 6ª a 7ª Dia
A esperança chegou a hora, mais uma conquista e muitas historias para contar, uma emoção e felicidade dentro do capacete são indescritíveis.
San Pedro de Atacama é uma cidade praticamente voltada para turismo, onde estão os quartos separados para todos os bolsos e gostos, ficari hospedada por 3 dias, entre amigos do Rio e São Paulo no Hostal Cruz de Atacama, na rua Toconao com a Caracoles, qualquer outro tipo de luxo, mas o preço de 8.000 pesos por dia estava super tranquilo. É aqui em San Pedro que estão como agências de turismo de onde sair para visitar o Deserto do Atacama, onde também podem encontrar casas de campo na rua Toconao, o melhor que consegui na La Llamada, indicação de um Brasil que funciona em San Pedro.