Blog

Relato de viagem

LOVATEL - EXPEDIÇÃO AO DESERTO DO ATACAMA 4ª a 5ª Dia

 
 
09/05/2018
Termas de Rio Hondo X Salta
 
O dia não tinha sido esclarecido e estava seguindo para Salta, via Tafí Del Valle e Cafayate. Por que eu fiz isso? Por que uma vez por todas as partes? mais na viagem recomendo fazer o roteiro que fiz, vale a pena.
Antes de Chegar em Tafi del Valle TEM Uma subida em Meio a Reserva Provincia  Los Sosa   MUITAS COM curva No Meio da estrada, encantadora Onde você vai andar Muito Devagar Às subidas e Paisagem Incrível. A trilha é pavimentada, porém, estreito e a condição de seu pavimento é bastante articulada, com pouca sinalização e algum tráfego.
 
Em meio à subida você vai encontrar a figura do Monumento ao Índio, obra do artista tucumano Juan Carlos Iramain. Este lugar e Um albergue, PODEMOS Comprar artesanato, Têxteis e Produtos Regionais, Um pouco de comida para Passar e Uma foto de gravação Inevitável para fazer o monumento, cercado Por uma seca verde.
A mata verde para a areia Sim, é muito interessante, em questão de pairar antes de chegar La Angostura o que era verde passa por uma terra, pedras preciosas e uma vegetação seca, está quase vazia? Tafí Del Vale está localizado a um pouco do centro do belo vale? de Tafí.
 
 
Fazer algumas fotos, atacar uma moto e comer algo. Seguindo pela estrada, mais paisagens incríveis, muitos cactos.
Já na RN40 há uma entrada ao norte para as Ruínas de Quilmes. As ruínas de Quilmes, tais como são conhecidas, pertenciam aos indígenas Calchaquí, chamadas de empresas na chamada Calchaquí, de onde são tributos recebidos o nome.
 
Nessa visita você pode ver como ferramentas, armas, suplementos, tocar toda a história, ao mesmo tempo, fazer como ondas, e você terá tempo para subir ao topo da montanha, o que tornará a vista será demais.
Saindo de Quilmes, seguido por Cafayate, pelo caminho muitos parreirais de uvas, um e um lanhe na cidade. A estrada até a saída multicolorida e formações rochosas sobrenaturais. Esculpido pelo Rio das Velas, os estratos sedimentares são ao vivo com um toque incrível.
Chegando a Salta converso com André e o Paulo que ainda estava em Salta, mandou a localização e fui até os encontrar. O hotel ficou para a próxima semana, depois foi lançado juntos, na hora de casa de Tavira, mais um amigo que o motociclismo proporcionou. Noite superior, pai de criança, pai Hector, bebê cordeiro de graveto para um bebê, algumas cervejas e muitas histórias.


Durante as conversas em meus planos, eles são excluídos em São Pedro de Atacama pelo Passo e eu pelo Passo Sico. Com informações e mentiras para o caminho e para a missão por André e Paulo, resolvi seguir com eles no dia seguinte. Ao meu amigo e sua própria saudação em casa.
 
10/05/2018
Salta X Susques
 
Amanheceu um belo dia em Salta, despedida de casa e família, e assim é o irmão gêmeo do André, a sua esposa Mariane, Preto e sua esposa o caminho pela RN9, mas com um pequeno descuido do André, com as suas imagens e as seu carac ... Depois de San Salvador de Jujuy paramos em um Mirante (mirante) para fazer algumas fotos, nossa próxima parada foi em Tilcara, 22 quilômetros para uma entrada de frente de Purmamarca, fomos até lá abastecer como motos, almoçar e conhecer uma cidade. Retornamos e paramos para conhecer Purmamarca, em vez de fazer compras locais, como fazer compras por ruas e compras para as gravações. Purmamarca é uma das maiores marcas de cartão postal da Argentina, localizada na província de Jujuy, ao norte de Salta, sob a forma de sombras do espetacular Cerro das Sete Cores.O cenário de colônia é vermelho, roxo, amarelo e laranja para uma visão incrível.
 
Meu cara agora era Susques. Já na subida do Paso, também conhecido como Cuesta de Lipán, foi inevitável fazer uma parada para tirar fotos de suas lindas curvas. Uma grandiosa subida, cuidados que tem uma sequência sem asfalto, ao menos agora, pegando uma surpresa, muitas pedras soltas. Localizado nos Andes, entre Chile e Argentina, é uma fronteira mais ao norte entre os dois países com altitude de 4.320m acima do nível do mar. No lado chileno, uma estrada alcança uma altitude de 4.810m, fiz até uma foto do GPS. Parada obrigatória na Salina Grande para mais fotos.
 
 
Em Susques, os lugares no povoado procurar um hotel para passar a noite que já se aproximava, cada vez mais fria. Você já fez, interditou pela falta de água, estava fazendo manutenção em rede de água da cidade, procurava em outro e também em nada. Fós então uma Hostería Pastos Chicos que é um albergue para uma frente uns 4 km, tem um posto de combustível também. Organizamos as coisas como o quarto, o banho, o descanso eo descanso para o dia seguinte, que seria o dia da chegada em San Pedro de Atacama.
 
 

LOVATEL - EXPEDIÇÃO AO DESERTO DO ATACAMA 1ª a 3ª Dia

Expedição ao Deserto do Atacama
 
 
Sem vontade de fazer uma grande viagem para o Deserto de Atacama. When me deparava com o relato de alguém que havia feito uma moto ou o carro tinha uma atenção muito grande e absorvida o máximo de informações, muito mais nos meus livros e revistas e conversando com os melhores amigos o sonho de chegar ao lá de moto ficava cada vez maior. Então, para o ano de 2018 decidi que em Dezembro a realizin-lo. Porém, em virtude de um contrato, minhas férias foram antecipadas para o mês de Maio, e agora ?! ... Pensei, fiz várias contas para ver uma mulher seria bastante e não era o que dava certo! Uhuul ... Muitos vão, mas vai sozinho? É perigoso? ... Enfim, precisava fazer e estava decidido, vou sozinho, mas sempre acompanhado por Deus e Nossa Senhora.Comprei alguns equipamentos que faltavam,
 
06/05/2018
Capinzal X São Miguel D Oeste
 
Como de costume, quem consegue dormir direito na noite anterior a viagem? Eu não ... Adrenalina era um mil, levantei, organizava coisas como moto, e uma hora de despedida ... Em seguida foi dada uma largada.
 
Até São Miguel, muito bem conhecido, meus amigos já aguardavam minha chegada com um churrasco especial. Na parte da tarde tenho Bernardo de Irigoyen para fazer uma Carta na Argentina no dia seguinte.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
07/05/2018
São Miguel D Oeste (Brasil) X Presidencia Roque Saenz Peña (Argentina)
 
No dia de hoje, no próximo dia da semana, até chegar à cidade de Oberá, mudando para um dia em Santa Ana próximo a San Ignacio onde se encontram as Ruínas Jesuítas de San Ignacio, uma oportunidade de saber não foi  feriado de carnaval de 2015  quando fui para Posadas. Viagem tranquila e clima agradável até aqui, mas a chegar a Corrientes ...
 
Você não tem calor para atravessar a cidade. Você foi falando com as coisas depois da constatação do RN16, e realmente constatei que era uma ausência de princípio.
Inicio a partir de agora uma Provincia Del Chaco, com aquele solado bem em cheio no meu rosto, cheguei na Presidencia Roque Saenz Peña às 17h e 30min, completei o tanque de combustível para o dia seguinte, e fiz contato com Marcos que mora na cidade Como você pode fazer a passagem de uma noite, mas não teve jeito, porque o Paulo fez um pouco de sua casa, já foi convidado por dois motociclistas, o Paulo em Miami e o André do Rio de Janeiro, já foi convidado, pois participa mesmo grupo do WhatsApp (risos). Após tudo organizado saímos para fazer um Choripán (pão com Linguiça), compro os ingredientes no mercado, umas cervejas Quilmes e a festa estava feita ...
 
 
Tudo foi bom, principalmente como conversas, onde é muito claro.
 
Marcos e sua meta foram muito atenciosos com todos nós, mais uma grande amizade através do motociclismo, o maior foi melhor recebido em sua casa.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
08/05/2018
Presidencia Roque Sáenz Peña X Termas de Río Hondo
 
Na hora seguinte, ao sair juntos até ao hotel para encontrar os dois quartos que viajam em conjunto com Paulo e André, já na RN16 nos separimos e seguimos connosco connosco em 35 minutos até Avia Terai, está pronto para ir a Salta e eu solo até Rio Hondo Ao longo do caminho chuva ...
 
 
 baah, é um saco, mas faz parte. Seguinte-se uma próxima ao destino do dia, cheguei cedo à cidade, também, praticamente não estava na estrada o trânsito é super tranqüilo. Consegui um hotel sem nada de luxo, uma cama de casal e uma cama de casal.
Depois de um bom banho fui conhecer o Museu do Automóvel e o Autódromo Internacional. Top de galáxia, raridade e muito luxo, enquanto estava lá, mas teve um piloto de parar.
 
No térreo do salão, onde são destacados os tipos de competidores, como Valentino Rossi, são expostos em estojos de vidro. As roupas dos representantes argentinos do Dakar, também estão em exibição. 

No primeiro andar, é uma atração principal, com referência a Harley Davidson, Ducati, Puma, Indiana, etc., com modelos que vão de 1906 a 2013. Um bar temático com uma magnífica coleção de carros e uma vista maravilhosa do reservatório Rio Hondo, fica no primeiro andar.
 
 
O segundo e o terceiro andar são dedicados ao setor de palco, com uma visão única e exclusiva do circuito internacional.
A vontade era de ficar, mas precisava de voltar à realidade, então voltei para o hotel jantar e descansar para o dia seguinte. 
 
 
 

Uruguay e Argentina - Dez 2012

           Viagem ao URUGUAI e ARGENTINA

Realizada a partir de 21 de dezembro de 2012

Motociclista:  Maurício Gava

Felizmente ou Favorito em casa. . .

Infelizmente por ter acabado ... Felizmente por tudo ter ocorrido muito bem nestes 6 dias de viagem ...

Continue reading

PORTUGAL DE MOTO EM OUTUBRO/2012

       PORTUGAL DE MOTO Por Gilberto Ferretti (BR de SC) Na Convenção do Brasil Rider's em Gravatal (SC) conhecemos a Paula Santos, da Sahara Mototours e logo surgiu o interesse pelo passeio. Em outro momento encontra um amigo que reside próximo a Coimbra (Carvalhal da Azóia). Também recebeu o convite e não deu para recusar. Vamos para Portugal, viajar para lá, de moto, o que é difícil para a minha mulher, mas para Portugal. Depois de estudar o roteiro, comprar o pacote com a Paula, comprar como passagens, aguardar uma infinidade de dias não passávamos, embarcamos no dia 27/09/2012 para Lisboa. Lá fomos pela pelo Mário, sócio da Paula. Logo nos levou para pegar uma moto, nos levou para um pequeno almoço ao lado do Rio Tejo e depois apareceu em um belo hotel. Nesta noite ficamos em Lisboa e Pastel de Belém, Mosteiro de Jerônimos, Ponte 25 de abril, Docas ... descanso. O Mário nos deu todas as dicas de viagem e nos acompanhou em uma loja onde adquirimos capacetes, casacos e intercomunicador. No dia seguinte, depois de um ótimo descanso, iniciamos nossa viagem com a mudança de casa de nosso amigo e seguimos até o norte de Portugal retornando ao centro e fronteira com a Espanha, de passagem pelas Aldeias históricas. A Paula nos recebeu para o almoço, com o seu Marido, na cidade de Ericeira, na beira do oceano atlântico. Lugar único e imperdível. Mais uma vez comida com bom vinho e companhia. Seguimos com o objetivo de despedir-se dos olhos de Giovanni e Jeanine. Sem palavras para relatar. Na estrada rumamos para o Norte passando por Montemor, Coimbra, Aveiro, Porto e outros belos lugares. Sempre as palavras secundárias e algumas vezes por auto-estradas. Portugal deve ter gastado muito dinheiro em estradas. Muitos pedágios e as vezes até 7 euros. Quando entrar numa auto-estrada, retire o cartão que será pago na saída. Como entramos e saíram muitas vezes, perdemos uma conta de quanto gastamos em pedágios. Somente uma pista de caminhada, uma pista livre, para quem paga depois, uma pista onde basta passar um cartão, uma pista que paga, mas sem coquetel e a pista paga com o cobrador. Nem sempre todas as opções. Na ponte 25 de abril entramos na fila errada e imagina a confusão. Não houve ninguém para cobrar, não tencionou o cartão e o buzinaço iniciou. Mas na estrada, tudo bem, pista sempre e pouco movimento. Pegamos 10 dias de sol. Em Coimbra visita a Mata Nacional do Buçaco e a Figueira da Foz no Parque de Campismo na Praia de Quiaios. O lugar mais romântico foi Ponte de Lima, onde passeamos uma tardinha com um ambiente nos postes de iluminação, um jantar em um casarão antigo, o vinho verde tinto e o Bacalhau Alagareira. O lugar mais bonito foi as montanhas cruzando pela Aldeia de Piódão. Espetáculo. Pista asfaltada costurando as encostas e por vezes até dentro de florestas plantadas. Lá tem bastante. Dormimos na Aldeia da Paz, no Hotel boutique Quinta da Geia, com uma bela vista. À noite mais vinho e mais bacalhau. Tomamos vinho e comemos bacalhau todos os dias. Voltaremos lá para comer mais, pois existem diferentes e ótimos pratos. Preço gira em torno de 10 euros por pessoa. Uma refeição para o casal ao meio dia cerca de 36 euros e a noite, com um pouco mais de vinho, cerca de 40 a 50 euros. Claro que se pode gastar menos ou bem mais. Também visitamos Fátima onde tivemos um tempo para agradecer o presente que Deus nos proporcionou. Aveiro, com o rio e barcos para passeio foi um ótimo lugar. Em toda a viagem não encontramos nenhum motociclista. Passamos em auto-estradas por pouquíssimos e somente deu para erguer a mão cumprimentando. Porto é muito grande e não gostamos de cidade deste tipo para viagem de moto. Entramos, pegamos muito trânsito e saímos. Deu para tirar umas fotos. Um detalhe bom é que fomos muito bem atendidos por várias pessoas ao pedir informações. Dormimos em Idanha-a-nova e não gostamos muito do lugar, mas ao redor encontramos outras aldeias e lugares onde a visita vale à Pena . Um  deles é a cidade de Monfortinho (com thermas) e um lugar inesquecível chamado Monsanto. Thermas de Monfortinho fica na divisa com a Espanha. Aproveitamos para entrar um pouco por lá, pois não existe nenhum controle na divisa. Já quase na divisa com a Espanha almoçamos em lugar espetacular. Não temos o nome, mas fica há 14km da divisa e aparentemente é um lugar pitoresco. Ao entrar encontramos um restaurante excelente. Viseu valeu à pena, pois é uma cidade com trânsito fácil e muito bonita. Ficamos por uma noite lá e deu para visitar o centro e fazer umas comprinhas para os filhos. Lembro que em Portugal é muito difícil de encontrar uma loja especializada em brinquedos para crianças pois, tristemente, informo que não existem muitas crianças por lá. Idosos encontramos em toda a esquina. Outro lugar inesquecível é Coimbra. Visitamos a praça da república, a universidade, o centro, etc. O final da viagem foi Lisboa, com visita ao baixo chiado (centro), jantar, Show de fado, confeitaria nacional, passeio de elétrico (bonde antigo) e visita ao Castelo com linda vista de Lisboa. A viagem foi maravilhosa, um sonho realizado. Recomendamos para motociclistas de todas as idades. Agradecimentos à atenção do pessoal da Saharamototours (Paula e Mário) e dos nossos amigos Giovanni e Gianine.

GAUDERIANDO PELO BRASIL - Cleber Winckler da Silva

         Gauderiando pelo Brasil No dia 14/07/2012, com uma vontade e alegria contagiante, mesmo com a próxima aproximação de 0 ºC, saímos para viajar de moto, Demasiadas meses e algumas reuniões de planejamento. Eu de TDM 900, o Renato Lopes de BMW 1200 GS, o Luiz Fernando Cunha de V-Strom 1000, O Vitor Hugo Dal Molin e o Luiz Pedro Mendonça de KAWAZAKI 1000 e o Edson Stubich de BMW 650, assim foi montado e montado para uma viagem de 21 dias, que intitulamos de GAUDERIANDO PELO BRASIL, com o roteiro - Santa Maria-RS / Natal - RN. O dia amanheceu e já foi passando por Julio de Castilhos em direção a Ibirubá, local pré-definido para o elevado e o primeiro café da manhã. Momentos como estes são sempre únicos e nos apontavam que eram de muita alegria, enviam os parceiros ao mesmo tempo  "embodocados de frioCom um sorriso especial na cara. Após a colagem de adesivos, o café e o café continuaram viagem. Já em Santa Catarina, de belas gravações e passeios, almoços em Concórdia, quando espichamos como “cachuletas”, comemos algumas coisas como “camaradinhas”, “almoço e jantar”. carregado ... hummmm!). O logotipo teve uma parada, pois não tem efeito perigoso. O Mendonça não tem uma jornada de bagagem na moto, e em uma determinada etapa da viagem uma mochila ficou ao lado da moto. O pneu havia se esgotado em uma mochila e nós chamamos o fato de “perdendo como tralhas”, pois fizemos um rastro de processos pela estrada. Menos que não foi nada mais grave. Problema corrigido, tocamos direto a Ponta Grossa-PR. Aqui um registro: Eu rodava como uma moto de passeio, quando saía de uma barreira policial, já na entrada da cidade de Ponta Grossa, todos foram passando e eu fui gentilmente liderado pelo Policial PITUCO. This case is the right report there does not physically behavior, the one-of-mothers-accompanies, have to zombie has been reported and know them to iríamos. Quando chegar ao Hotel Princess Express, você poderá fazer uma visita ao Fabricio, um motociclista como nós, que é alertado pelo Pituco se prontificou, caso encontrássemos alguma dificuldade. Mais tarde, após um banho relaxante, o Renato é responsável pela ligação para uma parceria. Mais alguns minutos e lá apareceu Silvio, que pronto nos comunicou que o churros estava garantido. Interessante como o motociclismo tem disso! Na boca da noite já está na casa do Sergio, junto com os integrantes do Clube de Moto Viralatas (facebook.com/viralatasMC) e suas esposas e filhos, os dias de alegria e alegria. A partir de agora, porque é preciso nos restabelecer, mas não antes dos agradecimentos, entrega de todos os nossos produtos. O segundo dia começou no canto do galo. O estado de excitação dos parceiros estava alto, gerando inclusive alguns desentendimentos do Dal Molin com a sua Kawa, mas tudo superado logo. Saímos carregados em bagagens e pensamentos. A estrada colaborou, asfalto legal, solenvel and a cada parada tirava uma peça de roupa, por uma vez ficava a cada vez mais agradável. O Edson abrindo a cancha eo Renato - ligadão no GPS - nos dando as coordenadas. Passando pela cidade de Nazaré Paulista-SP, o Renato havia sido combinado com o Jesus (amistoso prestígio), e fornecido como nossas coordenadas, combinando uma passagem rápida para o café da tarde. Paramos na estrada e o mesmo nos terraços de cima do morro, pois estava esperando. Recebeu-nos, juntamente com a sua esposa, e em claro, desfrutamos da gentileza do parceiro. Após as despedidas se o pensamento girando - como é bom viajar assim. Seguimos então até Taubaté-SP. Logo na chegada o Gugu (Otavio Araujo) já estava na calçada, pois o Renato Lopes, já o havia contatado. Fomos até a casa do mesmo, onde foram gentilmente realizadas pela sua esposa. Tomamos alguns vinhos e fomos para a noite, onde nos divertimos com as histórias do viajeiro Gugu. Saímos com dor nos carrinhos de rir. Terceiro dia se apresentava meio nebuloso e nos olhos que procuravam com chuva. Pegamos um Dutra em direção ao Rio de Janeiro e mergulhamos na vida. Não se importa tanto de velocidade (esperamos não ter surpresas!) Teria sido melhor. Quando trafegávamos pela linha vermelha de parar de sair e vestir as capas de chuva. Dali até Campos dos Goitacazes foi agua que nos deixou meio zonzos. Mas valeu a pena. E como! Fomos recepcionados pelo Marcos Pires e pelo Sergio e suas esposas, assim como os demais integrantes do Moto Clube de Campos, o moto clube mais antigo do Brasil  www.motoclubdecampos.com.br(ACESSE e conheça uma história linda de amigos), que nos alojaram em sua sede e nos brindaram com um jantar maravilhoso, além da boa música do Nicásio, um dos talentos que brilham por aí (claro que o Dal Molin quando viu um violão ficou agitado, logo logo já estava preso ao violão, acompanhando o Nicásio, que estava agora sem bandolin ... e olha o bonde!), só na vida boa. Pernoitamos no local, bem guardados pelos sabujos do grupo, o Piroca e a bu ....., deixa prá lá! No quarto dia, ele já estava na montagem meio de lado. Mas o nosso negócio era estrada. A vista fica bonita cada vez mais bonita, pois esta região é belíssima e a estrada muito boa. Tem tempos em que grupos de pessoas esperam o transporte coletivo, é o principal meio de locomoção das comunidades desta região. Um fato chamado este trecho: Perdemos o Renato! Como as pessoas viajaram de avião para as ruas do Rio de Janeiro Renato, mas, como você pode imaginar, ele tirou fotos, apenas fez o mesmo e assim fez o Cunha que estava em último. Escureceu rápido e percebemos a falta do Renato. Após uns 30 minutos a aflição começou a tomar conta do grupo. Há mais de 50 minutos e contato contato por celular. O pneu foi roubado por um objeto pontiagudo impossibilitando o reparo não local, eo Renato já havia solicitado o guincho. Ficamos bastante abalados, pois deixamos um parceiro em dificuldade. No dia seguinte, a rede de relacionamentos funcionou e as 10:30 horas já estão rodando novamente, mas o grupo ficou sentido. Mas, como não tem que se perder para sempre, na estrada como coisas se ajeitaram. Obviamente que coincidência não foi. Aqui nós ouvimos o amigo Ruiter Franco (motociclista muito famoso pela América do Sul), que andou pelo nosso Rio Grande há alguns anos e ficou uma bela amizade com os Gaudérios do Asfalto. O vaqueiro não é senão contrário e sabia que andávamos nas regiões, ficando assim atendo. Quando viu o vuco das motos em um posto, chegou ao faceiro fardado com a camiseta dos Gaudérios, pronto para dar e receber muitos abraços acalorados. Registro que estava acompanhado de sua esposa. Após a saudade, realizando alguns episódios fotográficos, dê-lhe a estrada. Tocamos até Feira de Santana. This local was been good friend with the Dr Eduardo Veloso, médicos thats paragens and that also curte an moto, beyond de other partners. Saboreamos uma ceva bem geladinha, acompanhada de um xisburguer, que nos fez lembrar da nossa terra. Não dia seguinte, sabiá-lo com um terreno de recuperação, pois está a 960 km de João Pessoa e teve motivos de sobra para que não houvesse atrasos. As esposas (Wilma, Vânia, Leila, Tânia e Angela) chegam de avião a casa e são recepcionadas por Rosaina (esposa do Edson Steglich), que está vivendo na cidade por motivos profissionais. E assim tocamos todo o dia, praticamente sem parar. Foi um misterio de boas empresas, ruinas, desvios, congestionamento a cambau. Mas chegamos! O Mendonça Deixou transparecer um misto de cansaço com alegria, pois foi chegado na terra onde nasceu seu avô paterno, e colocou a questão em que estava muito feliz e realizado, contando uma história de seus antepassados ​​(avô Paraíba e avó Bahiana, ele militar desceu para o sul nunca mais retornou para residir no nordeste). Downloads como bagagens e cadê as nossas meninas? Haviam chegado e foram dar bandas, pode isso? Ah, claro, foram a época do FORRÓ DOS TURISTAS, pois foram às vezes alguns dias atrás e não tinham como perder. Não tem como se relacionar com a alegria de estar com pessoas que ama e compartilha a vida.     Já não dia seguinte, após a caminhada matinal, levar como uma troca de óleo no TÓQUIO / KAWA e YAMAHA, combinando o almoço em um quiosque na praia do Cabo Branco, alguns se espalharam pela praia, mas as quatro ondas foram almoçar juntos. Após dias de barrinhas, uma pedida foi por um peixe. Estava muito bom. A noite chegou e foi para o apartamento do Edson e da Rosaina, para um churrasco especial, assado pelo Edson. Churrasqueiras abastecidas, mesas organizadas, bebidas no gelo, e um zuzubem (batida de Leite de coco, Vodka, Leite condensado e muito gelo) que um Zane preparou para brindar uma noite, com e colegas de trabalho, que também se fizeram presentes, turma muito alegre e divertida.       As melhores surpresas se dariam no dia seguinte. Micro ônibus contratado, turma a postos (já acrescido da Aninha  – filha do Edson e da Zane – e do namorado Bruno), lá fomos nós para as praias do sul. Lá pelas tantas o Edson, atuando como navegador, iniciou uma conversa ferrenha com o motorista, perguntando de onde era o mesmo. A resposta calou a todos. Gaúcho! De onde? Roca Sales. O Vitor Dal Molin saltou do banco e gritou, CABO ENDRES! Para encurtar a conversa o motorista era parente deles (Vitor e Angela) e os mesmos iriam visitá-los, pois a Angela é prima da esposa do Endres e havia trazido o endereço para procurá-los, pois a tempo que não se encontravam. Foi aquela alegria. Fotos, abraços e muita comemoração. Vida boa o dia todo. Deixo registrado que chegamos até o portão da praia da TAMBABA (praia naturista.....nu mesmo!), mas ninguém se atreveu não! Após nosso retorno, fomos retirar as motos, que a esta altura já estavam devidamente limpas e lubrificadas. Chegamos a um posto para abastecê-las e fui dar a tradicional verificada na moto e eis que constatei que meu pneu traseiro estava com um parafuso grudado como carrapato. Nestas horas que damos valor em ter todo aparato. Minhoca nele e pronto para rodar novamente.                            João Pessoa (www.joaopessoa.pb.gov.br) é uma cidade encantadora, um misto de pureza, humildade das pessoas com belezas naturais de toda ordem. Um belo local para se morar ou passear, qualidade de vida privilegiada. Podemos observar também que existe uma grande preocupação com aspectos culturais e preservacionistas, tais como centro de ciência e conhecimento (obra de Niemayer), além da organização da cidade como um todo, através do planejamento do plano diretor da cidade, calçadão a beira mar para caminhadas, ciclovia, impedimento de construções altas próximo das praias e tratamento dos esgotos. Conforme havíamos planejado, iríamos passar dois dias em Natal-RN ( www.natal.rn.gov.br). A nossa anfitriã Graça (www.brazilriders.com.br) já estava a nossa espera, e o Renato e o Edson aproveitariam pra fazer as revisões nas BMWs. Os parceiros Cunha, Mendonça e Dal Molin, acompanhados de suas esposas, locaram uma kangoo. Acredito que ainda estavam meio doloridos ou arredios mesmo. Já nós fomos de moto (Cleber e Vânia, Renato e Wilma). Saímos cedo, e chegamos antes da Graça no posto do Dudu – entrada de Natal, local onde havíamos combinado. Decidimos esperar um pouco na loja de conveniência, quando observo a Graça organizando a recepção no trevinho perto dali. Claro que não perdi a oportunidade de perguntar a ela se estava esperando alguém. Graça é uma parceira nossa de longa data. Ela e o Roberto (esposo), já estiveram conosco aqui em Santa Maria. Logo percebemos que ela é mais conhecida pela cidade que o prefeito. Parceira bacana, nos fez visitar os mais variados lugares, um mais bonito que o outro. Ficamos hospedados na Ponta Negra e confirmamos nossas primeiras impressões. Natal é uma linda cidade, muito organizada e com variadas possibilidades para os turistas se divertirem.  Nossa amiga Graça nos levou para almoçar no “Camarões Potiguar”, pratos maravilhosos da gastronomia de Natal, onde nos fartamos com o crustáceo. Também encontramos em Natal nossos amigos gaúchos, Oslene Ferreira e a sua esposa Cantalice, pessoas muito queridas e de fino trato. Juntamos a turma toda e fomos jantar no Mangai ( www.mangai.com.br ), e também aproveitamos para conhecer o shopping Midway Mall (me dei mal, como dizem os Natalenses) www.midwaymall.com.br , realmente imperdível. Também conhecemos as lindas praias de Natal, além de degustarmos diferentes pratos como o “Robalo”, a “macaxeira frita” entre outros. De volta a JP, decidimos mudar o nosso paradeiro, e nos hospedamos em um novo hotel (Xênius), que até agora não entendo o porquê deste nome. Mais um festerê foi organizado pela Rosaina, que novamente fez sua bebidinha (zuzobem) especial. O local foi um residencial maravilhoso, que contou com as presenças dos colegas da Rosaina, que também estiveram em nossa primeira recepção. Já estamos com vontade de voltar e reencontrar pessoas tão bacanas. Após dias maravilhosos de muita caminhada (particularmente fiquei bem de pernas) e praia (o Mendonça e a Leila já estavam criando escamas de tanta praia) chegou a hora do retorno, pois nossas motocas já estavam nos olhando meio de lado. O dia 30/07 amanheceu lindo, mas não havíamos saído da cidade ainda e começou um chuvisco, que nos acompanhou até a saída de Recife. Nestas alturas do campeonato colocar a capa de chuva era super natural, pois já “estávamos escolados” nesta arte. A partir de Recife tocamos direto para Caruaru-PE. Estrada belíssima, duplicada e só alegria. De repente a vegetação mudou, e ficou um pouco triste, pois encontramos muitos animais mortos, atropelados na noite anterior. Segundo moradores, muitos animais são atropelados na região, pois os mesmos vagueiam pela vegetação a procura de alimento. Paramos algumas vezes para os devidos registros fotográficos, e não imaginávamos o perigo daquela local, pois ficamos sabendo, já em Petrolina-PB, que ali era o “polígono da maconha” e que havia muitos assaltos a turistas desavisados na região. Observamos também grandes rebanhos de bodes (magrinhos) comendo tudo o que vissem pela frente. Tem-se de tomar muito cuidado para trafegar neste local, pois no início e no final do dia eles atravessam a estrada. Segundo percepção do Edson, o bicho é por “demais esperto”, pois poucas vezes vimos “bode atropelado”. Ao final da tarde chegamos a Petrolina-PE, uma cidade muito interessante, não só pelo fato de estar do lado do Rio São Francisco, mas por fazer vizinhança com a cidade de Juazeiro do Norte-Ba, que fica na outra margem do chicão. Mesmo sem poder visitar e aproveitar muitas das novidades de lá, fomos ao bodódromo, local bem planejado, onde se come todos os pratos típicos da região, ou seja: o BODE (pobre do bode!). Bode assado, bode cozido, bode recheado, picanha de bode, filé de bode, buchada de bode...e aí vai! Devidamente descansados e alimentados, partimos cedo em direção a Vitória da Conquista-BA. Poucas vezes passamos por uma estrada com tantas curvas. As motocas gastaram os dois lados dos pneus, ficando marcado lá na dobrinha (motociclista sabe bem o que é isso!). Passamos pelo entorno de Feira de Santana com a munheca colada e chegamos cansados ao destino daquele dia. No dia 01/08 saímos cedo em direção a “BelôRizonte” (como dizem os mineiros). Infelizmente transitamos, de Ipatinga a BH, pela pior estrada da viagem. Nossa! Que estrada horrível. Corremos muito risco, mas como chegamos vivos é isso que vale. Na chegada de BH pegamos um “senhor” congestionamento, que exigiu muita paciência. Após, fomos direto ao hotel Fórmula 1, onde nos aguardavam nossos amigos Marcelo Freire, Resende e outros. Aqui registro que o Freire é uma figurinha carimbada pelas bandas de Santa Maria. Amigo querido por demais e que não poupa pneu para nos visitar, além de puxar muito mineiro para o Mercocycle ( www.mercocycle.com.br ). Neste ano ele vem novamente e vai puxar um belo bonde. À noite fomos a um barzinho e nos deliciamos na picanha, juntamente com os amigos mineiros. Dia clareando e lá fomos nós para cumprir mais um dia de estrada e eis que o Cunha chega nervoso, que a sua moto não ligou. Imediatamente entrou num taxi e sumiu, foi procurar uma bateria. Nossa sorte foi que ele deixou a chave e o CONTROLE DO ALARME. Passado alguns minutos pegamos a chave e o controle e uma vez desligado o alarme a moto roncou com toda potência daquele motorzão. Imediatamente ligamos para o desesperado. Ele custou a acreditar. Após, pegamos a Fernão Dias e só alegria, 550 km em menos de 5 horas, foi rápido assim e estávamos em São Paulo. Chegando a Itu, conforme o planejado, o James (conhecido do Renato e que acabou ficando amigo de todos) havia combinado de nos esperar na entrada da cidade, mas como nada é perfeito nesta vida, chegamos pelo outro lado. Tivemos de esperá-lo já no centro da cidade. Não tardou e chegou o danado todo fardado com sua flamante Harley Davidson. Acomodou-nos no hotel internacional e já apalavrou um churrasco em sua residência à noite. Bom, churras é conosco mesmo, não tem como fazer uma desfeita. Chamamos um transporte abagualado (para caber os seis) e nos esbaldamos na gentileza do parceiro. O mesmo recebeu-nos, juntamente com sua simpática esposa Adriana, e nos brindou com uma picanha no capricho, acompanhada por uma cervejinha no ponto. Antes degustamos umas deliciosas cachaças, de uma coleção mais que especial. Estava bom demais (vamos ter de nos esmerar para recebê-los por aqui e retribuir todo o carinho).                               Partimos de Itu no dia 03/08 com o firme propósito de chegarmos a União da Vitória- PR, para que fosse possível chegarmos no dia 04/08 lá pela meia-tarde em Santa Maria. Dia de sol radiante, estrada ótima, e eis que tivemos um contra tempo com a moto do Cunha. A mesma colheu uma peça que se soltou de um caminhão, danificando o motor. Após as devidas ocorrências, guincho etc... tocamos para Ponta Grossa. O Renato já havia montado a logística com o Silvio (nosso amigo de Ponta Grossa). Fomos recebidos na R3 (www.r3motos.com.br), onde fomos muito bem atendidos pelo gerente Márcio Oliveira e o proprietário da empresa ( A forma de atendimento foi tão boa que decidi trocar o pneu de minha TDM que estava excessivamente gasto, o que o PC - ótimo profissional - fez em 15 minutos). Após termos relaxado deste contratempo, reconhecemos a habilidade do Cunha em não frear no momento do impacto, isso foi determinante para que não houvesse um grave acidente, pois o pneu foi banhado pelo óleo do motor e certamente em caso de frenagem iria derrubá-lo. Viagem que se segue. Ficamos desfalcados do nosso amigo Cunha, que teve de retornar de avião. Seguimos em direção a Passo Fundo, com previsão de almoço em Concórdia, no mesmo local da ida. Lá chegando, verificamos que o pneu da kawa do Mendonça estava como “tripa de salame”, se passasse encima de um cigarro aceso era aquilo. Mas deixar o parceiro na estrada nem pensar. Tocamos na “manha” até Ibirubá. Sugerimos ao Mendonça para sair antes e ir tocando “devagarinho” que largaríamos após alguns minutos. Passados uns 30 minutos, pois nos destraímos um pouco no posto, largamos com o “cabo enrolado” e cadê o Mendonça. O tempo foi passando e não o encontrávamos. A noite chegando e os pensamentos começaram a ficar complicados. Quando vi o negrão lá na frente me deu um alívio. Finalmente às 19 horas aportamos em nossa cidade e fomos recebidos calorosamente no Posto do Castelinho, pelas esposas, filhos e bichos de estimação. Até a próxima!            Cleber Winckler da Silva Santa Maria - RS Gauderios do Asfalto www .gauderiosdoasfalto.com.br                               www .mercocycle.com.br                                www. brazilriders.com.br  

Uma viagem além fronteiras ... Chile 2011

UMA VIAGEM ALÉM FRONTEIRA. . . CHILE 2011

A grande viagem começa quando olhamos para os nossos pares e percebemos o desejo de ir alem, de conhecer lugares, de amar, admirar a vida e perceber que vale a pena ir alem. Descobrir algo, crescer e emancipar culturalmente. Perdido que Deus nos criou por amor e nossa parte de respeito e devoção.

Nós somos humanos, meros mortais, enquanto estamos no mundo em que nos arriscamos por tantas adversidades e alegrias, liberdades e costumes, somos convidados a fazer o caminho. Sim, ele foi criado a imagem de Deus e por isso é além de nós mesmos é uma conquista que temos que fazer constantemente. Desde o momento de nossa concepção cruzam-se as etapas que desafiam os lugares desconhecidos e as situações que nem sempre imaginam.

Assim se situa o coração de um motociclista que vai além, cruzar as fronteiras, conhecer os povos desta raça América do Sul, sofrida e explorada, mas rica de cultura, de sentimento e amor. Se pretende conhecê-lo um pouco mais nas suas entranhas e aprofundar o amor que tanto se cultiva.

Esta viagem não brota do dia pra noite, mas sim, de um sonho, de um ideal. O próprio Jesus, quando apareceu, pode ter estagnado o seu caminho após a sua primeira aparição, mas estes ensinaram que o seu partido está mais além do que o desejo de algo maior e mais duradouro. Isso não significa um egocentrismo encarnado. Significa Sim, Que Ele Associou a Força da Humanidade e Nos deu o Primeiro Passo para a conquista do desconhecido.

Continue reading

UMA AVENTURA AOS SESSENTA

UMA AVENTURA AOS SESSENTA

                              DESTINO: CHILE

 

  Sentir o vento no rosto, cruzar as estradas sem hora pra sair ou prá chegar, conhecer novos lugares, novos costumes, novas línguas e, por que não, novos países. Foi pensando nisso que comecei a planejar uma viagem com minha esposa Elvira para o Chile. Nós sexagenários (ou sexalescentes como preferem alguns) não queríamos o conforto e segurança da agência de viagens, como a maioria dos casais acima dos sessenta costuma fazer. Tinha que ser uma aventura e que aventura. A ideia era fazer tudo isso sobre duas rodas, numa Shadow VT600, ano 1999.

 Foram seis meses de planejamento, organizando documentos: passaportes e da moto, revisões, seguros, mapas, GPS, internet móvel, bagagem, roupas, caixa de primeiros socorros, cartões de crédito e telefones para uso no exterior. Estudamos o trajeto, as condições de terreno, abastecimento, por onde passaríamos o clima em cada um dos países que atravessaríamos e, claro, as belezas naturais e atrações que iríamos poder presenciar pessoalmente. Entre tantas que a América do Sul possui o Parque Nacional do Aconcágua em Mendoza e a tortuosa estrada dos Caracolles Chilenos na Cordilheira dos Andes se destacam. Em viagem anterior já tínhamos ido à Bolívia, e agora no Paraguai passaríamos rapidamente.

 Partimos de Montes Claros, no Norte de Minas, no dia 14 de Nov/2011. - 12.000 km era a distância a ser percorrida. Seguimos rumo ao Triângulo Mineiro, depois interior de São Paulo e seguimos até o sul do Brasil. A primeira meta foi atingida, conhecemos Foz do Iguaçu (água grande) e suas fantásticas cataratas e o show da iluminação de Itaipu (pedra que canta). Após passarmos apenas uma noite em cada parada deste trajeto, ficamos por três dias na cidade para curtirmos bastante os pontos turísticos e a hospitalidade de uma prima distante, que sequer conhecíamos. Cristina Storino e Rui foram encontrados através de redes sociais na internet.

Continue reading

Um Abraço no Rio Grande do Sul (ou ... O Quanto se Pode Fazer em Nove Dias de Moto sem Correrias!)

  Retornamos, Martha e eu, no dia 07 de setembro de 2011, ao nosso refúgio nas montanhas, em Urubici, depois de um passeio, de moto, pelo Rio Grande do Sul. Foram 1.800 km em nove dias, tempo suficiente para deixar de lado o envolvimento com outras atividades, que não é apenas o prazer de rodar de moto.   A primeira vez foi em Passo Fundo, depois de 8 horas de passeio pelo Planalto Catarinense e Rio Grandense, com a participação de um seminário em Belas Artes do Rio Pelotas e as pequenas e simpáticas comunidades e vilarejos entre Vacaria e Passo Fundo, com suas engraçadas de “VENDO AMEXAS E PESEGOS”, escritas à mão livre, que sempre querem fotografar e que depois são apagadas para trás. À noite jantamos um linguado ao leite de coco, acompanhado por um Torrontes 2009 do Valle de Cafayate, Argentina, no apartamento dos Borges, Luiz Felipe, Letícia eo café Ernesto, Brasil Riders como nós, que sempre quer primorosamente seus colegas moto-viajantes. No dia seguinte chegou a São Miguel das Missões para o público do Primeiro Encontro de BRs nas Missões. Hospedagem no Wilson Park Hotel, um hotel confortável e amplo com a arquitetura nas construções jesuíticas do sec. XVII, circundando uma piscina Hollywoodiana, pelo preço camarada de R $ 120,00 por diária para um casal, ar-condicionado, varanda, ar-condicionado, frigobar e internet. Isto é como o café matinal e as comidas muito bem elaboradas, pois eles não são muito parecidos com o que há de melhor no centro de tradições. Nativistas, confraternizando com uma centena de Brazil Riders. Confraternização que nos permite rever amigos e fazer novas amizades, todos motociclistas, pagador  missionário, dizia ter sido “consagrada no altar da pulperia”, o que pode ser traduzido, sem caráter poético, por “balcão do buteco”), algumas trazidas de recônditos de São Paulo e Minas Gerais. O cardápio do encontro incluiu o churrasco e o churrasco de culinária gaúcha rio-grandense, mas preparados com esmero e, especialmente o carreteiro, com receita própria do José, Dentista local e cozinheiro de mão cheia! Ah, o baile improvisado, o som da gaita e de um vilão campeiro e o show de dança da gurizada do CTN Sinos de São Miguel, complementado pelas atrapalhadas apresentações de chula dos próprios BRs! Aproveitando para rever, em uma caminhada diurna, como as ruínas de São Miguel, sempre com uma sensação, já experimentada, de estar passando por um lugar sagrado e carregado de uma energia muito forte; e para assistir à noite, neste local mágico, o espetáculo de luz e som .... imperdível e inesquecível, com o perdão da repetição (inevitável) do sufixo! No meu caso, esse retorno remonta a 1958/1959, quando conheci, aos 11 anos de idade, como as ruínas abandonadas, com uma figueira crescendo na torre dos sinos, suas raízes contorcidas abrindo fendas na estrutura de arenito; e com sepulturas do cemitério jesuíta e ocupada por enxames de abelhas. Ainda em São Miguel, no dia do fim do Encontro de Pilotos do Brasil, foi uma fonte de água responsável pelos jesuítas e pelos guaranis de São Miguel. Um encanto de construção em arenito, com algumas pequenas faces de anjos esculpidos, que em muito lembra, em pequenas dimensões, como as construções em pedras, justapostas dos incas. Também conhecemos um Ponto de Memória, a iniciativa do Valter, da Secretaria de Turismo de São Miguel das Missões, onde tenta preservar objetos de valor histórico e arqueológico da região e de atividades de interesse cultural. Another possible surprise: the one size to reencontrar Dalva, a prima one of the wedding, is one of our wedding, is one of our wedding rings, in an adult house is one of the two years, and their know how their their descendentes. No quinto dia de viagem tomamos o rumo de Mata, a cidade dos bosques petrificados e os fósseis de animais do período Mesozóico (ou seja, entre 250 a 50 milhões de anos antes do presente). A descida da serra entre Santiago e Mata é um dos mais bonitos para se fazer de moto no RS. Antes, entretanto, visitou as ruínas de São Lourenço, mas também foram bem conservadas e restauradas como são Miguel, mas também interessante e mágica. Gênero, Padrões, Padrões, Padrões, Padrões, Padrões, Padrões, Padrões, Padrões, Padrões, Padrões Múltiplos de coroinha da Igreja N. Sra. Auxiliadora, em Porto Alegre. Em Mata nos hospedamos no Hotel Paleon, um simples e barato, onde à noite jantamos “à la minuta” (arroz, feijão, ovo frito e bife). A cidade, pequena, mantém um Jardim Paleontológico. Trata-se de uma área de cerca de 2 ha, com algumas árvores esparsas, onde estão várias árvores e fragmentos petrificados. O local, bem-vindo, é um cuidado de um senhor de nome Aury, que discursa com facilidade sobre os achados paleontológicos da região, uma origem dos mesmos e das outras curiosidades de interesse científico, mas curioso mesmo é o fato de que Aury é analfabeto e seus O seu currículo é fruto da sua curiosidade, o que leva as palestras de professores da Universidade Federal de Santa Maria. Mata também é um museu com um enorme acervo e é apresentado em um espaço reduzido. Há crânios dos pequenos, e um fóssil completo de mesossauro (atuais) e vários pares de rincossauros e mais recentes Megatherium (uma chamada preguiça-gigante), entre as outras peças raras. Em viagens pela Patagônia Argentina, têm sido muito bem sucedidos, apresentados em magníficos e com os melhores textos elucidativos, em requintados museus de paleontologia e em História Natural. O seguinte método foi desenvolvido para funcionar em conjunto com a Universidade Federal e um Curso Superior de Paleontologia. um ponto de encontro da UFSM cancelou o convênio que mantinha com o município e até hoje nem pesquisa mais no mesmo. É simplesmente revoltante esse tipo de coisa que se faz tão comum, e de forma impune, neste nosso país (ou deveria, por isso, ser “país”, assim mesmo, com “p” minúsculo?… Mas deixei com “P” Maiúsculas por conta dos Aurys que existem por aí)! No dia seguinte já estacionamos a G 650 GS na Fazenda dos Pinheiros, em Encruzilhada do Sul, para rever parentes, entre eles Edinei e Edilka, seu genro Pedro Paulo e o Prefeito Artigas, esse preocupado em entregar a algum mau administrador, na próxima eleição,  a Prefeitura Municipal recheada de recursos, quando a recebeu endividada a 7 anos atrás. Ufa! Ainda bem que o parente é dos que justificam um “P”maiúsculo! O jantar, na fazenda, foi acompanhado por um Cabernet Sauvignon chileno, mas bem que poderia ter sido acompanhado por um dos bons vinhos da Casa Valduga, cujos vinhedos emolduram o começo da estrada que, no dia seguinte, nos levou a Porto Alegre. Em Porto Alegre nos hospedamos no Hotel Milão Turis, cuja grande vantagem para nós foi estar localizado próximo a uma das saídas para a Free Way, nosso caminho de volta, e a 800 metros do local onde veríamos, na noite seguinte, o show do Eric Clapton. Na capital do Rio Grande do Sul não podíamos deixar de visitar o Mercado Público e lá comprar pelo menos umas frutas secas, já que charque, bacalhau e vinhos não seriam comportados pelos bauletos já abarrotados da Gzinha. Também passeamos pela Praça da Matriz, revisitamos a Catedral e o Palácio Piratini e conhecemos o Shopping Moinhos de Vento, onde encontramos a amiga Camila, com que fomos assistir ao filme argentino “Um Conto Chinês”, do quase desconhecido Sebastián Borensztein, mas interpretado pelo excelente Ricardo Darin (também intérprete de “O Segredo dos Seus Olhos” e “Nove Rainhas”). Muito bom o filme, tanto quanto foram os outros dois que citei. Ótimo também foi o show do Eric Clapton, no penúltimo dia de viagem, ainda com uma voz vigorosa e com a agilidade de um garoto, completada pelo apuro técnico que a experiência vai cada vez mais acrescentando, ao percorrer com os dedos as cordas das guitarras. No conjunto que o acompanha nesta turnê brasileira, ressalto Chris Stainton e Tim Carmon nos teclados (dão solos espetaculares) e Michelle John e Sharon White como backing vocals. Valeu à pena assistir Layla, Cocaine, Lay Dow Sally e Kay to the Highway, entre outras, com novos arranjos e com muita energia! Retornamos um Urubici, na manhã seguinte, pelo litoral até o Morro da Fumaça e dali subimos a Serra pelo Rio do Rastro, nos deliciando com a paisagem, apesar do cansaço deste dia de 8 horas de viagem, às vezes por estradas movimentadas com trechos em construção e com muito vento. Agora, ao escrever esse relato, nos contar com a quantidade de coisas que vimos e fazer em apenas nove dias e que o primeiro a ser levado por uma motocicleta!   Jordan Wallauer

Em Pleno Inverno, de Motocicleta Pelo Planalto Catarinense

Em Pleno Inverno, de Motocicleta Pelo              Planalto Catarinense.   Por: Rui Cesar Bittencourt Julho de 2011 www.ruibittencourt.com.br"Parecia Que uma garrafa de vinho havia Piscadó para MIM, um Carmenère  chileno, otimo Preço passei A Mão e pensei: -. Vou Levar ESSA Comigo, pra . When Chegar Ao Hotel  . UMAs Época Duas da tarde, frio pra caramba Recém havia chegado um Urubici, catarinense planalto, das Cidades Mais frias fazê país, DEPOIS de curtir  espetaculares Paisagens Ao subir, solitário, uma Selvagem - also  conhecida POUCO - Serra do Corvo Branco Detalhe:. em pleno inverno Sulino, somente eu e "Silvina", uma Triumph Tiger 955 prata (donde o apelido, de "prata"), ambos preparados para uma friorenta aventura  "off-road".  Naturalmente que os anjos da guarda foram convocados para uma empreitada.  Temperaturas batiam recordes não vistos - ou sentidos - há muitos anos, são contados, voltados para sms e são em graus negativos, em madrugadas gélidas, girando em torno de zero grau durante o dia. Estava viajando desde cedo, com apenas algumas fotos de recuperação para um amigo " xixi " , algumas anotações sobre quilometragens percorridas e para fotografar cenas curiosas, ou placas indicadoras, sem o mesmo canto nem beber nada. Eram tantas as emoções ... que acabaram esquecendo ".     Sexta-feira, 08 de julho, nove horas da manhã e da ponte Colombo Sales, Florianópolis (SC), fazendo uma paradinha rápida" do lado de lá ", nãocontinente, para o total e parcial da quilometragem que marcava no total: exatos 22.884 km. Desde a noite anterior que já está pronto. Moto abastecida, pneus calibrados, nível de óleo verificado. Tudo OK Nem dormi direito. A realidade é sempre a mesma coisa, um mistério de emoção / exitação que nos aflige antes da partida. Como de hábito, previamente a cada viagem, de uma tarde à tarde São Sebastião, em frente à igrejinha do mesmo nome, para as minhas orações,  com proteção Superior para uma jornada que se iniciava. E prometia ser "das boas": subir a rústica Serra do Corvo Branco, uma viagem / aventura   que exige experiência e motocicleta adequada, estilo trail ou similar,nunca uma custom, muito menos as esportivas. Depois da subida estava programado uma passagem rápida por Urubici, e após, Lages, na sequência, onde estava rolando o Motoneve, conhecido Encontro motociclístico promovido pelo pessoal da Cia. Liberdade.    O inverno sulista deste ano 2011 apresenta rigorosamente como as vezes  se viu. Já saí de casa assim: Duas meias, uma das no tamanho 3/4 - mais uma de reserva -; Nas pernas e cintura uma ceroulas especial para motociclista,  comprada há anos atrás em Daytona Beach, que não estraga nunca  . Calça de couro grosso, que eu mesmo mande fazer, com folos laterais, folgada, e recos (zipper) para ficar justa nasbotas. Uma beleza. No esto um conjunto da norte-americana Aerostich  ( www.aerostich.com ), modelo Darien, duas peças, uma jaqueta extensa de cordura espessa, cheia de bolsas, proteções para cotovelos, ombros, etc ... 100% impermeável pelo sistema Tecido impermeável. Ela vem acompanhada de uma "forro", outra capa interna, por ele só é uma peça para o frio. Como duas juntas, então, é mais importante, me davam condições para encarar o frio próximo a zero grau. Certamente que até abaixo, quando  em movimento.                               Bauleto traseiro ("top case") da italiana Givi - deixei os laterais em casa - e uma mochila no lugar do garupa. Levava-se roupas de reserva, óleo lubrificante, "leatherman" - instrumento multiuso -, rolo daquelas fitas tipo "silver tape" e reparo instantâneo de pneus. Três pares de luva, uma capa de couro, outra capa de couro, especial para o inverno, uma pulseira (também importada), e uma borracha, para encarar a chuva e a neve, se necessário, totalmente impermeável. Bota de couro com duas "demão" de macarrão para sapato, para melhor isolamento. Levava balaclava e pescoceira, um reforço extra para o pescoço. Na cabeça um Shoei Multitec, daqueles que "levanta a frente", com uma segunda versão transparente interna, anti-embaçante, fundamental para o contraste entre o meio extremo e a nossa respiração quente, internamente. Definitivamente estava bem preparado.  Não houve previsão de chuva, mas mesmo assim levava um conjunto de tal, com polainas para cobrir como botas.  O duro com a roupa, mais parecendo um robô, aos poucos "como melancias foram acomodadas na carroça" e me deixou mais livre à medida que rodava. Na saída de Florianópolis pego o rumo sul pela BR-101 e no município vizinho de Palhoça, saída 215 (16 km) à direita para a BR-282. Uma placa na beira da rodovia indicava federal Planalto Catarinense e Lages.Logo em seguida vem Santo Amaro da Imperatriz, que contorna-se. Águas Mornas à direita, região de águas termais, e logo incia-se a subida, asfalto gostoso, curvas abertas deliciosas, um deleite, o friozinho rápido se fazendo sentir à medida que nos eleva em relação ao nível do mar. Como que "esquentando", o motorzão de Silvina roncava gostoso, com piscina calma, 110/120 km por hora. Levava mapa "na mão", em cartão de acesso fácil, e num cruzamento em Rancho Queimado, há 60 km de Floripa, desvio à esquerda, placa de acesso Anita , e há alguns anos adiante. Entrava em terreno desconhecido, pois essa rota ainda não havia sido feita antes. Num lugarzinho mais recente da SC-407, um programa em boas condições, uma paradigmática estratégia para um xixi amigo, o mesmo diante do sonho de uma criança em casa, que está sempre presente, assustado com a minha presença. -  Cala a boca seu chato ... Eu não os conheci. Tenho dois lá em casa me esperando.  Não se via, ainda, vivalma, todos dormindo até mais tarde, pois o frio é tava de lascar. Praticamente sem movimento, há uma vez ou outra passava um carro. Ao contrário de um pouco de frio nas pernas, dobradas, na altura dos joelhos , quando uma calça de couro fica esticada, mas depois, o organismo se defendendo, mandando mais sangue para uma área, acabei me acostumando, e tudoficou bem, semmitir de colocar um ceroula reserva. Era só o começo ... do frio. A estrada até agora é toda a asfalada, ainda com um trecho de obras, já terraplanada, homens e máquinas de vez em quando em uma pista. Dou de cara com as "patrolas" e passo pelo cantinho, espremido ...! Em alguns pontos, um pouco de prazer, muito relaxado, montículos, nada que atrapalhe nosso rodar tranquilo e muito prazeroso, como costuma ser nessas estradinhas do interior. Uma casa grande, bem rural, ao lado de um córrego, galpão atrás e um fusquinha azul velho, completando metade dentro, metade fora, completamenteempoeirado - deveria estar ali há anos - me faz parar para fotografar a cena. Um peru não pasto e um cachorro - que foi descoberto com o zoom da máquina - os olhares para mim, estático, virou hilária a foto, das melhores para o longo de todo o percurso.  Anitápolis, 600m de altitude, é uma cidade jovem no vale do rio Braço do Norte, que nasce por ali. Fundada em 1961, região da grande Florianópolis, distante 108 km , é eminentemente agrícola, formando parte do cinturão produtivo de verduras, leguminosas e frutas que abastecem a capital dos catarinenses. É uma presença dos descendentes alemães. No entanto, para Santa Rosa de Lima, a cidade na sequência, "o buraco é mais embaixo". Há apenas 24 km de distância, no entanto, um tempão para percorrer, com todo o cuidado para não dar ao chão, em meio a plantações de repolho, tomates e alfaces de beira da estrada, o aliado às paradas  fotográficas. Volta e meia sente-se não é um "cheirinho" nada agradável emanado de galpões de criações de porcos ...! A estrada piora, fica estreita, para um só veículo, e é usada como uma alternativa para as crianças. Em certos locais são dois carros que se encontram a quem vai ter que se inscrever no meio de um micro-ônibus escolar, mantendo a segurança, também por causa da poeira, seguindo um tempo atrás dele, aumentando em muito asegurança. Depois de um mergulho e desce interminável, lento - uns trinta km por hora - em uma ponte cruza-se novamente o rio Braço do Norte, pedregoso, de águas límpidas e nos aproximamos de Santa Rosa de Lima, pequena vila que já foi a cidade com uma menor população do Brasil. Descemos para 240 metros acima do nível do mar e a 120 km de distância da capital. Também eminentemente agrícola, foi apenas uma passagem. Tem um queijinho frescal muito gostoso produzido por aqui, Santa Rosa, que custume comprar  em Floripa. Em primeiro lugar, pavimento novo e num piscar de olhos,  Silvina abanando o rabo de felicidade, me leva até o Rio Fortuna, uma ruaprincipal, cidade da eco-agricultura, e rumo a Braço do Norte, SC-482, numa só tocada, sem parar, nada, apenas fotografando como placas indicadoras e imagens interessantes do caminho. Era grande a ansiedade para chegar ao Corvo Branco. Entre Rio Fortuna e Aiurê há um "corta caminho", apenas 21 km, segundo me informaram num posto de combustível local, mas repetia-se sob o / desce com muitas curvas seguidas, modo que optei pelo asfalto, um pouco mais longo, mas mesmo a menor velocidade é manter constante.   Rio Fortuna, 130 metros de altitude, tem uma curiosidade: mantém-se com as tradições alemãs e possui uma das maiores reservas de fluorita de SantaCatarina. É considerada uma cidade com menor índice de mortalidade infantil do Brasil. Fumo, piscicultura, extração mineral e de madeira são seus fortes. No município de Braço do Norte já é diferente, a cidade maior, industrializada, também sujeita, mas tem seu forte na produção de molduras, como as mais diversas, que são comercializadas no país inteiro e até  exterior. Continua a descer em relação ao nível do mar, baixando, para que ele volte a subir novamente. Em sua avenida principal é uma placa, devidamente documentada, indicava  Grão Pará, Aiurê ... e nossa tão aguardada Serra do Corvo Branco. Sem maiores novidades, campo, asfalto, plantações, bois, cavalos e criaçõesde animais, belo rio a nossa direita, e chega-se a Grão-Pará, a apenas 12 quilômetros de distância. Cidade pequena, em torno de cinco mil habitantes, fundada em 1958, está a 110 metros de altitude. Como de hábito por essas regiões sulistas, é forte a descendência de italianos e alemães colonizadores. Plantações de fumo, pecuária, suíno e avicultura predominam, gerando-se laquis também no ramo de confecções.  To the first version of a street in the left, left and the single plate indicing to all the stations and lemes regional. Aiurê a 14 quilômetros, chão batido e de lá inicia-se um forte subida. Consumimos rapido uma pequena distância, estradinha de interior mas davapra tocar bem. Aiurê não tem nada, uma ruazinha, lanchonete, uma igreja - construída em 1929 - tudo na rodovia estadual SC-439 - que nos leva a Urubici -, simpática, grava em volta, capelinha de pedra com santinha - não dá pra reconhecer era era. Aiurê Pertence ao município de Grão-Pará. Paradinha para consultar o mapa. Não se vê ninguém.  "Onde está todo mundo?" Logo na saída de uma estrada íngreme nos alerta que realmente agora abra a subir violentamente. Primeira engatada no "morro", mesmo com motor de quase 1000 cilindros, pegando leve no acelerador, cuidando para não patinar, com pedras, ou derrapar,muito menos escorregar para o lado. Se vacilar e tiver que "andar de ré" é difícil segurar os mais altos duzentos quilos de Silvina. Uma subida é constante. Campos em volta, dia lindo, sol, sombra entre as árvores, isso em torno de meio dia. A estradinha para um movimento de terra em meio a um plantio de pinus, pinheirais, uma viseira do capacete levantada, respirando aquele ar puríssimo da montanha. Depois de duas cercas com pontilhões, o estilo "mata-cavalo", para o gado não passar, chega-se a um altiplano fantástico, com os visuais mais lindos presenciados em minha vida. Adiante, olhando para a frente, os contrafortes da Serra, em tom azulado, pontiagudos, o céuExtraordinariamente azul e limpo, riscado por dois aviões a jato que, seus controles, se dirigiam ao norte. Para os lados do campo, gado pastando, um sono impressionante, raro de se sentir.    O cantor na beira da estradinha é pareíu a moto, desligue o motor e faça um carinho no grande tanque de Silvina. Obrigado por me fazer aqui aqui cara. Desci, flexionando as pernas, meio duras. Sem o capacete, me extasie diante do que via e respire o fundo que pude. Panasonic Lumix voltando  a funcionar, em fotos "para a posteridade". 'Tá tudo registrado. Ao som de afinado bem-te-vi e curicacas distantes ... Uma Oração, em agradecimento  Ao Senhor POR ter o privilegio de ali Estar ... Sozinho, Aquela vista, em dia espetacular, tanta beleza da natureza. Daquele "platô" que já estava bem alto, mais rápido, mais ainda, passando por mata-cavalo, em estradinha sempre para um só veículo, logo adentrando-se aos contrafortes e escarpas, vales sombreados, frios, com paredões altíssimos do lado esquerdo e precipícios do outro. É de arrepiar. Imaginem que sobe-se a 1200 metros de altura em apenas 5 km por essa estrada sinuosa e perigosa. Uma planta com folhas enormes, que nasce nas margens, além das torres íngremes, que é um aspecto do histórico e aterrador, principalmente nas nuvens, que não era meu caso.    Com cuidado, atenção para dar não dar de cara com outro veículodesprevenido ... e vamos subindo, como que degustando cada curva, cuidando das pedras do caminho comum das alturas, até culminar com uma subida mais forte de todas, desde que inicia, num zigue-zague inacreditável. Em primeiro lugar marchando, abrindo um pouquinho nas curvas, de tão fechadas que eram. Nesse breve e último trecho final -   quase vertical - tem uma felicidade de contar com asfalto, a 600 metros apenas, "véinho" mas que funciona, baita quebra-galho e as alturas. Pelo menos a moto não patinava. Em dias de chuva deve ser um horror. Tem as pequenas aberturas que são como mirantes, com proteções laterais("guard-rail"), para o poder parar e olhar para baixo, para as curvas, escarpas e o verde infinito distante. Corpo inclinado para a frente, pois com o peso à parte traseira pode-se empinar, e chega-se ao topo, a 1470 metros de altitude, em meio a fantásticos cortes verticais na rocha pura, a 90 metros de altura, o mais alto do país. Uma estrada entre os outros. É demais  Todo mundo para cima para fotografar e curtir o visual, o vale que se estende à frente, a outra vista fabulosa, um caminho claro que faz a frente na frente, em contraste com o verde impressionantemente total. É o que vê, céu azul e o verde. Uma estradinha de ziguezagueando até perder-se de vista. Ponto Daquele, para baixo, até Grão-Pará, são 27 quilômetros. Para Urubici, sentido oeste, 30 km. Maquininha Fotografía saía e entrava repetidas vezes sem saco grande de jaquetão, já com a bateria de reserva em funcionamento. Toca em frente, "que já vem gente", ágora do "lado de lá", nas alturas, no pleno planalto catarinense. Para obter a agradável surpresa depois da descida pelo charmoso vale, eis que aparecem asfalto novinho em folha, ainda sem como demarcações. Novamente Silvina abana o rabo, feliz da vida, e enroscamos o cabo do acelerador, tocando forte, nos deliciando com deliciosas curvas, como uma recompensa, por tudo o que havíamos passado. Ali, comer sentiu-se a potência fazermotor tricilindrico, 955 cilindros, 105 cavalos ... Rapidinho chega ao cruzamento em obras, com uma estrada que sobe - mais ainda - e leva ao conhecido Morro da Igreja / radar Cindacta, e vizinha Pedra Furada. Final da pavimentação.  Ponto turístico interessante esse Morro. Está a 1828 metros de altitude, onde se encontra um enorme submarino, por isso o Cindacta II (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aéreo), que está sendo rastreado em todo o Brasil e parte dos países vizinhos, O sinal sendo enviado e elaborado em Curitiba, segundo as informações que tenho. Dizem que até urubus eles captam ... !!! Imagens do complexo, uma enorme rede,retangular vertical, com radar -, pode ser vistas na internet. Como já foi subido por algumas vezes e ser um pouco conhecido, também por sua Pedra Furada, que faz a sua vez de alto, toque de frente para Urubici, junto com as vizinhas Urupema e São Joaquim, como  as cidades mais frias do país. E faz frio "pra carvalho" ... !!! Devia estar beirando o zero grau. Esse Morro da Igreja, que faz parte do município de Urubici, é o ponto mais alto habitado do sul do Brasil. Ali, a quase 1900 metros de altitude,  em junho de 1966, foi registrada a temperatura média do país, menos 18 centígrados, isto é, 18 graus abaixo de zero. Brincadeira ôh meu ... !!!  Desse ponto em diante, máquinas na pista, desvios, caminhões carregados, poeira pra caramba, operários em pé na terraplanagem da estrada em breve em pavimentação, e, entre casas, fazendolas, pousadas, patos no campo, gado pastando e fumacinhas saindo das casas Chegou à rua principal de Urubici, cerca de duas horas da tarde, no dia anterior, que não tinha comido nem bebido nada desde o dia da manhã, quando saí de Floripa. Tantas foram as emoções ... que esqueci ...! O posto de combustível / lanchonete Rodo Serra está localizado exatamente no cruzamento da SC-439 com SC-430, centro da pequena cidade, onde se encontra a pista e a água, de certa forma projetada pelo feito. Vamos agora tendo umbom café e comer alguma coisa. Tive sorte, pois és uma moça muito simpática me atendeu, belo sorriso, depois de todo o pó da estrada, me oferecendo pães de queijo e rosquinhas "da hora", que foram cheios saboreados com fumegante "média com leite" ...! Acho que foi o café mais gostoso da minha vida. Uma Delícia. Urubici é rural, agrícola, mas também turística, em pleno desenvolvimento, conhecida por diversos atrativos naturais,  cachoeiras, não incluídos roteiro Caminho das Neves e localizada no vale do Rio Canoas, que nascem por e segue para o oeste, lá adiante unindo-se ao rio Uruguai. Terra das hortaliças, é o maior produtorde hortifruteiros de Santa Catarina. Também destacando-se cada vez mais o cultivo de maçãs, especialmente a Gala da Gala, considerada a melhor de toda a região serrana. Outro aspecto importante é o cultivo de erva-mate, o produto básico do chimarrão tradicional, muito apreciado nos países do Mercosul. Ali num posto, num expositor com várias garrafas deitadas, foi que uma delas olhou para mim ... acho que piscou. Passei a mão, direto para a moto entre as roupas, para não ficar batendo. Era pra degustar em Lages. Abasteci Silvina, with an panins with farminés , piscas and sinaleira back to removedor the pó. Havíamos rodados somente 132 km desdecasa, mas que mais que muito. Em torno de 14 litros de gasolina comum.  Bebeu bem a éguinha. Também pudera, com todas essas subidas. Relaxado, barriguinha satisfeita, seguiram-se dois telefonemas, uma pra casa, avisando uma família de minhas andanças, e outro para o (amigo)  Jordânia (Martha) Wallauer, que ali próximo tem belíssima casa, em meio a um vale e montanhas esverdeados e que ele era convidado para tomar uns vinhos e pernoitar. Tentador de convite, pois além de excelente papo, sabia de antemão que sua adega estava "bem abastecida" ... Agradeci, ficando  para outra oportunidade. Jordan, também um aventureiro / motociclístico,the was a giro pela patagonia argentine, numa GS 650 da BMW, idem solitário, in meio a picos neves, um frio - também - do cacete.   Uma sessão geral de moto, corrente seca, suja, empoeirada, e seguir adiante, agora via SC-430, até Santa Clara, cruzando, onde está a BR-282, dobrando à esquerda, para Lages, onde pernoitaria ... e para o Motoneve. Percurso, idem, sempre muito lindo, serrano agora, em meio a araucárias, asfaltinho meio machado, são só 24 km que foram engolidos num vapt-vupt até o posto Janaína em Santa Clara, mesma metade do caminho entre Floripa e Lages.  Essa rodovia, uma BR-282, esse trecho, é de uma beleza ímpar, aliás, comotudo por aqui. Excelente para rodar, bem construída e sinalizada, 110/120/130 km / hora, curvas maravilhosas, muito verde natural e de reflorestamento, em questão de uma horinaria estava chegando na periferia de Lages, cidade grande, com seus prédios à vista. Na primeira vez que você se encontra à direita, para o Parque da Missão , é onde se realiza a festa do Pinhão, mesmo local do evento, Encontro motociclístico que realiza todo o final de semana. O frio beirava os nove graus, positivos ... !!!                                    Só dei uma passada, pouco povoado, estava só começando, e fui para o centro, hotelzinho simples mas limpinho, para um bom banho e jantar, mais tarde. Silvina ganhou estacionamento coberto, depois de aliviar-lhe o peso de cima. Acho que ouvi "um suspiro" ... !! A noite caminha pelo centro da cidade, acessa alguma coisa e volta ao local do evento. Ainda mais, eu ainda em estado de êxtase por tanta beleza vista natural durante todo o dia ... fui dormir. O frio, em torno de dez horas da noite, andava pelo seis graus. Cairia tremendamente na madrugada, baixando de zero. Dormi o sono dos deuses, sorrindo ... relembrando paisagens. Dia seguinte, sábado, excelente café da manhã - que mel gostoso -Mais uma vez, em uma loja local , visite a belíssima igreja local. Arrumai minhas coisas, paguei a conta e me mandei pra estrada, com uma passadinha no Motoneve, que estava melhor, mas ainda meio desanimado. Muitas motos esportivas, barulhentas, que não me fazem mais uma cabeça ... com todo o respeito. Com certeza à noite, sábado, "o pau ia pegar", pois o que está procurando não é uma brincadeira. Muitos casais, bundas empinadas ... e velocidade.  Em torno de onze, depois de encontrar alguns amigos de Floripa, viajando com imponentes Harley-Davidson, na estrada de novo, via SC-438. Destino: São Joaquim, vinhícola Villa Francioni, na beira da estrada, Bom Jardim daSerra, restaurante Cascata. Rodovia sempre pavimentada, em excelente estado, com vistas e curvas cinematográficas, foi tudo passando, rapidamente, que nem filme. Parada no mirante (topo) da Serra do Rio do Rastro, para um excelente empanado de palmito com requeijão e massa integral ... Aqueles de escorrer o recheio pelo canto da boca.  Antes de Bom Jardim, uma vez e um pouco da tarde, numa sombra ainda, me chama a atenção uma vez com as motos estacionadas, a enorme placa de gelo passando a mão na mão para fotografar. Fiz uma volta e parei, também fotografando. Uma festa. Imaginem Agora a temperatura é uma temperatura baixíssima, para o próximo próximo do meio dia ainda ter gelo. Tempo bom. Céu azu. A Serra do Rio do Rastro está entre as vinte rodovias mais lindas do mundo. Você é nossa conhecida conhecida, desde criança que subo por ela. O meu nome era fazenda aqui por perto. O visual, sempre fantástico. Muitos turistas agasalhados, fotografando do mirante, lá do alto. Em diasitate bons eyes hibrida ver até o litoral, mais de cem quilômetros em linha reta.  Foi encontrada em revistas rotatórias, no Brasil, da revista conceituada Duas Rodas de motociclismo.   Tem uma das curvas da Serra, que não pega sol. Tio João a chamava Curva Fria. Quando faz muito frio, as águas são escorridas por suas paredes , nas madrugadas. Era o que estava acontecendo, mesmo em plena duashoras da tarde. Parei para fotografar como placas de gelo ainda grudadas sem paredão e despenca um pedante lá de cima, espatifando-se no chão, espalhando pedaços. Não seria nada legal se alguém estivesse passando por esse momento.   Passagem rápida por Lauro Mülller, onde reabasteci as Termas do Gravatal, paradinha no Hotel Cabanas, a família de um amigo, onde o almoço festivo, "Feijão com Samba" ... uma cervejinha, apenas, e segui para Tubarão, visita "de Dr. " um Vó Ruth, minha mãe.  Comecinho da noite estava em casa, Florianópolis, depois de um "pauzinho" na "eternamente em obras" BR-101 sul.  Em frente ao portal, De vez em quando duas mulheres, o rabo, Silvina, porchegar ... Bita, uma cachorrinha vira-lata, da janela, ao me ver ... e mulher, pois o maridão voltara inteiro. Galo que é galo não abana rabo ... faz córócóco '. Hodômetro total marcando 23.608 quilômetros ... em torno de uns 800 km foram rodados, pouco em termos de distância ... muito em emotions.  "Gracias Señor, por la vida" ... por minha Tigre ..pelo espírito aventureiro e por tantos locais lindos e maravilhosos desse meu - belo Estado de Santa Catarina. Até uma próxima.    Rui Cesar Bittencourt Julho de 2011 www.ruibittencourt.com.br RUI BITTENCOURT (61), é Ortodontista, fotógrafo, motociclista e revista inglesa em seu blog anexo ao site (acima). Em 1985 publicou matéria em Duas Rodas ... De Moto na Neve, após vivenciar tremenda nevasca na cidade de São Joaquim, à época com a XL-250 da Honda. Em movimento, com o passar dos anos, grande parte do país e vizinhanças. Reside em Florianópolis, SC

8/2/2010 - Nova Friburgo - Uruguai - na Lander !

Nova Friburgo - Uruguai - na Lander !

Gente, estou mandando um relato da viagem ao Uruguai pra vocês. Aproveito pra agradecer os comentários e o apoio, pois não foi fácil fazer essa viagem, que só foi possível graças a uma economia de vários meses e o apoio logístico de vários amigos, a começar pelo Lavina e Ferro, da filial SC, da Milene, dos companheiros do Brazil Rider´s, Clube XT600 e Irmandade Estradeira, que me receberam em suas casas e evitaram que eu estourasse o orçamento e tivesse que voltar antes da hora, rs!!! Fico feliz em saber que contribuí para que os amigos do Sul continuem tendo uma boa imagem de nosso MC e que venham nos visitar em nossa festa de aniversário. Devo a inspíração às sensacionais viagens de Ronaldinho, Zé Armando, Payakan, Rafael, Júnior, Alemão, entre tantos, que me honram com suas companhias. Ao apoio da diretoria, como o Max, Tato, Marcão, Cidão, colegas das outras filiais entre tantos colegas bacanas do MC. Bom, chega de papo, está aí o relato, pra quem quiser ler. Se Deus quiser estarei aí em Guarulhos numa data próxima pra rever os amigos. Um grande abraço, Kike.






Saí de Nova Friburgo, sozinho em minha Yamaha Lander, no dia 11 de janeiro tendo como destino o Rio de Janeiro, onde mora minha fiha. No dia seguinte peguei a Dutra, e já em Sampa a velha tensão de andar na Marginal Tietê até pegar o Rodoanel e, finalmente, cair na Régis Bittencourt (BR116), que se encontra melhor asfaltada, mas com uma grande quantidade de pedágios, a R$ 0,75 cada. Na minha oitava viagem ao Sul estava preocupado com o trânsito de caminhões na Régis, que no lado paulista continua com engarrafamentos nos trechos de mão dupla, na Serra de Juquitiba.



A partir de Miracatu o trânsito melhora e sigo, sem maiores problemas. Perto de Curitiba desço a Serra do Mar pela sempre chuvosa BR376, que já em SC vira a BR101. Passo pela bela Joinville até o trevo de São Francisco do Sul (São Chico) e entro na BR280 onde, finalmente chego, debaixo de muita chuva, em Jaraguá do Sul, onde espera minha amiga Milene e os amigos dos MCs locais. Lá passo 3 dias (chuvosos) visitando o Museu Malwee de Antiguidades, revejo os amigos do Cano Quente MC, que agora tem uma bela sede. Em Guaramirim encontro o Rebelde e o pessoal do Aliens MC de Schroeder e visito a sede do Lobos Velozes MC, onde fui muito bem recebido.



No sábado sigo pra Joinville para encontrar os meus colegas da filial SC do Falcões Raça Liberta MC. Depois de uma recepção na loja de um amigo no centro encontro Lavina e Ferro e de noite seguimos para o 5 niver do Coração Estradeiro MC, em Araguaina, na Sociedade Daroka. Uma bela festa, com gente bonita, o tradicional arroz carreteiro, amigos do Brazil Rider´s do PR e SC e, no fim da tarde em diante, muita chuva. No dia seguinte sigo pra Floripa para a famosa Toca do Cícero, do grande estradeiro Cícero Paes, um dos idealizadores do Brazil Rider´s. Pego dois pedágios a R$ 0,55. Infelizmente não encontro o Gau, mas mato as saudades da ilha, com direito a uma passada na bela Guarda do Embaú, em Palhoça. Infelizmente não consegui encontrar os amigos do Clube XT600 devido ao mau tempo.



Volto, no dia seguinte, para Joinville pra encontrar Lavina e vamos à praia de Barra Velha, de onde temos uma bela vista de Piçarras e conheço motociclistas da região, que me oferecem uma peixada com cerveja. De noite voltamos pra Joinville e na quarta-feira feira pego a estrada para o RS. Infelizmente, se aproxima uma forte frente fria e resolvo mudar meu roteiro, subindo o Vale do Itajai. De Joinville um roteiro diferente: pego a Rodovia do Arroz (SC 108), que passa por Massaranduba e Pomerode, e no trevo pra Blumenau subo a BR 470, em direção à Serra Catarinense. De repente sinto a moto esquisita e paro em um posto. Meu bagageiro perdeu um dos parafusos de sustentação e acabou quebrando. Felizmente há uma oficina por perto com solda Mig. Como a moto é à injeção, tenho que desligar os polos da bateria. Resolvido o problema subo a estrada, que é mão dupla com grande trânsito de caminhões. Pra piorar cai um pé d´água que me deixa totalmente molhado e faz frio, muitos carros de placa argentina e paraguaia indo pro litoral.



Já é noite quando chego ao trevo com a BR116 e sigo sentido oeste para Lages. De lá há uns trechos de pedágio em que moto paga, R$ 1,45. O tempo esfria cada vez mais e continua a chover, mas chego a Vacaria. Cidade pequena, de fortes tradições gaúchas, gente vestindo pilcha, tomando chimarrão na rua, faz 18 graus... Amanhece e sigo pela BR 285 pra Passo Fundo, onde me espera os Masters Brazil Rider´s Felipe e Capitão Charles. Depois de deixar a bagagem na casa de Felipe, sigo com Charles, que trabalha na Universidade de Passo Fundo, uma das melhores da região Sul. Com moderno equipamento de mídia eletrônica, produz programas pro canal Futura, em rede nacional, e participa da grade da RBS, retransmissora da Rede Globo. Fiquei impressionado com as modernas ilhas de edição e a qualidade das instalações... Troco o óleo da moto e de noite sinto uma forte gripe. Tomamos chimarrão e ouço notícias sobre como é barato comprar peças e pneus do Chile e Argentina....



É sexta-feira, dia 22, dia do meu aniversário e a gripe está pior do que antes, mas tenho que seguir pra Jaguarão onde já começou o 11 Motofest de Jaguarão, um dos cinco melhores eventos de motociclismo do RS. Mais um dia pra andar cerca de 750 kms, a 100 kms/hora. O centro-oeste do RS é muito bonito com belas plantações, muitos pássaros, mas o tempo continua frio, garoando... Da BR 285 sigo sentido São Borja até Cruz Alta, onde vira BR 158 até chegar a Santa Maria, e continuo pela BR 392. Começa a esquentar, mas ainda há muita estrada. Quase fico sem gasolina, perto de Canguçu, mas chego a Pelotas, e daí até Jaguarão, uma bela reta, cheia de plantãções, gado bovino, carneiros, pássaros...



Minha resistência está baixo devido à gripe, mas paro na entrada da cidade, onde há uma recepção com churrasco do KM Final MC, que produz o 11 Motofest. Como a carne de carneiro, apesar de normalmente não comer nenhuma carne vermelha. Depois de 15 minutos sigo pro ginásio e armo minha barraca. Encontro amigos da Irmandade Estradeira, Brazil Rider´s e Clube XT600. Recebo as boas vindas dos velhos amigos Cassola, de Brucutu e de Peres. São 21 hs e o sol continua forte. A gripe também, e logo apago. 



Dia seguinte, sábado, rodo alguns metros, atravesso a ponte e já estou no Uruguai.... Rio Branco é uma pequena cidade uruguaia na fronteira, que vive do movimento dos turistas brasileiros, que fazem compras em suas lojas Free Shop (é zona franca). Sigo com alguns amigos pra Laguna Merín, a cerca de 30 kms da fronteira, balneário bonito, onde os motociclistas vão se divertir. Está um dia bonito, muito quente, vejo muitas motos uruguaias de origem chinesa que não existem no Brasil, já a gasolina é muito boa, porém cara. Á noite a cidade está em festa, está marcado um jantar (pago) de confraternização.... que acaba não acontecendo. Sou salvo pela pizzaria de um amigo do MC local. Os MCs uruguaios não são de muita conversa, mas encontro alguns amigos do Irmandade Estradeira, Lico, Canibal e Alejandro. Também encontro Cicatriz e Rosana do Dragões da Noite MC, velhos amigos de Curitiba e que vão seguir pra Montevidéu. A festa entra pela noite...



Domingo sigo pra Tubarão-SC pela BR 116 (cerca de 750 kms pra fazer, 12 hs de viagem), e de Porto Alegre pego a Freeway (BR290) pra cair na BR101. Está muito quente, mas tenho que seguir devagar, parando nos pedágios, a BR101 continua em obra, alguns trechos são de amargar, com muitas pedras jogadas pelos caminhões, dentro de algumas cidades o trânsito é bem lento. Chego em Tubarão às 20 hs. Ligo pra Gentil (Motoban), que é do Brazil Rider´s e do Clube XT600, que me recebe muito bem. Dia seguinte parto em direção à famosa Serra do Rio do Rastro. Subo a SC 370 até São Ludgero, que apesar do nome italiano é cidade de descendente de alemães... Pena que a serra estava nublada, ruim pra fotos. Como todos que já foram lá sabem essa serra tem curvas em cutuvelo e tive que parar algumas vezes para os caminhões, que desciam, poderem fazer as curvas sem me jogar no abismo...



Daí continuo pela SC 382 que passa por Lauro Muller e São Joaquim, região bonita e que fica cheia de neve no inverno. Sigo pela SC 114 até o trevo que vai dar na BR 282, perto de Lages. Continuo subindo a Serra Catarinense, passando por Campos Novos, Catanduvas até Xanxerê onde há o trevo com a BR 155 e subo norte até a fronteira com o Paraná onde pego a PR 280 sentido sudoeste, passando por Clevelândia, Mariópolis até Pato Branco onde me esperam os amigos do Brazil Riders, Capitão e Padredé. Fico na Paróquia Cristo Rei onde Padredé atende. Capitão me leva pra um tour pela bela cidade, que tem flores nos canteiros entre as avenidas, a cidade é limpa e bonita, com cerca de 80 mil kms é a jóia do sudoeste do Paraná e fica a cerca de 100 kms da fronteira com a Argentina. 



Resisto à tentação de dar um pulo à Argentina (não há muito que ver ou fazer do lado argentino) e sou brindado pelos amigos com um belo churrasco com cerveja Budweiser argentina, chimarrão e... música sertaneja e gaúcha! Capitão é jornalista e tem uma revista chamada "De Moto", que é uma das melhores publicações sobre motociclismo que eu já li, com inúmeras fotos de eventos do Sul e SP, inclusive do aniversário do Falcões Raça Liberta MC em Guarulhos. Além da revista ele escreve mais dois jornais, o cara é fera e grande motociclista. Depois de dois dias está na hora de pegar novamente a estrada, desta vez para Curitiba.



Para evitar o número absurdo (e caro) de pedágios, peguei novamente a PR 280, sentido leste, até União da Vitória e a partir daí pela BR 476 até a capital. Já perto de Curitiba pego um início de chuva, mas chego bem e entro em contato com meus amigos do Clube XT600 e Brazil Rider´s. No Bar do Beto, perto do portão da PUC Curitiba tomamos uma cerveja e tiramos fotos. Aproveito o dia seguinte pra visitar o Museu Niemeyer, o Jardim Botânico e o Teatro de Arame. Infelizmente choveu torrencialmente todos os fins de tarde de Curitiba, uma rotina durante a viagem... Sexta-feira dia 29 pego novamente pra estrada, em direção a S. José dos Campos, onde já trabalhei. Para evitar o stress de engarrafamento na Régis Bittencourt decidi testar um novo caminho que começa depois de Registro; a Serra de Juquiá (SP-079). Apesar de estreita e de ter alguns pontos de asfalto ruim me surpreendi com a estrada, antiga rota de tropeiros gaúchos pra Sorocaba, que tem pouco trânsito e passa pelas plantações de bananeiras, típicas do Vale da Ribeira. Em Piedade peguei a SP 250 que vai dar na Rodovia Raposo Tavares até Cotia, Grande SP. 



Como chovia muito e temia passar pelas inundações que tem caído todo fim de tarde na capital paulista desviei pela Anhanguera (onde moto não paga pedágio) até Campo Lindo Paulista, onde peguei a Rodovia Dom Pedro até Jacareí, no Vale do Paraíba, região que conheço bem. De lá até S José dos Campos foi rápido. Fui recebido pelo amigo Néia do Brazil Rider´s e outros colegas, com direito a pizza e cervejas. Dia seguinte, 30 de janeiro, estava no Rio e em seguida pra Nova Friburgo, onde constatei que em 19 dias de viagem fiz pouco mais de 6 mil kms pela maior parte do PR, SC e RS, com minha pequena Lander. Esta viagem não seria possível sem a amizade e hospitalidade dos amigos do Falcões Raça Liberta MC Filial SC, Brazil Rider´s, Clube XT600 e Irmandade Estradeira. Muito obrigado a todos vocês e até a próxima!



Kike 

Falcões Raça Liberta MC Nova Friburgo

Brazil Rider´s

Clube XT600 

NOVA VIAGEM DE MOTO A NEUQUÉN, ARGENTINA

VIAGEM DE MOTO A NEUQUÉN, ARGENTINA, (10/03 a 01/04/2011) Jordan Wallauer e Martha Tresinari B. Wallauer Em outubro / novembro de 2010, pilotando uma Honda XRE 300, percorrendo uma parte do centro e norte da província de Neuquén, na Patagônia Argentina. Minha esposa Martha iria de avião até a cidade de Neuquém, onde nos encontraríamos para alugar uma 4X4 e seguirmos juntos, já que ela tinha um trauma com relação a uma motos. Por razões de problemas de saúde, a família não pode viajar, mas ficou com a atenção aéreas. When Martha manifestou o desejo de me acompanhar como garupa - surpresa - providenciar uma troca de moto por uma BMW G 650 GS (que já ganhou o apelido de Gzinha), mais potente e confortável para dois, e voltei à Província de Neuquén, procurando Novos caminhos, para encontrar com Martha na cidade do mesmo nome. A primeira etapa da viagem, Urubici / SC a Ijuí / RS, envolveu a neblina e a garoa na serra catarinense, e a iniciativa nos planos catarinense e gaúcho. O primeiro lugar da pilotagem da G 650, que tem o lugar mais baixo, a possibilidade de ser muito consensuada, mas o melhor é o mata-cachorro original da BMW e a adaptar uma barra horizontal com pedaleiras dobráveis ​​nas pontas, posso esticar como pernas e ficar em posição super-quente quando desejo. Esse artefato, montado em cano de ferro galvanizado ao qual foi vendido como pedaleiras com solda MIG, foi pintado em alumínio DuPont, igual um BMW original (obra de meus amigos da Serralheria Serrana, de Urubici). Em Ijuí um bom papo com o Brasil Cavaleiro Pedro de Souza, cerveja e batatas fritas e logo tratei de descançar. O Hotel Nossa Casa, onde me hospedei, emocionado com as imagens do tsunami no Japão. Estive em sas tiracolo em um país e tenha especial afeição por seus habitantes. Do you ver o que estava ali acontecendo! De Ijuí fui a São Borja, onde cruzei uma estrutura sob um sol escaldante. Tomei a AR 14, uma Rodovia Federal Argentina, uma Rodovia Federal da Argentina, revendo uma savana de Corrientes e Entre-Rios, com seus espinilhos e algarobos, que sempre me lembram as savanas africanas, dos filmes, só que em vez de antílopes e girafas a gente tem que se contentar com alguns raros ñandús. Também tem aqueles postes de alta tensão com as cabeleireiras e barbas de gravetos, um dos trabalhos das caturritas que ainda não aprendem, com o joão-de-barro, um trabalho com alvenaria. Estes, por sua vez, aqui e ali fazem, nos mesmos postes, casa até sobrepostas, pequenos sobrados, onde assistem poros de sol fantásticos. Nuvens eu nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens nuvens hora. Dormi em Federal, uma capital mundial do chamamé. Não é um passe pela cidade, pois o calor estava insuportável. Eu instalei no Hotel Yatay, pequeno, barato, com ar-condicionado e banho privado. Jantei num restaurante super simpático e muito bem atendido chamado El Yungui, cujo dono, motociclista proprietário de uma monstruosa nua Yamaha de 4 cilindros, recebe com cortez e uma projeção agradável, sobre a política, sobre a paixão e sobre o terror e o tsunami do Por exemplo, iphone. Este é um lugar que vale a pena para quem está na estrada! De Federal tomei o rumo para a Vitória e Rosário, saindo da RA 127 (P de Provincial). Nesta rodovia precisa-se tomar cuidados e ter muita atenção. A falta de cuidado com a dor não dolorosa Desviei a olhar para o segundo para ter o melhor, e desviado, de um enorme buraco. Tratava-se, vi mais tarde, de uma abelha que funcionava na manga da jaqueta. Resultado: sem ter visto o buraco, voamos a moto, eu e o bauleto! Voltamos a ter um outro fim de semana, e ainda um tempo de ver pelo espelho retrovisor. Foi um susto enorme, principalmente porque, dentro do bauleto, o netbook do meu filho acabou de chegar um tombasso! Bem, tanto o netbook quanto o netbook funcionaram com suporte depois do susto. Uma vez que o complemento é suficiente para voltar ao asfalto com elegância e equilíbrio. No mais, atravesse pela magnífica ponte Nuestra Señora del Rosário, no Rio Paraná, com um vento de mais de 60 km por hora, que um pouco mais adiante desvaneceu em uma tromba d'água entre Rosário e Casilda, cidade onde acabava de ficar para fugir da chuva. É uma segunda vez que esta ponte, sem as condições de tirar uma foto, ela e as pantanais do delta do Paraná, em muito parecidos com os nossos estados de MT e MS. A primeira foi de 4 anos e embaixo de chuva fortíssima. Em Casilda, hospedado no Hotel Cuatro Plazas, um pouco mais luxuoso, cujo preço da diária corresponde a um hotel bem mais simples no Brasil (ficou em R $ 140,00) pude dar uma pequena volta pela cidade, que tem 4 magníficas Praças no Centro, de onde saiu o nome do hotel. Por favor, faça um passeio na praia ou faça um retorno ao hotel. Casilda merece retorno, pois parece ser muito agradável, é bem arborizada e tem uma urbanização impecável. No dia seguinte, quase sempre acompanhada, seguiu viagem sem sobressalentes até Trenque Lauquen, quase na Província de La Pampa, onde foi feita pelo Beto de Trenque, irmão Brasil Rider, por sua esposa e filhos filhos de Tomáz e Luzia, crianças super Simpáticas e educadas que adoram uma gieta, tanto que acabam por ser trocadas de moto com o objetivo de fazer um passeio pelo parque da cidade. Ele na G 650 GS, com o filho na garupa, e eu com uma pequena trilha chinesa de 200 cc, sem freio na roda traseira, sem ponto morto e sem retrovisores! Uma aventura e tanto, mesmo andando a 40 km / hora! Em Trenque me hospedei no hotel que tem o nome da cidade. Um quarto térreo, antigo, com uma sala de  desayunos  que parece ter saído do mesmo por uns 50 anos atrás. Não é apenas uma sala, como também o proprietário (ou gerente) e os freqüentadores habituais que a noite se reúne para assistir futebol. É uma coleção da terceira idade que me integra com gosto, pegando a cerveja e os refrigeradores com as portas de madeira. Por causa de uma sucessão de tragédias no Japão, agora com a ameaça de um tremendo desastre nuclear. De Trenque Lauquen para Neuquén foram 714 km rodados das 8:20 horas da manhã às 17:30 da tarde por estradas em geral muito boas e desérticas, mas com algumas partes em reforma e pequenos trechos urbanos com semáforos. Por rodar, rodar por toda a Argentina, não tem nenhum problema com os policiais, como antigamente acontecia. Em todos os postos, e muitos, sempre fui bem tratado, além de orientado com cortesia e presteza. Da metade do caminho em frente (Puelches) andei brincando de gato e rato com uma chuvinha ameaçadora que nunca conseguiu me pegar de jeito. Rodei quando podia a 140 km / h, nos bons trechos, compensando aqueles em não tão bom estado. Um moto se comportando de forma admirável. Só complique o grande Neuquén (Cipoletti, Neuquén e Plottier), Em Plottier encontrei Marcelo Chandia, outro Brazil Rider, que havia nos reservado o Hotel Costa Limay (não sem antes ter insistido muito para que ficássemos na sua casa), um espetáculo de hotel a preços bem razoáveis (4 estrelas por cerca de 80 US$ para um apartamento de casal). Digo "nos reservado", porque Martha estava chegando no mesmo dia, via aérea. Marcelo ainda me levou ao aeroporto onde buscamos Martha, ansiosa pela sua estréia como garupa de viajem em moto. Jantamos com Marcelo, sua esposa Cláudia e a filha Daniela, tomando Shneider negra e brindando à amizade! Na manhã fria de Plottier, Martha e eu montamos na Gzinha toda equipada, para irmos para Zapala, com parada prevista em Plaza Huicul  para visitarmos um museu de paleontologia que lá existe. Ao todo uns 200 kilos entre piloto, garupa e bagagem. Passados os primeiros dois ou três kms em tráfego urbano, onde senti minha garupa ainda meio tensa (acho que eu também estava), seguimos como se estivéssemos fazendo isto juntos - rodar de moto - a muito tempo. Em Plaza Huicul, fomos magníficamente recebidos por Viviana, cunhada do BR Marcelo, de Plottier, que trabalha no Museo Carmen Funnes. A exposição do museo é explêndida! Chama mais atenção um esqueleto montado de um Argentinosaurus huinculensis, o maior herbívoro que já existiu, e outro do Giganotosaurus carolinii, o maior carnívoro, paleohabitantes das planícies patagônicas do Cretáceo. Vale a pena visitar o local. Chegamos cedo em Zapala onde decidimos passar o resto do dia e comemorar com pizza e malbec Postales (vinho patagônico muito bom) o primeiro dia de moto de Martha.  Esta cidade não tem muito de especial, exceto pelas calçadas de pedra calcárea cheias de impressões fósseis de conchas, evidência cabal de que a Patagônia também já foi mar. No dia seguinte rumamos em direção à Aluminé, pela estrada que leva ao Parque Nacional Laguna Blanca e depois, pela serra chamada Espinazo de Zorro e pela Bajada de Rahue. O Parque Nacional Laguna Blanca, a uns 30 kms de Zapala, tem um centro de visitantes primoroso, bem atendido por guarda-parque, que permite a interpretação da paisagem lacustre que se descortina logo adiante, com seus cisnes-de-pescoço-negro, flamingos e patos de diversas espécies. Super-especial para nós, que trabalhamos com Parques Nacionais, no Brasil, por cerca de 30 anos. Do Parque Nacional para frente começaram as fortes emoções. Um vendaval varria a estrada que se contorcia por entre montanhas, espremida nos vales, ora em subidas extremamente íngremes, ora em descidas alucinantes. A moto, muitas vezes em segunda ou terceira marcha, empurrando o vento de frente, ou precáriamente se equilibrando com rajadas laterais. Especialmente na descida da Bajada de Rahue (uns 1.200 metros de descida e subida do outro lado), em estrada de rípio, a G 650 GS se mostrou uma moto competente, assim como Martha me surprendeu pela sua coragem.  O vendaval pelo qual passamos para chegar em Aluminé, ocasionou danos nas redes de transmissão, de tal forma que chegamos na cidade sem energia elétrica e, conseqüentemente, sem internet e sem TV. Chegamos em Aluminé ainda peleando com o vento.  Nos hospedamos no Hotel que tem o mesmo nome da cidade. Bom.... muito bom mesmo, principalmente quanto ao restaurante, cuja especialidade são pastas, mas que prepara e serve ótimas trutas e cabritos deliciosos.  Só não havia garagem coberta para a moto. No amanhecer do dia seguinte a Gzinha estava coberta de geada e tivemos que esperar o sol esquentá-la para podermos sair.   O slogan da cidade é "Aluminé te entra por los ojos" e agente só se dá conta disto quando se dirige, como fizemos, ao Parque Nacional Lanin, especialmente com as paisagens no caminho do Lago Ruca Choroy e nele mesmo. A estrada, de rípio, é muito bem conservada, cruzando por localidades mapuches (a maior comunidade da Argentina  com nomes de sonoridade peculiar como Tayñ Rakizuan ou Nienguehual), até chegar ao Lago, com seus patos mergulhadores e neuquenes reales (uma espécie de ganso selvagem elegante e bela).  No Parque percorremos de moto uma trilha, com pedras grandes e soltas, barro, água, raizes de árvores (pehuenes grossos e cheios de piñas - a araucária araucana) onde a Gzinha, como sempre, foi perfeita. Martha mais uma vez me deixou perplexo com sua tranquilidade, inclusive filmando em momentos de certo perigo enquanto eu pilotava preocupado com o que ela poderia estar sofrendo na garupa. A próxima etapa foi seguir para Villa Pehuenia, por asfalto e rípio, com a espectativa de ver a lua cheia (a maior dos últimos 18 anos, segundo nos informaram) às margens do Lago Aluminé. Na noite anterior a nossa partida em direção à Villa Pehuenia, descobrimos que não havia gasolina. Como da última vez que estive por esses lados, tive que amargar uma fila no posto de combustíveis local, à noite e com frio, para abastecer, depois que chegou um caminhão de abastecimento. Menos mal que chegou. Para Villa Pehuenia a estrada  é em grande parte de rípio, margeando o Lago Aluminé, de paisagens mágicas. Em Villa Pehuenia procuramos por algum hotel nas margens do lago, de onde pudéssemos ver o nascer da lua (a tal que os astrônomos estavam dizendo que seria a mais próxima e maior dos últimos 18 anos). Encontramos o Hotel La Balconada, com uma indescritível vista do lago, voltada para o Leste. Extremamente confortável, compatível com muitos dos nossos 4 estrelas, por R$ 120,00 em suite luxuosa. Perfeito! À tarde percorremos de moto, evidentemente, uma área de comunidade Mapuche, com 5 lagos, sendo um mais bonito do que o outro. No final da tarde, experimentando algumas cervejas negras e amargas, artesanalmente feitas com água (cristalina) do Rio Aluminé, assistimos ao espetáculo do nascer da lua ,cujos reflexos no lago pareciam prata esparramada. Não podíamos ter escolhido melhor local para isto! No dia seguinte tentamos subir o vulcão Batea Mahuida que, entretanto, estava coberto de neblina.  Aproveitamos para ir até o Lago Moquehue, por rípio, é claro! Tão bonito como o Aluminé.  Compramos alguns artesanatos pequenos e delicados e nos dirigimos novamente ao vulcão que já estava descoberto. Por um caminho de rípio, com muitas costeletas e alguns buracos e pedras, pudemos chegar até a cratera, em cujo interior há um pequeno lago extremamente azul. A vista que de lá se tem dos lagos Aluminé e Moquehue é, como Martha costuma dizer, explendorosa!!  Nao fossem todas as outras coisas belas e emocionantes que vivemos nesta viagem, só esse dia já teria valido a pena!  A Gzinha continuava se comportando muito bem. Alguém me disse que escolher uma moto é como escolher um sapato. O que serve bem para um nem sempre é o ideal para outro. Acho que achei o sapato perfeito para mim! Martha parece veterana na garupa e tem me ajudado muito como navegadora. Na manhã seguinte fomos para Las Lajas e Chos Malal levando na memória e, até onde é possível, nas máquinas fotográficas, as imagens fascinantes destes locais. Saímos ao nascer do sol sobre o lago e, logo depois, começou uma garoa que nos deixou preocupados, pois a estrada que escolhemos, por Pino Hachado tem quase 50 km de rípio e "camino consolidado", em geral bom, mas com grandes trechos de muita areia e pedras soltas, perigoso, se bem que compensado por paisagens belíssimas, em parte acompanhando um rio correntoso, com as encostas com muitos pehuenes (araucária araucana), em parte acompanhando a fronteira com o Chile por altos vales gelados.Quase chegando em Pino Hachado um conjunto de riscos simultâneos: buracos.... pedras soltas e animais na pista. Depois de Pino Hachado mais uns 150 kms de asfalto, com um vento muito forte no geral, que nos acompanhou até Chos Malal, mas que foi particularmente assustador em um pequeno trecho na parte mais alta, nos obrigando a rodar em segunda marcha, a 20 km/hora e com a moto inclinada!  Só não parei porque não conseguiria manter a moto em pé.  Passamos sem parar por Las Lajas, mas paramos em Churriaca, uma localidade mapuche a poucos kilômetros de Chos Malal, em uma casa que nos pareceu ser um restaurante. A casa era uma antiga escola ocupada agora pelos mapuches, que nos serviram um "guizo de arroz" que, na verdade, era a comida deles, já que no local funciona um posto de saúde e não um restaurante. Uma delícia na sua simplicidade e sabor. Em Chos Malal nos hospedamos em La Farfala, pousada onde eu havia ficado na viagem do ano passado e fomos recebidos com muito carinho e amizade pelos proprietários e seu filho. Para nós La Farfalla é como se fosse a nossa casa, tão à vontade nos sentimos ali. No dia seguinte fomos às lagunas do vulcão Tromen, onde eu já tinha tentado chegar no ano passado, sem êxito por conta da neve que havia caído abundantemente. Duro caminho de rípio com "serrucho" (costeletas), pedras soltas, buracos e, aqui e ali, alguma água cruzando o mesmo. Além de tudo um vendaval gelado, apesar do sol forte. Sacrifício que valeu a pena pela paisagem e pela sensação de estar envolto por forças da natureza... o vento gelado e forte.... o sol ardido...a magnitude do vulcão coroado por neves.... a beleza da laguna com seus cisnes de pescoço-preto.  Para mim ainda a oportunidade de passar na casa de Luiz Rivera, criador de cabritos com quem charlei e tomei uns mates em novembro passado. Ele não estava. O mais provável é que estivesse pastoreando seu gado pelas montanhas. Pude, entretanto,  deixar amarrado na porta de sua casa uma sacolinha, com um pacote de erva mate de Urubici, fotos tiradas em nosso encontro e um bilhete, escrito ali mesmo, cumprindo uma promessa a ele feita. De Chos Malal fomos a Las Ovellas, de ônibus, poupando Martha e moto da estrada que está terrível e em obras (puro "serrucho" e zonas em construção). Sempre subindo, passamos por Andacollo, que é zona de mineração de ouro,com a paisagem toda revirada e feia. Antes desta cidade, e depois dela, a paisagem sempre impressionante e magnífica da Cordillera de Viento. Entre desta cordilheirae a Cordilheira dos Andes , em um vale alto, está a cidade (1.800 habitantes) de Las Ovellas. Pequena, quase sem infra-estrutura hoteleira, tem um povo super hospitaleiro, educado e gentil. As pessoas nos cumprimentavam ao passar e sempre faziam algum comentário agradável. Sem internet, só um restaurante que só abre as 21 hs, e nada para fazer, nos restou  dormir cedo, para poder sair de madrugada com um guia que contratamos, com sua camionete 4X4, no rumo do Vulcão Domuyo, na verdade uma montanha sem cratera, mas com muita atividade vulcânica que muitos temem que, num dia qualquer, se torne um verdadeiro vulcão.   Seguimos para o Norte, passando por Varvarco, uma pequena cidade mais próxima de Domuyo. Chegamos de camionete a El Playon, a poucos metros do acampamento base do Domuyo. Visitamos zonas de geysers e fumarolas, e de fontes termais. Rodamos por lugares impressionantes, ora pelas formações rochosas, ora pela imensidão da paisagem. Deslumbramos-nos com as cores, com as formas, com o inusitado de ver águas quentes e vapores saindo da terra a poucos metros da neve e com a surpresa de encontrar, nos lugares mais inóspitos, gente com seus rebanhos, aproveitando os últimos pastos do verão. É nestes lugares que sentimos aquela sensação de pequenez e fragilidade do homem, ante a imensidão da natureza, e contraditoriamente, a sua grandeza, na sua capacidade de adaptação e de transformação do ambiente.  É ali que a gente percebe de maneira clara e cabal o quanto podemos, e que deveríamos usar nossas capacidades para conviver melhor com a natureza. No retorno a  Chos Malal, um maravilhoso almoço oferecido por Don Alberto, sua esposa Fitty e seu filho Francisco e  companheira Romina: um chivito assado (prato típico de Chos) acompanhado por malbecs da região. Na sexta-feira (25 de março), à noite, dei uma passadinha no único posto de combustíveis que está funcionando em Chos Malal ,para completar o abastecimento da moto, pois haviam me avisado que recém havia chegado a "nafta" que estava em falta. Como aconteceu no ano passado, tive que entrar em uma fila. Logo começou uma chuvinha incomoda e fria que me fez abandonar a fila e voltar para a pousada. Enfim tinha combustível suficiente para ir até Las Lajas, uns 180 km adiante, e não precisava ser tão prevenido assim. Jantamos com a família dos proprietários da Pousada La Farfalla. Foi difícil a despedida. É sempre difícil despedir-se de bons amigos. Difícil também fazer o acerto de contas, pois não queriam cobrar muitas das despesas que fizemos, colocando-as na categoria de ofertas de amigos ( e aí tinha de tudo: uma diária, várias garrafas de vinho, várias doses de whisky, muitas refeições, etc.). Martha acabou conseguindo um acordo para não causar prejuízos, já que se trata do negócio deles. A parte que não queriam cobrar foi rateada meio a meio! Saimos de Chos Malal no dia seguinte, numa manhã muito fria, mas ensolarada, vendo que à tal chuvinha tinha correspondido uma forte nevasca nas montanhas do entorno, entre elas o Tromen e o Wayle, que estavam completamente brancos, e belos. Se tentássemos então ascender à laguna que fica entre eles, como o fizemos logo que chegamos à Chos Malal, não conseguiríamos! Por falar neste lugar - a laguna - aonde chegamos sob um fortíssimo vento e rodando num caminho bem difícil, foi lá que me dei conta de que já estava tendo com a Gzinha a mesma cumplicidade que tinha com La Negra, a XRE 300 da Honda, com a qual tentei chegar no Tromen em novembro do ano passado. Bem, deve ter sido ilusão provocada pela altitude, ou pelo vendaval,  mas sou capaz de jurar que naquela ocasião a BMW piscou para mim! No caminho para Las Lajas, a medida que o dia corria, a temperatura foi baixando, a ponto de causar um enorme desconforto. Só não parei para desmontar a bagagem e pegar mais agasalhos porque mantinha alguma esperança de que o sol acabasse esquentando as coisas. Puro engano, quando chegamos em Las Lajas as montanhas bem próximas, à Sudoeste, sustentavam sobre elas uma nuvem cinzenta, escura, da qual se desprendia uma nevasca que paulatinamente foi pintando tudo de branco. Gelados, acabamos parando em um posto de combustíveis, muito mais para nos abastecer com café quente, do que abastecer a moto com "nafta". Só depois de nos esquentar e conseguir mover os dedos das mãos, retomamos o caminho para Zapala, onde passamos a tarde e a noite. No dia seguinte rumamos para Plotier. No domingo ao meio dia, em Plotier mais uma vez, procuramos, sem nenhum resultado, por um restaurante aberto. Segundo Martha eles devem "fechar para o almoço".  Acabamos comprando em um pequeno empório, um ótimo salame, queijo, pão sírio e vinho Garras, malbec roble, safra 2005, produzido quase que artesanalmente em uma pequena "finca"  de Coquimbo, no vale do Maipo, Mendoza. Pena que a produção deste vinho, pequena, não permita exportá-lo para o Brasil! Almoçamos no Hotel Costa Limay, onde estávamos hospedados .  Perfeito! Melhor do que ter encontrado um restaurante aberto! A noite mais uma despedida daquelas! Marcelo, Cláudia e a pequena Dani, de Plotier, nos convidaram para jantar e nos deram presentes. Um deles, uma táboa de queijos, foi feita pela Dani. No dia seguinte, bem cedo Martha pegou um vôo para Buenos Ayres/ Porto Alegre e Floripa. Quanto a mim, peguei a moto e iniciei a volta, procurando novos caminhos que me levassem a paisagens ou locais que ainda não conheço. Com 7 a 10 dias para o retorno me abre um bom leque de possibilidade, mas confesso que o ápice desta viagem foi o período passado na cordilheira e que já começava a dar uma saudade de Urubici. No retorno, meu primeiro objetivo foi chegar ao Parque Nacional Lihuel Calel, entre Puelches e Sta Rosa. O parque ainda mantém alguma fauna interessante e se pode ver alguns guanacos e choiques (o ñandú de pernas mais curtas da Patagônia e da Pampa), mas o que impressiona são as formações rochosas que parecem grandes sorvetes se derretendo. A planície entre Gen. Roca e Sta. Rosa em alguns momentos proporciona aquela sensação de liberdade total. À frente e atrás, de um lado e de outro, parece que o mundo se resume a essa planície imensa, mal forrada de gramíneas e mínimos arbustos..... A gente tem a impressão de que vai levantar vôo, bastando respirar fundo ou acelerar um pouquinho mais a moto! Em Sta Rosa, a conselho de um proprietário de uma b ela Yamaha Virago super-bem conservada, me hospedei no Hostal Rio Atuel, perto do Terminal Rodoviário. Simples, baratíssimo e bem atendido, fica próximo da Igreja Nsa Sra de Fátima, cujo campanário me despertou tocando música agradável às 8 hs da manhã. Vale a pena ali se hospedar para ouví-lo. De Sta Rosa foi uma tirada só até Mercedes, cidade grande e movimentada onde fiquei no Hostal del Sol, com certo luxo, bom atendimento e preço irrizório (R$ 60,00). Beleza! Tomei um caminho tortuoso para evitar o transito periférico de Buenos Ayres e seguir para Zárate, onde atravessei o Rio Paraná por um sofisticado sistema de pontes. Essas pontes não têm a beleza arquitetônica daquela que atravessa o mesmo rio em Rosário, mais à Oeste. De qualquer forma impressionam pela sua engenharia, sendo também obras magníficas. Um pouco mais ao Norte, pela Rodovia Nacional 14 (uma auto-estrada de duas pistas de cada lado, com muitos trechos em obras), visitei o Parque NACIONAL las PALMAS, com sua extranha paisagem formada por palmares extensos de Yatay, que nós conhecemos por butiá.  As estradas internas do parque são de rípio e areia bem soltos que acabaram proporcionando o meu primeiro tombo com a GZINHA....  Tudo ficou bem com a moto e comigo, apenas um dos bauletos laterais ficou todo raspado. Dormi em Concórdia, às margens do Rio Uruguai. A cidade de Salto/Uruguai fica do outro lado do rio. Concórdia tem 200.000 habitantes, e é bem movimentada. O centro parece uma pequena Madrid, com seus bares, restaurantes e cafés com mesas nas calçadas. Num deles comi costeletas à la parrija, com batatas fritass, cerveja Quilmes e tv passando um jogo, de futebol, é claro!  Só para contrariar e movimentar o bar torci para o Peñarol, time uruguaio que enfrentava um rival argentino, pela Copa Libertadores de América. Foi bem divertido e o pessoal que estava ali entrou na brincadeira! Alguns até pensaram que eu era uruguaio! E não é que o Peñarol venceu! Cheguei em Paso de los Libres logo após o meio dia, para saber que as lojas só abririam depois das 16 hs. Eu havia me esquecido do costume de “hacer la siesta”.  Querendo adiantar a viagem, não esperei abrirem as lojas, cruzei a fronteira, passei por Uruguaiana e acabei dormindo em Sto Angelo, RS, terra de meus antepassados maternos, onde fui maravilhosamente recebido e hospedado pelo Gilson Miranda, Master Brazil Rider, sua esposa Carmela e as filhas Polyana e Bibiana. Uma última etapa de 750 km e estava em casa, em Urubici, SC, satisfeito, feliz, mas bastante cansado, o que não me impediu de já começar a pensar em uma nova viagem! Entre esta e a anterior, visite conhecer os lagos Argentinos e Chilenos, muito procurada por turistas, e ao Sul de Mendoza, a passagem obrigatória para quem viaja a Santiago do Chile. O centro e o norte neuquino não fica nada mais que as interfaces mais conhecidas e visitadas. Além disso, pode-se manter o esforço do país e da região para melhorar a infra-estrutura viária e de atendimento ao turista. Acreditamos que Alimenté  , Villa Pehuenia, Caviahue, Copahue ,  Varvarco  , Bariloche, San Martín de los Andes, Villa Angostura, Mendoza ou Córdoba.

Viagem a Província de Neuquén (AR)

RELATO DE VIAGEM À PROVÍNCIA DE NEUQUÉN - ARGENTINA (26/10/2010 a 16/11/2010) (Muito mais “crônicas de viagem” do que “relato”)  Por Jordan Wallauer                                                                           P ilotar moto, isto foi o que decidi aprender quando fiz 60 anos, pois até então só sabia andar de bicicleta. Assim, meu presente aniversário e de Natal de 2008 foi uma Yamaha YBR 125cc, com a qual rodei exatos 550 km para aprender alguma coisinha sobre motos. No Natal de 2009 troquei esta moto pela Honda XRE 300cc, que carinhosamente chamo de La Negra, com a qual rodei 1.000 km (dois tombos incluídos, um bem doloroso) para fazer a primeira revisão, após o que viajei, em abril de 2010, para Montevidéu, acompanhando meu irmão Jonas, que tem uma XT 660. Pronto, isto bastou para me viciar nesta coisa de viajar, fazendo parte da paisagem e não ficar vendo a paisagem pela janela do carro, como diz o Cícero Paes.  Logo após a viagem à Montevidéu começamos a planejar, para outubro/2010, uma viagem à Cordilheira Argentina, entre Bariloche e Mendoza. Ao Norte de Mendoza e ao Sul de Bariloche já havíamos viajado de carro e conhecíamos razoavelmente bem. Iríamos, os dois irmãos, de moto e as esposas de carro ou avião para nos encontrar em Chos Malal. Jonas, entretanto, teve que ser submetido a uma cirurgia de redução de hérnia e Martha, minha esposa, precisou acompanhar, no Rio de Janeiro, uma irmã que também teve problemas de saúde. Adiei por duas semanas a viagem à Argentina, tendo ido ao Rio, solidário com a cunhada. Assim que tudo entrou na normalidade retomei os planos e, mesmo sem perspectiva de ter companhia, dei início à viagem, no dorso de La Negra.  Saí de Urubici, desci a Serra do Rio do Rastro e rumei ao Sul. Pernoitei em Arroio dos Ratos, RS, cidadezinha que conheço faz muito tempo, na época em que devia ter uns 2.000 habitantes que viviam em casinhas espalhadas em uma área enorme. Um gritava e o vizinho não ouvia. Diziam que usavam rojões para se comunicar. Nem todos, é claro: o padre usava o sino da igreja! Hoje são uns 14.000 habitantes ainda bem espalhadinhos, mas já não precisam gritar alto para serem ouvidos pelos vizinhos. No tempo dos 2.000 habitantes as casas tinham cercas baixinhas, suficientes para demarcar a área de cada um, algumas com roseiras, dálias e buganvilles e eles viviam e morriam com tranquilidade e segurança. Não mortes sem sofrimento, pois em zona de mineração de carvão, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina ou na Inglaterra, aí pelos anos 70, se morria muito de pneumoconiose, mas não com medo de assalto, assassinato, drogas e traficantes. Tá certo, alguma concessão para brigas de bêbados, e consequentes facadas, em carreiras de cavalos; ou lavação da honra nos casos de traição.                                                                              N os dias atuais, dos 14.000 habitantes, as casas estão todas cercadas por aramados e grades de mais de 2 metros de altura, algumas com arame farpado, e fios eletrificados acima disto, como substitutas para as flores. Não se morre mais de pneumoconiose, mas de infarto, de stress, e se vive com depressão, com nó na garganta e com a Espada de Dâmocles do medo de assalto, etc. sempre pendendo sobre a cabeça! Acho que é por isso que escolhi morar em Urubici, SC, cidade que me lembra de um Rio Grande onde nasci e cresci, sem medos, e que parece não mais existir. Cheguei de moto, após meus primeiros 1.000 km, em Livramento, RS, na fronteira mais irmã que existe, onde fui devidamente acolhido pelo Kojak, irmão Brazil Rider, que em pouco tempo providenciou o seguro Carta Verde, troca do bagageiro por uma base de verdade para o bauleto (a original da Honda, de plástico, só tem efeito decorativo) e hospedagem... em um motel, porque os hotéis estavam lotados. Todo mundo parecia ter ido à Livramento/Rivera, com a proximidade dos feriados, para fazer compras.Se eu pedisse aos BRs da área, até companhia para desfrutar o pernoite no motel eles acabavam providenciando!! Os BRs de Livramento, Kojak e Ronaldo (Mutukão), são super- hospitaleiros! No dia seguinte tomei o rumo de Colonia de Sacramento, no Uruguai. Fui parado por conta de uma tempestade e acabei dormindo em Rosário, a 50 km de Colônia. Chuvas torrenciais a noite toda antecederam um dia claro e ensolarado, que permitiu chegar cedo em Colonia, a tempo de embarcar no Buquebus da 11:30hs para Buenos Aires. Atravessei Buenos Aires com um vendaval tentando me tirar da autoestrada que leva a Ezeiza, que só amainou perto do aeroporto internacional. Acabei rodando até Saladillo, cidade plana, agradável, onde fui muito bem acolhido por Omar e sua esposa Chuchi, no Hotel Trafful. No dia seguinte, pilotei até General Acha, na entrada do chamado “Deserto Argentino”. General Acha e uma cidade bem bonita, de ruas muito largas, sem um só prédio de 3 andares; no máximo algum sobrado. As casas tem canteiros com rosas imensas, parecidas com aquelas importadas da Colômbia que vendem nas floriculturas brasileiras, só que de varias cores. Em Gen. Acha, ao final da tarde dos domingos, todos os meninos(as) e adolescentes da cidade, às centenas, saem para as ruas, param nas esquinas para paquerar e encontrar amigos, percorrem a avenida principal a pé ou em motos... centenas delas e de todos os tipos, predominando as chinesinhas entre 100 e 200 cm3 e quadricíclos. Eles por baixo e centenas de papagaios barranqueiros por cima, vindo das áreas agrícolas para dormirem nas antenas de televisão que, por força da planície, tem que ser construídas sobre torres e hastes bem elevadas, protegidos de predadores pela urbe. As antenas se transformam rapidamente em cabides de psitacídeos gritadores, que concorrem em ruído com a zoeira das motos. Desde que sai de Livramento/Rivera viajei com fortíssimos ventos laterais. Sempre imaginei que fossem de ocorrência frequente nessas regiões tão planas, mas não tão intensos a ponto de fazer a moto andar em S todo o tempo, pelo menos a cada vez que o velocímetro marcava qualquer coisa acima de 80km/hora. Ao ver, entretanto, o noticiário na TV, notei que o vendaval que assolou a Argentina teve quase tanta ênfase quanto o enterro do Nestor Kirschner, cuja morte ocorreu uns dias antes. E foram muitos os acidentes, e mortes, provocados pelo vendaval! Por falar no assunto, escutei no noticiário que os políticos daqui estavam se fazendo “preguntas interrogativas” sobre como será o governo de Cristina sem a presença de Nestor Kirschner. A expressão, a principio redundante, só tomou sentido quando comecei a meditar sobre ela. A partir de então resolvi adotá-la em português também, por que entendi que ha perguntas simples, como “Tu podes me dizer que horas são?”; e há perguntas interrogativas, que botam a gente na parede, como “Tu podes me dizer o que fazias entre 20 e 24 horas de ontem?” De Buenos Aires ate Gen. Acha a paisagem, monótona, alterna, na primavera, planícies de trigais ceifados ou por ceifar, terras aradas para serem semeadas com milho, girasol e soja, pastagens repletas de gado que no Brasil só se vê em exposição. O gado tipo exposição deles eu nem imagino como seja! Uma coisa, entretanto, eu posso afirmar, baseado na experimentação quase científica (faltam mais umas 1000 amostras para chegar ao caráter científico, mas eu chego lá!): o gado é ótimo, “sea a la parrilla o a la plancha!”                                                                                    C heguei enfim em Chos Malal, depois de 2 dias de travessia do deserto, uma savana arbustiva, atravessada por uma perfeita estrada compostas por 10 ou 12 retas interligadas por curvas tão suaves que a mão do motociclista não muda de posição para contorná-las. A monotonia, entretanto, é tal que a gente começa a divagar e facilmente perde a capacidade de manter algum tipo de atenção no asfalto. Num desses momentos acreditei ter visto homens a cavalo no meio dos arbustos, à margem da estrada. Logo após, La Negra começou a oferecer resistência ao acelerador e me fez parar... parar e retornar.... para certificar-me de que não se tratava de alucinação. De fato haviam dois homens montados nos cavalos criollos mais lindos que já vi, e conduzindo outros 3 cavalos magníficos carregados de malas de garupa. Eram trabalhadores campesinos que se deslocavam para Aluminé, onde havia trabalho com gado nesta época do ano. Estavam percorrendo 1.000 km e o faziam como a coisa mais normal deste mundo! Tirei uma foto de La Negra com os cavalos e cavaleiros e juro, não foi alucinação (ou foi?) do deserto, ela deu uma piscada para mim!! Visões maravilhosas, depois de tanta aridez e calor: no meio do caminho um vale (com duas ou três cidades, entre elas 25 de Mayo) muito verde, arborizado, produzindo muitas maçãs e com muitos vinhedos (Bodega del Fin del Mundo, Saurio, etc,). Ao final deste verde pode-se seguir por asfalto até Zapala e de lá ir a Chos Malal. Encurtando o caminho em uns 300 km há uma alternativa (Ruta Prov. 6), com cerca de 80 km de terra e rípio, que conduz a Chos Malal por Rincón de los Sauces. Uns 80 km antes de chegar em Chos Malal jás se vê o vulcão El Tromen, com seu desafio de 3.450 metros de lava e gelo. Chos Malal é uma cidade de 20.000 habitantes, muito agradável, bem arborizada e relativamente protegida dos ventos que constantemente sopram. Não é à toa que a serra que a envolve se chama Cordillera de Viento. Por ela passei, rodando a 40 km/hora, e quase sendo derrubado em cada curva, na passagem para o vale do Rio Curi-Leuvú.  Me hospedei na Hostera La Farfalla. Beleza de lugar com ares extremamente rurais, com galinhas e gansos nos jardins, a 8 quadras do centro da cidade. Alberto, sua esposa Fitty e o filho Francisco são muito hospitaleiros! O banho foi daqueles de meia hora. A janta, perfeita, preparada pelo Sr. Alberto (que já trabalhou em cattering na Branif International), foi lagarto ao forno com batatas doces e abóbora, mais presunto cru (tipo presunto de Parma), queijo regional e palmitos do Equador com molho golf. Vinho de San Juan, Callia Alta siraz-bonarda, sem complicações e perfeito para acompanhar a carne. Encerramos com uma dose de Johnny Walk 12 anos, cortesia de D. Alberto. "Dormi como un angel! ": Nem tive pesadelos com os 80 km de estrada de rípio, com ventos laterais de 40 a 50 km/hora, que percorri através da área de exploração de petróleo e gás (a riqueza do deserto) entre Rincón de los Sauces e Chos Malal. Dois dias depois, bem descansado, pude fazer 140 km de estrada de rípio, em mau estado, viajando para Copahue, via El Huecú. Ainda bem que os ventos tinham amainado um pouco. Em grande parte a estrada se espreme entre uma barreira de onde costumam cair muitas pedras, a julgar pela quantidade delas (de todos os tamanhos) que se espalham pela via, e um barranco abrupto, às vezes bem profundo. Isto faz com que qualquer derrapada possa terminar em um mergulho no precipício, que começa onde devia haver algum tipo de acostamento. Uns 6 kms antes de Copahue a neve se acumulava aos lados da estrada, e muitas vezes tive que usar as botas como esquis, com as pernas esticadas para baixo e para frente, para evitar que La Negra tombasse. Dei graças pelos pneus Metzeler Sahara que a Honda escolheu para a XRE 300. Se eles me deixam na mão em velocidades médias ou altas, no asfalto, com vento forte lateral, na mistura de água, cinzas vulcânicas e gelo, se mostraram bem adaptados. Copahue, a cidade e o vulcão de mesmo nome, estavam ainda embaixo de neve. Todos hotéis fechados. Literalmente fechados pela neve que se acumulava até o meio das janelas. E isto em meio à fumaça com cheiro de enxofre que faz com que Copahue seja um centro de hidro-mínero-terapia (sei lá se isto existe, mas estou tentando dar uma idéia do que seja).  Saí de Copahue e fui para Caviahue, passando por todo o gelo outra vez. Caviahue fica um pouco mais abaixo, à margem do lago de mesmo nome. Dos 180 estabelecimentos de hotelaria que possui, ainda mantinha 4 abertos, neste período que fica entre a temporada de esqui e a de verão. Instalei-me no Hotel do Instituto de Seguridad Social. Fiz uma caminhada de 4 km para ver como estava das pernas e saí atrás do único guia de montanha que está ativo naquela época do ano. Chama-se Charly e não estava nem um pouco disposto a enfrentar as más condições meteorológicas que se anunciavam para o dia seguinte. Sem possibilidades de subir sozinho o vulcão Copahue, resolvi tomar um banho medicinal com cheiro de enxofre no hotel (depois outro, de chuveiro, para tirar o cheiro de pum!) e depois sai para jantar. Jantei num lugar chamado El Quillen, um dos 4 lugares ainda abertos que serviam refeições. O proprietário me recomendou um coelho à mostarda, de gosto bem forte, que degluti com um Ventus Malbec Roble, bem seco e encorpado, que me pareceu muito bom. Voltei para o hotel e fui tratar de dormir. Tive um pesadelo assustador: sonhei que havia um coelho vivo dentro de mim, esperneando de raiva pela quantidade de mostarda que haviam posto nos olhos dele! Acordei à uma hora da madrugada, com a sensação de que o coelho não só estava vivo, como era muito agressivo, e daí até o amanhecer brinquei de rei e servo: um tempo no trono e outro de joelhos na frente do trono! No dia seguinte o máximo que consegui fazer foi uma caminhada por uma das trilhas do Parque Provincial Copahue, uns 8 km que me deixaram completamente esgotado. Valeu pela cascata no final da trilha... linda no meio da neve... uma compensação pela impossibilidade de ascender ao vulcão que, a Oeste, ora apresentava seu topo despenteado por ventos fortíssimos, ora envolvido por uma nuvem negra, dessas típicas de nevasca.                                                                                                 U m dia mais e saí, de manhã, de Caviahue, sobre a qual pesavam cúmulos-nimbus lenticulares imensos, uns se sobrepondo aos outros, anunciando mais neve. Enfrentei uns 250 km de asfalto pra retornar para Chos Malal, evitando o rípio, abaixo de um vendaval durante todo o trajeto (Caviahue-Loncupue-Las Lajas- Chos Malal), um deserto que parece infinito.... paisagem destas que nos fazem perceber o quanto somos diminutos e, ao mesmo tempo, nos sentir orgulhosos por podermos estar alí. Retornando a Chos Malal, tratei de trocar o óleo da moto e o fiz em uma borracharia cujos donos, bem jovens, têm potentes e enormes motos para enduro (450 cc). Além de praticarem enduro, nessas condições extremas de montanhas pedregosas e nevadas, eles são apaixonados por motos. Trataram de La Negra muito bem, inclusive tendo visto que faltava um dos parafusos de fixação do catalisador no quadro.  À noite comi uma sopa de verduras preparada por Don Alberto, ainda parte do tratamento das consequências do ataque do "coelho assassino de Caviahue". Assim, moto e eu bem tratados, nos preparamos para ir às lagoas do Tromen, famosas pelas aves que alí residem (cisnes, patos, flamingos, etc.). No dia seguinte amanheceu chovendo, inesperadamente para todos da região, inclusive para muitos pilotos de planadores de todo o mundo que vão, nesta época, para usufruir dos fortes ventos. Chuva em Chos Malal e neve, muita neve, nas montanhas que a cercam, inclusive no Cerro Wayle e no vulcão Tromen. Desta maneira passei o dia enfurnado em La Farfalla, ouvindo músicas -milongas e chamamés - do Jorge Cafrune (um baita cantante e guitarreiro!) e dormindo. Segunda-feira começou com um céu azul e um sol maravilhoso.... e sem vento!! Levantei eufórico para ir para as lagoas e... pasmem.... a cidade estava sem combustível no único posto que há! Nem uma gota! E La Negra, com meio tanque, não me garantia o passeio que pretendia fazer. Instintivamente, depois de alguma procura sem êxito por particulares e taxis, procurei pela turma do enduro. Essa comunidade de motociclistas nao falha! Em minutos La Negra estava com o tanque quase cheio! Desta forma pude subir as montanhas em direção ao Tromen.  Já nas alturas do Cerro Wayle, com La Negra outra vez patinando em gelo e neve, encontrei Luiz Rivera, um praticante da transumância, essa forma de migração que fazem tangendo rebanhos de pastos de inverno para pastos de verão. Uns 400 km por ano subindo e descendo montanhas. No caso de Luiz, pastoreia cabritos (criação muito típica daqui), seus cavalos criollos e alguns novilhos. Luiz me convidou para um mate e uma charla em sua modesta casa, em um pequenino vale assustadoramente verde no meio de tanta neve, e com ele passei momentos muito bons em que tentei compreender seu modo de vida tão difícil.  Não consegui chegar às lagoas do Tromem. Com roupas de montanha, sem as proteções da roupa de motociclista, perdi a confiança de rodar pelo gelo. Parei onde achei que já estava passando dos limites e, sem trocadilho, me limitei a fazer uma caminhada pela neve do Wayle, deixando La Negra para traz por umas poucas horas. Neste dia três veículos tentaram chegar às lagoas. La Negra, um Ecosport que teve que retornar (antes de La Negra) porque estava derrapando muito no gelo e um 4X4 Land Rover, o único que conseguiu passar a parte mais alta e coberta de neve e gelo do Wayle e descer à laguna que fica entre esta montanha e o vulcão..                                                                                 D e volta a Chos Malal, que continuava sem combustível, comecei a preparar minha ida, no dia seguinte, para Malargüe. Na terça-feira levantei cedo, peguei a moto e fui para a fila do posto de combustíveis. Fila de 4 quadras (haviam duas, uma para cada lado do posto) para abastecer com o combustível que havia chegado pela madrugada. Depois de duas horas, quando faltavam apenas uns 5 veículos na minha frente, avisaram que já não havia mais gasolina. Quase comecei a me irritar, mas prontamente me dei conta de que eu estava ali a passeio, sem compromisso, e que nas duas horas em que estive na fila não perdi tempo. Aquelas foram horas de reflexão, muita coisa sobre os transhumantes, sobre a paciência e persistência com que conduzem seu gado pelas montanhas. Muitas vezes vai um ou dois homens à frente, a cavalo, tocando lentamente o rebanho. Um ou dois kms atrás vai a mulher, também a cavalo ou em uma mula, puxando outros cavalos e mulas com malas de garupa, e com crianças. Fiquei me perguntando sobre o porque escolheram esse diferente e difícil meio de vida.  Em La Farfalla esvaziei o tanque da moto com uma mangueira para saber exatamente quanto ainda tinha e até onde podia chegar: 4 litros! ... Com cuidado podia ir até Buta Ranquil, se continuasse sem vento. Talvez ali ainda tivessem gasolina no também único posto da cidade... Foi o que fiz, e deu certo! Em Buta enchi o tanque e me mandei para Malargüe! Ao todo 250 km de distância... com uns 150 de asfalto em péssimo estado, 60 dos quais substituído por rípio. Desses, 20 km me permitiram rodar a mais ou menos 60 km/hora. Os outros 40 km foram um verdadeiro sufoco. Partes com rípio em camada muito espessa e solta, outras com buracos que o vento cobre com um pó muito fino, onde as rodas afundam. Há extensos trechos cobertos por uma grossa camada desse pó, onde a gente tem que andar pateando para manter a moto em pé! Levei uma hora e meia para fazer esse esses perigosos 40 kms. É bem verdade que parei muitas vezes para fotografar. Entre Chos Malal e Bardas Blancas, especialmente, a terra expõe suas entranhas de diversas cores (negro, tons de cinza, amarelos do citrino ao ocre, vermelho, roxo), forçada que foi por convulsões sísmicas e pela atividade vulcânica. São rios de lava solidificada; montes de pedras arredondadas evidenciando ora o leito de uma geleira, ora uma morena; marcas de erosões profundas feitas pelo vento, ou por rios e geleiras que já não existem mais, e rios de água de degelo que ainda correm se espalhando nos vales ou, como o Rio Negro, em alguns trechos aprisionadas em um cânion de lavas vulcânicas, tão estreito que não tem mais do que uns seis metros de largura. Tudo é muito vasto, intenso, superlativo, magnífico, espetacular! Percorri esse trecho devagar, tanto pelo estado da estrada, como pelo meu estado de espírito. Eu o percorri como quem reza! Uma longa e profunda reza em agradecimento por ali estar e por ter consciência da magnitude da formação de tudo aquilo! É assim que sinto a presença de Deus!                                                                                           M uitas pessoas precisam se curvar de joelhos, dentro de um templo, em frente a um altar, para sentirem a presença de Deus. Descobri que meu altar é o mundo e sua natureza! Preciso me movimentar por ele, com vento na cara, com sol, com frio, com chuva ou neve. Preciso percebê-Lo com todos os meus sentidos. E foi assim que compreendi o modo de vida dos transhumantes! Mais pastores transhumantes encontrei pelo caminho até Malargüe, e alguns outros depois, no Vale de Las Leñas. Passei por eles acenando e deles recebendo acenos e sorrisos e algum grito cordial. Já não os via como pessoas diferentes. Os via como meus irmãos... irmãos de fé! Malarguë é plana, bem planejada, tem um parque municipal que preserva parte da história da cidade e da região, além do observatório astro-físico mundialmente conhecido e respeitado e do planetário moderno, com projeção digital. Não muito distante, as formações geológicas conhecidas como Castillos de Pilcheira merecem uma visita (por estrada de rípio). Na despedida de Malargüe jantei um maravilhoso cabrito assado, e terminei a noite formando um insólito quarteto com o garçom (Cláudio) que serviu o assado, um velho hippie australiano, mochileiro, meio desdentado (Ronald... apaixonado por Pirinópolis/GO) e um técnico (Nico) de uma das empresas que exploram petróleo na região. Fomos ao cassino local e aí entornamos umas três garrafas de Elementos - Malbec - da bodega El Esteco, de Cafaiate, Salta. Perfeito! Um vinho para não ser esquecido! Se eu tivesse tomado deste antes, acho que nem teria experimentado os outros. Nico e Cláudio parecem pessoas completamente diferentes. O primeiro ganha uma fortuna, o segundo vive de gorjetas e de lavar pratos. Ambos, entretanto, tem coisas em comum: são separados das mulheres e tem filhos, além de serem viciados em jogo e serem muito hospitaleiros. Quanto a mim e a Ronald, nos une a idade e o fato de sermos estrangeiros. A hospitalidade dos mais jovens os fez convidar para esticar a noite no cassino. Nico ganhou em uma das máquinas caça-níqueis e pagou a conta. Melhor não podia! Na estrada para San Rafael conheci um casal que foi empurrado pelo vento para fora da estrada. Eles estavam em uma camioneta Kia, 4X4!! Mais tarde, encontrei um colega motociclista que, rodando a 120 km/hora em uma 250cc, foi levado para o acostamento (de grama, como é comum em La Pampa) e acabou caindo com a moto. Por sorte depois de ter conseguido reduzir a velocidade. Estava meio ralado, mas inteiro! Quanto a mim, percorri uns 400 km em grande parte a menos de 80km/hora, pois assim mandava o juizo (ou os anjos da guarda). Cheguei em San Rafael numa quinta-feira, tendo saído de Malargüe e passado por Las Leñas. Quanto a San Rafael, é uma cidade grande e, tal como Malargüe, tem mais motos do que carros. Em Malargüe predominam motos de baixa cilindrada (até 200 cc) com uma preferência por duas trails chinesas, uma delas montada pela Motomel da Argentina. Em San Rafael predominam as scooters, mas há de tudo! San Rafael tem mais de 40 lojas que vendem motos! Só na avenida principal contei 27! San Rafael tem uma praça muito bonita onde, à noite, passeiam casais, jovens e velhos, e possui um comércio extremamente ativo. Alí andei procurando por um CD do Larralde e por alguma coisa folclórica... assim mais tipo chamamé. O cara da loja me disse que não tinha, mas que se eu esperasse um pouquinho ele podia produzir os dois..... e assim, pirateadamente, sai da loja com os CDs que eu queria. Impostos absurdamente altos para cobrir os custos de uma política extremamente paternalista (e populista) criaram, na Argentina, essas formas de manter a economia em giro. Cheguei em Realicó, a caminho de Buenos Aires, debaixo de um calor dantesco (36º C... e vento) nesta Pampa de Diós! O dia anterior foi dia de El Gauchito Gil! Muita festa e procissão em Mercedes, Corrientes. No creo en.... pero que las hay...! Um tanto por isto, um tanto porque me agrada a idéia de um santo pagão, que foi morto porque não queria lutar em uma guerra entre irmãos, e porque só fazia o bem (curas, etc.), deixei uma flor vermelha em um dos tantos altares ao Gil que se encontram na estrada. Também prometi amarrar uma fita vermelha em La Negra, assim que chegasse em casa. É uma das minhas formas de contar com ajudas extras (uns chamam de anjos da guarda). Juntei El Gauchito assim aos dois ou três da guarda pessoal do Rui Bittencourt (gentilmente cedidos por ele para me acompanharem – www.ruibittencourt.com.br ) para me sentir bem fortalecido e tranquilo para seguir viagem. A cada dia vou me sentindo mais à vontade em La Negra e me ajustado às suas qualidades e limitações. Bueno, de Realicó fui para Lobos e, conforme planejado, atravessei Buenos Aires no domingo pela manhã, indo direto ao Porto Madero para pegar o Buquebus das 12:30 hs. Travessia tranqüila do Rio de La Plata. Eu na Classe Turista e La Negra, devidamente amarrada, na bodega de veículos. Resolvi permanecer o resto do dia em Colonia de Sacramento, bem mais simpática do que as opções mais adiante (Flores, Durazno, etc.). Para me despedir de terras castelhanas, jantei um cordeiro a la parrilla (muito bom mesmo) e tomei um tannat San Rafael, uruguaio. Não errei no vinho, acho que a uva tannat é a única que dá um vinho de boa qualidade no Uruguai, assim como a gente quase nunca erra quando pede um malbec na Argentina, ou um carmenére no Chile.                                                                                   N a segunda-feira fiz o percurso até Livramento/Rivera. Breve visita ao Brazil Rider Kojak que já me havia recebido muito bem na ida, umas poucas comprinhas (não cabia muito mais no dorso de La Negra), pizza com cerveja e um bom sono para seguir adiante no rumo de casa, no dia seguinte. O trajeto de São Gabriel a Guaíba foi feito em boa parte na companhia do simpático casal Vinícius Manarte e Lavínia, BRs de Guarapari, ES, que bem instalados na sua Varadero fizeram com que La Negra se esgoelasse toda para acompanhar o tranco deles.Daí para frente: dormi em Osório, RS e haja chuva e temporal para chegar a casa na quarta-feira.  Martha havia saído do Rio de Janeiro pela manhã e encontrado com nosso filho Jader e com Dani, sua esposa, no aeroporto. De lá vieram direto para a Serra Catarinense para me esperar. Foi ótimo ser recebido por eles! Em casa soube que o Ronaldo Mutukão, de Livramento, e o Pancho, BRs também, estiveram hospedados no Refúgio do Gaudério. Deixaram um bilhete super simpático e uns adesivos de recuerdo. O Refúgio é um espaço que temos para receber amigos viajantes motociclistas, com banheiro com calefação, quarto, churrasqueira, etc. Por falar nisto está à disposição, é grátis, bastando combinar com um pouquinho de antecedência para não ocorrer overbooking!De mais a mais, devolvi os três anjos da guarda pessoal do Rui Bittencourt, com meus sinceros agradecimentos. Acho que um deles voltou meio depenado, e pelo menos um dos outros dois chateado com a discussão teológico-filosófica que andou tendo com um tal Gauchito Gil. O terceiro ainda deve estar dando gargalhadas por conta disto! NOTAS DE VIAJEM: Hotéis que recomendo – Em Colonia de Sacramento, Uruguai, o Hotel Royal, cuja proprietária tem um filho motociclista e viajante, dono de uma Varadero super-equipada, e que valoriza nossa turma. Em Saladillo, Província de Buenos Aires, AR - Hotel Saladillo – por US$ 35,00 a gente fica muito bem hospedado.. Em General Acha, La Pampa, AR – Hotel Traful –Omar e Chuchi, os proprietários sabem receber bem. O hotel é pequeno, limpo, confortável e barato. Em Chos Malal, Provincia de Neuquén, AR – Hostal La Farfalla – onde a gente se sente em casa e membro da família. Beto e Fitty além de tudo cozinham muito bem e Fran, o filho, é muito prestativo e amigo. Em Caviahue, Prov. de Neuquén, o Hotel do Instituto de Seguridad Social é bom, bonito e barato, além de ter instalações para banhos medicinais de águas sulfurosas. Em San Rafael, Província de Mendoza, AR – Hotel Jardin. – parece com pequenos hotéis espanhóis com pátio interno, com fonte e estátuas romanas - tudo de bom por um preço muito baixo. Em Osório, RS, Brasil – Hotel Ibiama – ao lado da BR 101 – confortável, limpo, bom café da manhã e muito barato. Hotéis que não recomendo – Hotel de Turismo, em Malargüe, AR, com péssimo atendimento e caro para o que oferece. Hotel Cruze el Desierto, no meio do nada da pampa árida patagônica – 120 km mais adiante, em 25 de Mayo tem opções melhores, mais agradáveis e baratas. Hotel Petit, em Lobos, baratíssimo, mas sujo e infestado de baratas!Contradição argentina digna de nota: Chos Malal, uma cidade tão ao lado de área de intensa exploração de petróleo, com 20.000 habitantes, só tem um posto de combustível que, esporadicamente, fica sem combustível. A opção mais próxima está a cerca de 100 km e nada garante que tenha, já que é abastecida pela mesma distribuidora. Observação final: Chos Malal e arredores, aí incluindo o caminho em direção ao Vulcão Domuyo e as localidades rurais a lo largo ya lo ancho , também as pequenas cidades de Caviahue / Copahue, merecem retorno. Villa Pehuenia e Aluminé, localidades não muito distantes (uns 300 km), que não se encontram, despertaram a minha curiosidade, da mesma forma que as cercanias do Vulcão Domuyo. Mais uma viagem para essa região, e melhor!

Uma viagem sempre se inicia por um sonho !

Diário de bordo de viagem realizada por nove estados Brasileiros (RS, SC, PR, MS, MT, GO, DF, MG, SP) de 21/07 a 04/08/2010.

Uma viagem sempre se inicia por um sonho! Desta forma, a mais de ano nasceu o sonho de conhecer e explorar locais mundialmente reconhecidos como maravilhas da natureza e que estão aqui no nosso Brasil, tais como: BONITO – MS, CHAPADA DOS GUIMARÃES – MT, RIO ARAGUAIA, na divisa de MT e GO. Também era nosso desejo, participar do 7º MOTO-CAPITAL em Brasilia – DF, para reencontrar amigos que comungam do mesmo gosto pelo mototurismo. Logicamente tudo isso como uma justificativa aceitável para rodar de MOTO e promover o 14º MERCOCYCLE (08 a 10 de outubro e 2010 em Santa Maria www.gauderiosdoasfalto.com.br).

O primeiro passo foi convidar parceiros que se parecessem conosco, no gosto pela moto-aventura, parceria, seriedade, amor a família e responsabilidade; Acertamos em cheio, são eles:

Cleber Winckler da Silva            YAMAHA TDM 900

Luiz Fernando Jaques Cunha       SUZUKI Vtrom 1000

Continue reading

19/4/2010 - Maringá (PR) para Abrolhos (BA)

Maringá (PR) para Abrolhos (BA) Viagem de moto sozinho de Maringá – PR para Abrolhos - BA1º primeiro dia – Maringá - PR – Ribeirão Preto –SP – 660 km - Maringá/Londrina/Assis/Marilia/Taguaritinga/Ribeirão Preto Saida de Maringá dia 28 de fevereiro de 2010Km saída 2718Hora saída 07:001 primeira parada Londrina - média 18,80 k/l2 parada – Assis média 17,53Chegada às 16:00 h - Ribeirão Perto – média 13,74Dias 1, 2 e 3 março - em Rib Preto - SPDia 4 e março - Ribeirão Preto - Barbacena - MG - 640 km – média 19,01Dia 5 de março – Barbacena – Ubú – ES - 493 kmDia 6 de março Ubú – Ilha de Guriri – ES - 301 kmDia 7 de março Ilha de Guriri – Alcobaça – BA 227 kmDia 8 de março Alcobaça – Caravelas – BA – Ponta de Areia – Barra – Alcobaça73 kmDia 9 de março – Alcobaça – Prado – BA 26 kmDia 10 e 11 de março – PradoDia 12 de março – Prado – Caravelas – Abrolhos – Caravelas – Prado – 104 kmDia 13 de março – Prado – Ipatinga – MG – 574 kmDia 14 de março – Ipatinga – Piumhi – MG – 501 kmDia 15 de março – Piumhi – Rbeirão Preto – SP – 260 kmDia 16 e 17 de março – Ribeiro Preto Dia 18 de março – Ribeirão Preto – Maringá – PR – 556 km1º primeiro diaSair de casa e pegar a estrada. Foi o início de uma realização, de um sonho. Só quem já pegou a estrada é que pode entender esse momento mágico. Não dá para explicar o sentimento de satisfação. O vento batendo em sua cara, em seu corpo, você olhar aquele estradão na sua frente e curtir cada quilometro, cada paisagem nas laterais, cada curva, tudo fica mais bonito em cima da moto. É não ter pressa de chegar, só curtir mesmo o asfalto e a bela vista que teus olhos alcançam. Isso não tem preço.Fiz uma primeira parada já em Londrina, com 95,7 km, estava com receio da falta de posto no próximo trecho. Nesse trecho da estrada do Paraná existem 3 pedágios.Em seguida parei em Assis, já no Estado de SP. É incrível como as pessoas se aproximam de alguém viajando de moto. Logo se aproximou um Sr. que pediu para tirar uma foto, dizendo que também tinha uma moto. Ficamos conversando enquanto eu descansava e ele, Sr. Donizete, logo me ofereceu seu hotel na cidade, dizendo que para motociclista o preço era especial – Quem desejar, tel 3322-8842. Um abração Donisete. Quem sabe n volta.....Chequei minha bolsa que estava encaixada no Sissy Bar. É daquelas bolsas bonitas de couro, com franjas, cheia de bolsinhas nas laterais, na frente e em cima, igual àquelas que vemos nos filmes, muito bonita, modéstia à parte rsrsrs..... e prossegui. A estrada estava ótima. Fiz outra parada após Marília para abastecer, chequei novamente a bolsa, liguei para casa para dar “mensagem de posição”, afinal de contas, quando saí deixei todo mundo com o coração na boca rsrsrsrsr. Nessa etapa de Marília para Ribeirão , após a ponte do Rio Tietê, alguns trechos do asfalto estão com calombos e alguns buracos, que mais à frente, viria a saber que podem trazer um grande transtorno. Peguei também uns 4 ou 5 pedaços com chuvas, nada que colocasse a estrada em estado de perigo, assim fui em frente. Outro dado interessante é que nas estradas de São Paulo, pelo menos até aqui, as motos não pagam pedágio. Obrigado SP, meu bolso agradece. Faltando 110 km para Ribeirão, resolvi parar novamente para abastecer, pois era o último posto antes do destino. Abasteci e quando olhei para trás tomei o maior susto: CADÊ MINHA BOLSA ??? Até entender demorou alguns segundos, será que roubaram ou perdi na estrada ? Saltei em cima da moto e já estava entrando na estrada para voltar, quando uma carreta parou na lateral e perguntou se eu havia perdido uma bolsa. Após minha afirmativa, ele falou que uma Saveiro verde havia pego há uns 10 km atrás. Subi na moto e “decolei”, voando baixo mesmo, eu que não havia ainda “testado” a moto, coloquei 180 km para tentar alcançar a bendita Saveiro, afinal de contas, na minha bolsa estava toda minha roupa, talão de cheque e um Lap Top, além de outras coisas úteis para a viagem. Rodei 55 km voltando e nada. A desilusão é grande, logo no primeiro dia me acontece um imprevisto desses. “Marinheiro de primeira viagem” não tem jeito mesmo, pensei rsrsrsrs. Logo fui relaxando e pensei, não vai ser isso que vi tirar a alegria de minha viagem. Vamos tocar pra frente, compro o essencial e prossigo na viagem. Chegando em Ribeirão, após rodar 660 km, liguei para casa e avisei sobre a perda, pois se alguém ligasse falando da bolsa era para pegar o nome e telefone. Estava sentido com a perda e tinha a certeza que jamais iria ser devolvida, principalmente porque havia um Lap Top.Logo a noite recebo a ligação de minha filha dizendo que uma pessoa ligou dizendo que havia achado minha bolsa. Parecia milagre (de repente até é....) tanta gente rezou para a bolsa aparecer.....Falei com a pessoa e disse que no dia seguinte iria buscar em Piracicaba, cidade da pessoa.No dia seguinte lá vou eu encarar um ônibus (ir de moto e perder de novo seria muita burrice). Peguei um ônibus ótimo para que quer conhecer o interior paulista, pois parou em Cravinhos, Porto Ferreira, Pirassununga, Leme, Araras, Limeira, Americana, Sant Bárbara e finalmente chegou em Piracicaba, ufa !!!!.Fui buscar a bolsa e ofereci um dinheiro como recompensa, mas o Sr. Fernando Nelson não quis de jeito nenhum, depois de muita insistência, aceitou, mas falou que iria doar o dinheiro, no que eu propus que ele desse para o filho de 10 anos, que estava com ele quando achou bolsa. Disse para ele que sua honestidade, infelizmente, é rara nos dias de hoje, e que seria uma ótima oportunidade de mostrar ao filho. Tenho certeza que este ensinamento seu filho jamais esquecerá. Obrigado Fernando, você é um exemplo de pai e de cidadão brasileiro. O retorno para Ribeirão foi ótimo, apenas o ônibus quebrou e entrou de novo em todas as cidades rsrsrsrsrs.Os 3 e 4 dias foram em Ribeirão, fazendo um social com a família.No 5 dia, Ribeirão Preto – Barbacena – MG. Se você quiser aumentar sua aventura na estrada, faça o trajeto pelo interior de Mias, sem mapa. É pura adrenalina, as placas só indicam aquelas pequenas cidades que você não anotou e nunca ouviu falar rsrssss. Bom, fiz a rota Ribeirão, Altinópolis, Batatais, São Sebastião do Paraíso – MG, Alfenas (Circuito das Águas), Lavras, São João Del Rei (Estrada Real), Barroso e Barbacena. Nessa etapa não peguei chuva, sim, pois aquilo não era chuva, era Dilúvio, mas tava bonito, dava até para ver os riachos que iam se formando e atravessando a estrada rsrsrsrs. Ainda bem que estrada toda é ótima. Depois de andar o dia todo, mesmo cansado, fui direto para a EPCAR, Escola que prepara oficiais da Aeronáutica, tirei fotos e desmaiei na cama do Cassof. Nesse trecho todo os mineirinhos foram super gentis em orientar os caminhos. Mas, alguém sabe dizer porque os mineiros, no lugar de fazer uma reta, fazem 2 curvas ??? Com todo o respeito aos amigos mineiros, mas vai ter curva assim lá na ........6 dia – Barbacena – Ubú - ES (próximo à Anchieta). Sai cedinho de Barbacena e peguei a Serra de Santa Bárbara para Leopoldina, a serra estava “fechada” pela neblina, você não conseguia ver 10 m à sua frente. Curvas e neblina, ótima receita para mais adrenalina. Após Leopoldina, Muriaé, Bom Jesus de Itaperana, Br 101, Rodovia do Sol, Anchieta e Ubú. Fica a 9 km depois de Anchieta, beira-mar, é uma vila de pescador muito simpática e agradável. Pousada Corais de Ubú, R$ 80,00, restaurante Marimar. Ah, luva de couro e botas de couros, são uma furada na chuva, encharcam toda. A calça (Riffel) e a jaqueta (Texx) de material impermeável foram 10. Muito útil também é um cinto (HD) que comprei em Brasília, na Feirinha dos Importados, parece o cinto de utilidades do “Batman”, cheio de bolsos e zíper. Foi útil principalmente na hora de pagar o pedágio, guardar máquina fotográfica, papel e caneta, celular etc.7 dia – Ubú – Ilha de Guriri. A saída de Ubú foi com chuva, em compensação o rapaz que atende na pousada, um apaixonado por motos, se prontificou em me guiar de moto. Assim foi, saímos de Ubú, pegamos novamente a Rodovia do Sol, atravessamos a cidade de Guarapari e no trevo nos despedimos. A Rodovia do Sol é uma alternativa para a Br 101, embora com pedágio, vale à pena. Vai até Vitória, está ótima e vai beirando o mar, você pilota vendo e sentindo o cheiro de mar, o único empecilho é que você tem que atravessar Vitória para pegar novamente a Br 101. A travessia por Vitória foi terrível, havia chovido muito (depois fiquei sabendo que havia previsão de um tornado na área), e bairros inteiros estava alagados em direção à 3 ponte, que é a saida para a Br 101. Ao chegar na Br 101 outra surpresa, havia um engarrafamento monstruoso de caminhões e carros, tudo por que a estrada estava alagada e nem caminhão passava. Bom, passei com muita chuva e adrenalina rsrsrsrsr. Prosseguindo, próximo à São Mateus (cidade com quase 5 séculos) entrei à direita para a Ilha de Guriri (11 km). Cidade pequena mas bonitinha. Lá tem o Projeto Tamar e belas praias, além de uma igrejinha na areia da praia. Este trecho todo da estrada está ótimo. Pousada Lua e Sol, com garagem e ótimo preço, R$ 40,00, restaurante Petisco e Cia, ao lado da pousada. Minha roupa, que não havia secado na noite anterior, estava mais encharcada ainda, parecia roupa de mergulho rssrss.8 dia – Ilha de Guriri – Alcobaça - BA – Na saída de Guriri, ao amarrar a bolsa com 5,5 m de elástico, para não cair de novo rsrsrs, notei que a placa da moto havia caído na estrada. E agora? Parar na Polícia Rodoviária Federal, tentar explicar e pedir para eles darem uma autorização para viajar sem placa? Mas, e se eles não entendessem e prendessem a moto? O que fazer? Optei por seguir e se parassem, tentar explicar e contar com a boa vontade do policial. Passei por 2 postos policiais, minha sorte é que eles gostam de parar caminhão e não moto, sei lá porque rsrsrsrs. Meu maior receio não era na estrada e sim algum policial na cidade.Tirando isso, esta etapa seria a mais simples até o momento, era só pegar a Br 101 e depois pegar a Br 418, e chegar em Alobaça, segundo o “Google”. Mas o Google não sabia que a Br 418 não está toda asfaltada. Ainda bem que quando em dúvida costumo perguntar para umas 3 ou 4 pessoas, e todas disseram a mesma coisa: “Tá um barro danado”. Então, segui até Teixeira de Freitas – BA, entro à direita e logo chego m Alcobaça, claro, com chuva rsrsrsrs.Alcobaça é uma cidade histórica, pequena, mas igualmente agradável. Fiquei na Pousada San Fernando, flat, frente para o mar, com garagem, e sacada ótima para secar a roupa, R$ 40,00. Restaurante Ä Baiúca”, próximo à pousada, ótimo para um muqueca de camarão, com uma pimenta ótima para baiano nenhum botar defeito rsrsrr.Dia seguinte, dia 8 março, segunda-feira, Dia Internacional da Mulher, 9 dia de viagem, permaneci na pousada em Alcobaça e tirei umas fotos de lugares históricos e fui fazer o Boletim de Ocorrência na Delegacia (placa perdida). Após dei um “pulo” de 26 km até Caravelas. Estrada muito boa , tirei mais fotos de igrejas e alguns prédios antigos. Segui para o Museu da Baleia, mas estava fechado. Parei em uma agência de turismo e reservei a visita para Abrolhos para sexta-fera (fora de temporada, não tem barco todos os dias), R$ 235,00, com almoço, mergulho e lanche incluídos. Lá fiquei sabendo de um encontro de moto em Prado – BA (pertinho, 28 km). Que sorte, tô dentro. Fiz reserva em pousada que já estava quase tudo lotado e com os preços subindo rapidamente. Aproveitando que estava em Caravelas, dei uma esticada à Ponta de Areia, também histórica, tem até a música de Miltom Nascimento “Ponto final da Bahia-Minas, estrada natural“. 5 km à frente, tem Barra, lá tem um restaurante típico, conhecido internacionalmente, “Tio Berlindo”, quem for lá tem que conhecer. Na volta, tirei algumas fotos de ossos de baleia e retornei para Alcobaça. Como era segunda-feira, em Alcobaça, fora de temporada e com chuva, foi difícil achar um bom restaurante, acabei mesmo na pizza rsrsrs. Ida e volta rodei 76 km.Dia 9 de março fui de Alcobaça para Prado, 28 km, Logo na chegada havia a recepção simpática da coordenação do MotoTour Fest, de 10 a 14 de março, com direito a água de coco e fitinha de Nosso Senhor do Bonfim. Fui para a pousada que havia feito reserva e fiquei sabendo que era somente por 2 dias. Não servia, mas o proprietário muito atencioso ligou para outras pousadas e depois da “vigésima” ligação encontrei um lugar para ficar, Pousada Costazul, com garagem e café da manhã, bem razoável, com uma senhora super simpática, D. Maria, diária por R$ 30,00. Não imaginava que em Prado existissem tantas pousadas, são muitas e muitas.Dia 10 de março, tirei o dia para conhecer as praias (e comer um camarãoznho rsrsrs) e recebi a confirmação do passeio para Abrolhos para o dia 12, sexta, além de ver as lindas motos chegando para o encontro. Uma coisa que me chamou a atenção é que mesmo com um calor intenso, era grande o número de motociclistas que foram à praia de calção e de colete de couro de seu moto clube. Até na praia ....? Sim, até na praia, faz parte dos encontros usar o colete de seu MC.Dia 11 de março, mais um dia de praia em Prado, água morna e areia grossa branquinha, barraca de praia “Captain”, próximo ao centro e ao local do Encontro de Motos. Dia 12, saí cedinho de Prado rumo à Caravelas para embarcar para Abrolhos, afinal de contas era esse um dos objetivos da viagem. Embarcamos às 7 h em um Catamarã, em 16 pessoas, demorando 02:40 h até o Arquipélago, que fica a 70 km. Na viagem, conheci um motociclistas de Nova Friburgo – RJ, que também estava viajando sozinho e veio para o encontro em Prado. É o xará, Ricardo também. Pessoa sensacional, desses que parece que você conhece há anos, tamanha a afinidade de idéias. Parece um jovem de 69 anos, com sede de vida, com sede de aventuras.Avistar Abrolhos é uma emoção, logo começamos a ver tartarugas, enormes e em grandes quantidades. Ao desembarcarmos em uma das ilhas, tivemos um brifim com o geólogo responsável pelo Arquipélago e vimos a enorme preocupação pelo meio ambiente. Parabéns. Abrolhos são várias ilhas, onde em cada uma habita, geralmente, uma espécie de ave, com destaque para o Atobá. O ponto alto do passeio é o mergulho. Maravilhoso mergulhar naquelas águas transparentes, no meio de diversos tipos de peixes enormes e coloridos, inclusive pequenos tubarões. É emocionante mesmo!!! Quem se interessar, Agência Abrolhos, tel (73) 3297-1149- www,abrolhosturismo.com.br . Retornamos já noite e em “ala” de moto, com meu novo amigo, voltamos para Prado. À noite o Mototuor estava “bombando”. Era gente de todo o Brasil, ambiente familiar e agradável, uma verdadeira confraria de motoclubes, certamente atingiu, segundo a coordenação, 10.000 pessoas. Também, com a mistura de praia, sol, não pagava para entrar no evento e a mística da Bahia, só podia ser sucesso total. Ano que vem tô lá de novo, rsrsrsr. Parabéns aos organizadores desse terceiro ano de sucesso.Dia seguinte, dia 13, chegava a hora de regressar. Logo na saída da cidade de Prado já encontrei 3 motociclistas que regressavam rumo à Vitória/Rio e me juntei a eles, em seguida surgiram mais 2 e depois mais um, seguimos juntos, passamos por Teixeira de Freitas – BA, até a entrada para a BR 418 (Nanuque), onde entrei e eles seguiram em frente. Portanto, fiz Prado, Teixeira de Freitas – BA (atenção, neste trecho posto somente a 140 km), Nanuque, Teófilo Otoni, Governador Valadares e Ipatinga – MG, 574 km, de muito sol, muita água de coco na estrada. Hotel Presidente, R$ 80,00.Dia 14, prossegui de Ipatinga, João Monlevade, Belo Horizonte, Betim, Itauna, Divinópolis, Formiga, e pernoite em Piumhi – MG, 501 km, também de muita curva, e boa estrada. Hotel Stalo, R$ 61,00, com ótimo restaurante ao lado.Dia seguinte, dia 15 de março, Piumhi, Passos, São Sebastião do Paraíso, Battais e Ribeirão Preto., mais chopp do Pinguim rsrsrs. 260 km e pernoite “free”, na casa de meu pai, rsrsrs. Chegando em Ribeirão fui direto para a Suzuki e deixei a bela moto para revisão de 6.000 km. Até aqui a moto foi 10, sem nenhum problema, graças a Deus. Cabe aqui relembrar que desde que perdi a placa da moto na ida, na estrada do Espírito Santo, não consegui colocar outra, é muita burocracia, fazer BO, pegar autorização do Delegado em Maringá, Delegado ligar para o outro delegado na outra cidade, teve até gente que falou que eu precisava levar moto para reemplacar no Paraná (???) . Bom, fui tocando confiando na sorte e não fui parado. Dias 16 e 17 de março permaneci em Ribeirão. Dia 18 segui para a última etapa, Ribeirão, Marília, Assis, Londrina e minha Maringá, nesse dia foram rodados 556 km. E, para não dizer que não houve nada, fui parado uma única vez pela Polícia Militar de São Paulo, faltando apenas 500 m da divisa com o Paraná. Viram que eu estava sem a placa, pediram documentos, no que eu apresentei o Boletim de Ocorrência e fui liberado. Prossegui até minha Maringá e cheguei, com a graça de DEUS.ResumindoSai de Maringá no dia 28 de fevereiro de 2010, com destino à Bahia. Segui atravessando Paraná, São Paulo, interior de Minas Gerais, Rio de Janeiro, pegando a BR 101, saindo próximo de Guarapari –ES e seguindo até Prado e Abrolhos na Bahia. O retorno foi similar, também pelo interior de MG, SP e PR. A travessia pelo interior de Minas tem que ser pensada 2 vezes, pois embora a paisagem seja linda, tem muita curva, o que torna a viagem demorada, cansativa e perigosa. As estradas de maneira geral me surpreenderam, com raras exceções, estão ótimas. Existem vários pedágios, sendo que em SP moto não paga. As roupas impermeáveis (calça e jaqueta) foram uma ótima par enfrentar chuva (e não adianta dizer que não vai pegar chuva). Luvas e botas de couro encharcam demais.Bolsas de couro são bonitas, dão um charme nas motos, mas também não são muito práticas, encharcam, pesam demais e dão uma mão-de-obra cada hora de amarrar e desamarrar nos pernoites, principalmente se for um dia em cada cidade. A opção mais prática, acredito, que seja o “baú” .Procurei passar pelas grandes cidades mais movimentadas nos finais de semana, onde o trânsito é bem melhor. Os pernoites em pousadas foram todas realizadas em pequenas cidades ou vilas de pescadores, fica mais barato e bem mais fácil, depois de um dia inteiro rodando, encontrar uma boa cama. Uma exigência obrigatória é que houvesse garagem nas pousadas. Considerando todos os gastos, inclusive gasolina, boas refeições, pousadas, chips de celular, passeios, cervejas rsrsrs, enfim tudo, pode-se calcular em torno de R$ 80,00 por dia.Não houve problema com abastecimentos, principalmente porque procurei rodar cerca de 140 km no máximo. Andava cerca de 500 km por dia, às vezes um pouco mais ou um pouco menos, dependendo da cidade do pernoite. A velocidade normal foi por volta de 120 km/h, às vezes nas ótimas retas um pouco mais, e nas curvas um pouco menos. A moto, um Suzuki Boulevard M800, 2008, correspondeu perfeitamente às expectativas, principalmente nas ultrapassagens, é rápida e responde de imediato à aceleração. Claro que o consumo depende da velocidade que se está usando e da gasolina (nem sempre se encontra aditivada), mas a média foi de 18 km/l.A opção de ir em grupo ou sozinho é totalmente pessoal. Os 2 lados possuem os prós e contras. Fui sozinho pois não encontrei ninguém que fosse conhecido o suficiente para ir junto. Além do mais você faz sua rota, muda a hora que quiser, pára onde quiser, descansa o tempo que quiser, levanta a qualquer hora e vai embora enfim, liberdade total para decidir. Rodar nas estradas é simplesmente demais, conhecer lugares aconchegantes não tem preço, só mesmo quem já viveu isto para poder expressar este sentimento mágico.Os pontos máximos da viagem foram as belas paisagens, as belas praias, muitas fotos, o encontro de Moto em Prado – BA, a visita ao Arquipélago de Abrolhos – BA, as amizades que você faz em todo o trajeto e ver que as pessoas além de admirar muito as motos, possuem um enorme prazer em ajudar.Foram 19 dias de pura descontração, prazer, alegria, higiene mental e.....saudades, em que foram rodados 4485 km.A próxima ? Bem, quem sabe Uhuaya ou Rota 66. Alguém se habílita ?????? Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. – rick miewww.viagemdemotossozinho.blogspot.com

Novo Livro Renato Lopes

O livro, “De Motocicleta – pelas carreteras da América do Sul – Os 13 países em 63 dias”  nas suas 344 páginas, conta os momentos vivenciados por dois motociclistas de Santa Maria – RS, sobre uma viagem que teve início percorrendo o Brasil do Chuí – RS ao Oiapoque – AP, para depois entrar na Guiana Francesa, Suriname, Guiana e seguir pelas carreteras da América do Sul até atingir todos os países Foram mais de 23.000 km e 63 dias onde o autor foi conquistando novos amigos e revendo outros tantos, buscando experiências e aprendizado, em contatos e conversas com pessoas desconhecidas, de culturas diferentes, formando suas impressões sobre tudo, o povo, a cultura, a culinária, as cidades, os povoados, a terra, a produção dos países, a geografia e muitas fotos. A experiência do autor de 28 horas embarcado, percorrendo os rios Tocantins, Pará e outros afluentes, por mais de 400 km foi marcante pela diversidade de culturas e costumes. O livro conta com um capítulo sobre planejamento de viagem atualizado e que pode ser utilizado para consultas antes de se empreender novas viagens e aventuras, além de varias “dicas” para superar dificuldades no curso da viagem. A inclusão de um CD com mais de 600 registros fotográficos, dos 13 países, foi mantido em razão da aceitação geral dos leitores do primeiro livro “Motociclistas nas Rutas do Cone Sul”, além das fotos impressas com  ótima qualidade, em papel couche de 115g/m². Do Prefácio por Ligia Simonian. “Também, a leitura revelou que a expedição – como o autor identifica a sua viagem por esse continente – foi plena de emoções sentidas a cada encontro, realidades vistas como maravilhosas ou deploráveis, despedidas efusivas ou mesmo impasses. Ainda, a obra poderá se consolidar como fonte para outras tantas viagens e mesmo para pesquisas ou outras produções culturais, tal a riqueza do material apresentado. E posso dizer com certeza que não vai ser muito diferente a percepção dos demais leitores. As desilusões ante o autoritarismo dos soldados palacianos de Caracas, as tentativas de auferir vantagem por funcionários de aduanas e a La violéncia persistente há décadas na Colômbia e contemporaneamente dominada pelas FARC, as sequelas do terremoto no Peru, em especial o semblante triste dos moradores de San Clementee de Pisco etc., não demoveram Renato e Edson de seus objetivos. Assim, eles puderam também se encantar com Cartagena de Índias, Barranquilla, Medellín, Cuenca, com La avenida de los vulcones, Cham Cham, participar da 1ª. Etapa del Rally de Montaña, Ica, Huayuri, Nazca, a costa do Oceano Pacífico próxima à Camana, aReserva Nacional Salinas y Aguada Blanca, Puno, lago Titicaca, Oruro, deserto de Atacama, Arica,  Geysers del Tatio, Jujuy, Chaco, Asunción...”   Do Autor.               “Meu relato apenas tenta refletir a preocupação em compartilhar com o leitor meus momentos de felicidade, alegrias, angustias, temores, dúvidas e conflitos pilotando no exílio do cockpit. Se com isso eu conseguir inspirar alguém a levantar-se da frente da televisão ou de um computador e montar em uma motoca para fazer algo diferente, quem sabe escapar do cotidiano, fazer um passeio, uma viagem, ou mesmo se jogar no fascínio de uma aventura, eu estarei sentindo-me extasiado de felicidade por transferir o que sei e aprender o que escrevo.”   Adquira o seu exemplar contatando com o autor pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo Website: www.renatolopesmotoviagem.com Valor de lançamento R$ 35,00 + despesa postal. Ou se preferir, deposite R$ 43,00 (incluso a remessa) na conta poupança 30.655-X (variação 02), agência 3281.6 do Banco do Brasil, em nome de João Renato Pereira Lopes, CPF 278.611.120-04. Informe a data do depósito e remeta cópia do comprovante eletrônico para o e-mail indicado acima, bem como o endereço para remessa e nome completo. O livro será postado  com previsão de entrega de 5 a 7 dias pelo Correio.

11/11/2009 - Viagem do Leko ao Nordeste Brasileiro

Viagem do Leko ao Nordeste Brasileiro
 
 
 
 
Leko (26 anos) - Cruzou 16 estados brasileiros, rodando mais de 8000km de Twister 250cc

Matéria publicada em 09/08/2009.
Entrevista por Policarpo Jr

Dia 15/11/2009 a revista eletrônica do Rock Riders completará 2 anos de operações. Vimos conhecendo muito do mundo do motociclismo de viagem e fazendo inúmeras amizades com motociclistas dos mais diferentes perfis. Aproveitamos para agradecer a participação dos mais de 1000 Moto Clubes e Moto Grupos que já se cadastraram no Rock Riders, vindo integrar e agregar valor a toda enorme família de motociclistas estradeiros do Brasil.

Dessa vez, nosso 57o. entrevistado é o motociclista Leko (26 anos - foto ao lado), trabalha no setor de Turismo, casado, roda há apenas 5 anos. Mas, com a 'fome que tem de estrada', a determinação e atitude que sentimos fazer parte da sua personalidade, certamente esse motociclista ainda irá rodar para destinos bem distantes. É membro da Irmandande motociclística Brazil Riders.

Leko numa viagem solitária, pilotando uma Honda Twister 250cc, em 12 dias de viagem, percorreu mais de 8000km - média superior a 650km/dia, cruzando 16 estados do nordeste, norte e centro-oeste brasileiro (onde as estradas não tem nada a ver com as pistas lisas que temos na Argentina, Chile e Uruguai, por exemplo). Saiu da capital paulista, percorreu todo o litoral até o Rio Grande do Norte, retornando pelo sertão e interior da Paraíba, Ceará, Maranhão, Piauí, Pará, Goiás e Mato Grosso do Sul, rodando inclusive em pistas de terra e em lugares tão 'inóspitos' do nosso país... que a lei, justiça, polícia e governo, além de não existirem, mal conhecem essas regiões do Brasil, fazendo o 'Coronelismo' ser a 'Ordem e o Progresso da população'.

' Meu objetivo nessa viagem foi conhecer várias regiões que eu não conhecia ou destinos que já fui de avião ou navio (trabalho com turismo), mas nunca tinha ído de moto. Viajar de moto é incomparável, não tem nada a ver com os outros meios de transporte. Queria realizar a viagem com uma moto 'pequena', para mostrar ao motociclismo de viagem que para fazermos uma grande viagem, podemos ir de moto de baixa cilindrada, não postergando nosso 'sonho'. Basta fazer um bom planejamento, ir com cuidado e determinação '. Afirma o Leko.

A entrevista foi realizada no início da noite do sábado 08/08/2009, no Café Havanna do Shopping Jardim Sul, no bairro do Morumbi na capital paulista.


Trajeto da viagem de Twister 250cc realizada pelo Leko.

'As grandes cilindradas estão dentro de cada motociclista'. Conheça o motociclista Leko, que tem em seu espírito de motociclista estradeiro, mais de 2000cc...

Leko, qual era sua experiência em viagens de moto?

Embora pilote motos há cinco anos, só nos últimos três anos que comecei a viajar de moto. Já fiz algumas viagens para cidades do interior paulista e estados do sul do País. Essa viagem pelos estados do Nordeste, Norte e Centro-Oeste, venho a planejando desde 2006.

Como foi o seu planejamento para essa viagem?

Estudei todo o roteiro que me propus a realizar, antes de partir, dia 30/05/2009, já tinha programado todo o trajeto, as cidades que iria percorrer e pernoitar, comprei todas as roupas e equipamentos necessários e fiz uma revisão geral na moto. A Honda Twister 250cc se comportou muito bem, não quebrou nada, foi tudo perfeito com a moto. Realizei a viagem em 12 dias.



Por que resolveu fazer a viagem sozinho e com moto de baixa cilindrada?

Eu prefiro rodar sozinho, assim faço meu próprio ritmo. Por outro lado não acho perigoso rodar sozinho, porque quando estamos só, temos mais cuidado, pilotamos conforme nosso próprio limite, além de termos mais liberdade para fazermos exatamente o que desejarmos. Não é fácil achar amigos que tenham uma boa sinergia conosco para realizar viagens longas de moto.

Já viajar de moto de baixa cilindrada, não foi uma opção minha. A Twister 250cc é a moto que tenho hoje e que pude realizar a viagem. Por outro lado, foi bom ter feito a viagem com essa moto, agora posso provar que para realizarmos uma viagem de grandes distâncias, com estradas e pistas de todos os tipos, podemos sim fazê-la usando uma moto pequena, não precisamos esperar podermos comprar uma moto grande. O importante é realizar nossos sonhos.



Você cruzou lugares bastante 'inóspitos' do Brasil, sofreu algum tipo de problema de insegurança?

Do Rio Grande do Norte para o Pará, fiquei receioso, porque fui avisado por caminhoneiros, pessoas que conhecia nas paradas para comer e abastecer que estava num trecho perigoso, com muitos bandidos e falta de segurança. Mas não aconteceu nada comigo. Acredite se quiser, mas passei por cidades onde o uso do capacete era proibido pelos municípios, por uma questão de identificar quem pilota uma moto, mas sempre usei o capacete na viagem. O único acontecimento 'estranho' que vivenciei, foi ter sido parado por policiais, muito mal vestidos, que não queriam saber de documentos e sim de dinheiro para 'ajudá-los'.

O que mais te surpreendeu nessa viagem?

É muito difícil falarmos de uma ou duas coisas que mais nos chama à atenção numa viagem grande como essa. Mas, quero ressaltar como é impressionante a grandeza geográfica e natural do nosso país, incrível como existem pessoas que vivem na pobreza, mas são cordiais e sempre com sorriso no rosto. Fui bem recebido por todos os lugares que passei, aliás, todos sabemos que viajar de moto gera uma simpatia maior das pessoas.



O que você aconselha para aqueles motociclistas que desejam fazer uma viagem como a sua?

Planeje bem, faça tudo com calma e determinação, parta para a viagem e a realize. Não importa a cilindrada da moto, desde que a mesma o deixe seguro ao pilotar.

MAURO DAMASCENO...OIAPOQUE-CHUI DE MOTO

     11/07/2009. A REALIZAÇÃO DE UM SONHO ANTIGO.    Quando Indagado sobre a minha expedição e o porquê dessa loucura, disse às pessoas que não acreditavam no meu potencial, na minha coragem e determinação em realizá-la, e que com isso tentaram-me desestimular e fazer desistir desse sonho tão antigo e agora tão real, e que está prestes a ser realizado: “Muitas são as razões que me motivam a buscar meus objetivos e a realizar os meus sonhos mais profundos.      Algumas dessas razões são nobres e dignas, outras são emergenciais e até mesmo casuais. Em verdade, o mais importante é que tenho projetos e sonhos realizáveis, metas definidas e firme disposição para persistir sempre.      Distinguir as palavras de otimismo e encorajamento das palavras de desestímulo sempre foi para mim uma tarefa fácil.     Usei, portanto, o bom senso e o discernimento para saber insistir no que realmente vale à pena, e naquilo que eu queria realmente, sem me deixar acovardar pelos discursos pessimistas das pessoas de pouca fé, projetei e realizei minha expedição sem, no entanto dar ouvidos aos desacreditados e pessimistas, viajei durante 118 dias, pelos caminhos do Brasil em uma motocicleta FALCON NX 400C(HONDA). Visitei e conheci todas as capitais Brasileiras, ilha de Marajó, Distrito Federal (Brasília), e ainda as principais cidades Brasileiras que estavam na minha rota pré-definida, segui em frente com muita fé, determinação e coragem, e graças a DEUS, fui, vi e venci minhas limitações. De volta ao aconchego do lar, recebi o amor e o carinho das minhas filhas (Bruna e Dani) depois de uma longa ausência; sei que há novas fronteiras a serem atingidas, novas estradas a serem percorridas, muitas barreiras a serem quebradas, e muitas etapas a serem vencidas, enquanto os nossos sonhos não forem limitados".    “Nada na vida esta realmente em nossas mãos... mas tudo está diante das nossas possibilidades, e é a possibilidade que me faz continuar e não a certeza. Uma espécie de aposta da minha parte. E embora possam me chamar de sonhador, louco ou qualquer outra coisa, acredito que tudo na vida é possível e realizável...”                                 EXPEDIÇÃO PRIMAVERA 2009-OIAPOQUE - CHUI. NOS CAMINHOS DO BRASIL.                          Depois de dezoito anos de sonhos, e mais dois anos de planejamento, finalmente iniciamos a expedição primavera 2009-Oiapoque-Chui, nos caminhos do Brasil, no dia 11/07/2009 as 08h00minhs em ponto, saímos de Primavera do Leste - MT em direção a primeira capital do país, a ser visitada: Cuiabá.      Após visitar Cuiabá rumamos para Porto Velho no estado de Rondônia. No caminho belas paisagens, muito verde e muita água faziam parte do contexto, fizemos uma breve parada em Vilhena, onde fomos recebidos pelos irmãos do Brazil rider’s (Totto e Beto) (www.brazilriders.com.br)um moto clube virtual, mas com uma estrutura real, com integrantes de todo o Brasil, do qual também fazemos parte e que sem dúvida alguma, os irmãos BR’S foram os principais responsáveis pelo sucesso da expedição Primavera 2009-Oiapoque-Chui. E desde já quero prestar meus agradecimentos à todos os irmãos pelo apoio recebido.      De Porto Velho onde fomos recebidos pelos irmãos Riders, Papa-Léguas e Mad-Max rumamos para Rio Branco no estado do Acre, fomos recebidos pelos irmãos Riders Karioca e Paulo Navarro, Rio Branco é uma capital com ares de cidade interiorana, mas muito aconchegante e com gente sorridente e alegre recebendo a todos com um largo sorriso nos lábios. De volta a Porto Velho fizemos a revisão nas motos e seguimos com destino á Humaitá no Amazonas, esse trajeto foi considerado um dos mais belos e perigosos da expedição em virtude dos animais que cruzavam a rodovia constantemente, e também, pelas paisagens avistadas, muito verde e uma selva quase que intacta nos acompanhou durante o percurso até Humaitá.      Pernoitamos em Humaitá e no dia seguinte após abastecer as motos, comprar alimentos  e  água,  compramos também gasolina  extra para transpor o percurso de aproximadamente 700 km de selva, entramos na tão temida BR 319(Humaitá-Manaus). Esse sim foi o trecho mais perigoso de toda a expedição. Uma rodovia abandonada no meio da selva Amazônica sem recursos, com pouco alimento e quase nenhum habitante. No primeiro dia rodamos 250 km e pernoitamos acampados, em  uma das torres da Embratel (estação Brasil) dormimos em barracas, nos alimentamos de pão, lingüiça e água. Na manhã seguinte saímos com o raiar do sol e nesse dia bebemos sómente água de igarapé e comemos algumas bolachas de água e sal, chegamos a um acampamento do exército Brasileiro no final da tarde, e ali pernoitamos, nesse dia rodamos aproximadamente 200 km.      No terceiro dia dentro da selva pegamos muita chuva e lama, e ali os tombos foram inevitáveis. A selva é quente e úmida o que faz aumentar o calor e sensação térmica chega aos 45 graus, nossa única fonte de água eram os rios e igarapés, nessa tarde chegamos á Manaus. Atravessamos o rio Solimões e pudemos presenciar o encontro das águas do rio Solimões com o rio Negro, formando o rio Amazonas. Em  Manaus fomos recebidos pelo irmão riders Shigueo e Permanecemos dois dias, desfrutamos da culinária local e conhecemos um pouco da cultura amazonense, que além de bela é riquíssima. A fauna da região amazônica e a flora são inigualáveis e creio que não existe nada tão vasto, belo e rico em todo o planeta terra.      Na manha do terceiro dia já em companhia dos irmãos motociclistas Falcões de Aço de Volta Redonda-RJ, seguimos até presidente Figueiredo onde pernoitamos e na manhã seguinte seguimos rumo á Boa Vista, capital do estado de Roraima. Lá fomos recepcionados novamente pelos irmãos riders. No dia seguinte os irmãos falcões seguiram viagem para a Venezuela, nos despedimos felizes pelos novos amigos conquistados e fomos visitar outro amigo (Miguel levino persch) em sua fazenda próximo a cidade de Alto Alegre.     No dia seguinte de volta á Manaus, pegamos um navio com destino a Santarém. Viajamos quase dois dias desfrutando as maravilhas do rio Amazonas, cardumes de botos e belas paisagens emolduradas pelo pôr-do-sol fizeram esse dois dias embarcados em um navio singrando ás águas do rio Amazonas inesquecíveis, em Santarém fizemos um breve descanso conhecemos a cidade, visitamos alguns amigos e a tarde pegamos outro navio com destino a Macapá. Chegamos a Macapá depois de dois dias de uma viagem inesquecível pelas águas do rio Amazonas. Em Macapá fomos novamente recepcionados pelos irmãos riders (Clésio), nos acomodamos em um hotel, e no dia seguinte rumamos para a cidade do Oiapoque. pernoitamos em Calçoene,e  lá visitamos a única praia do estado.um lugar paradisíaco sem igual,em seguida pegamos  a  estrada novamente com destino  ao  Oiapoque.       Chegamos ao Oiapoque, nosso primeiro objetivo da expedição, no extremo norte do Brasil, à tarde debaixo de uma forte chuva e mais de 200 km de estradas de terra. Pernoitamos ali, conhecemos a pequena cidade onde o Brasil começa e na manhã seguinte retornamos á Macapá.      Em Macapá visitamos o marco zero e algumas outras atrações e novamente embarcamos com destino á Belém     Fomos recebidos em Belém pelo irmão BR’S (Alex Reis Menezes) a quem sou grato pelo apoio e pelos escritos que farão parte do livro, e parabenizar também o trabalho desenvolvido pelos expedicionários do Pará, um trabalho social louvável de grandes pessoas que são, e que descrevo em meu livro com muito orgulho. Parabéns Alex e irmãos expedicionários do Pará pela brilhante iniciativa, e que DEUS na sua infinita bondade e misericórdia abençoe a todos vocês. Visitamos o mercado ver- o- peso, e tantas outras belezas da cidade de Belém, além da magnífica Ilha de Marajó, um lugar paradisíaco, e de uma beleza exuberante. Depois de fazer a revisão e trocar o pneu traseiro das motos seguimos viagem com destino a São Luis no Maranhão. Aqui a paisagem já começa a mudar, a selva vai dando espaço a uma vegetação menos densa e já se começa a sentir no ar um cheiro gostoso de caju, alíás o nordeste todo tem um aroma gostoso de caju. Em São Luis fomos recebidos novamente pelos irmãos BR’S (Expedito) e ali desfrutamos de alguns dias de praia, sol e mar, deixamos o litoral e seguimos rumo a Teresina no Piauí, onde fomos recepcionados pelos irmãos riders (Bambu) e os bodes do asfalto. Teresina é uma capital interiorana e ao mesmo tempo majestosa, com belas avenidas e arquitetura moderna. Chegando ao Ceará começamos a trafegar por estradas consideradas por nós as piores do país, fomos recebidos novamente em fortaleza pelos riders e pelos bodes do asfalto (Carlos Oliveira (CBOB). Permanecemos três dias em fortaleza e pudemos conhecer bem a capital Cearense. Belas praias e muito sol fazem desse estado um dos mais belos, e quentes de todo o nordeste Brasileiro, a meu ver.      Saímos cedo em direção a Natal, o cenário aqui é belíssimo uma vegetação típica do semi-árido cobre toda a extensão de terras. No caminho pernoitamos em canoa quebrada uma das mais belas praias que conhecemos no percurso. Chegamos a Natal no dia seguinte e fomos recebidos novamente pelos irmãos riders, (Graça e seu esposo Roberto, e Belarmino) que nos deram as boas vindas, levando-nos para conhecer toda a cidade, ali ficamos por mais dois dias desfrutando as maravilhas de Natal. Em seguida rumamos para João Pessoa capital da Paraíba, onde novamente fomos recebidos pelos irmãos riders. conhecemos cabedelo e lá vimos o por  do  sol mais belo da viagem agraciados pelo som de um sax maravilhoso. No fim da tarde, o pôr-do-sol ao som do bolero de Ravel, na praia fluvial do jacaré, é um verdadeiro espetáculo, contemplado todos os dias por centenas de pessoas.      Seguimos viagem para Recife, passamos por Olinda e desfrutamos as belezas da cidade, um patrimônio cultural inigualável, conhecemos as belezas de Recife e fomos direto para porto de galinhas, onde ficamos por mais dois dias, Descansando e apreciando as belezas do lugar.        Saímos com destino a Maceió, chegamos à tarde, e fomos recepcionados pelo casal de amigos Sérgio Vaz e sua esposa Eliane, desfrutamos da sua hospitalidade por dois dias, e conhecemos as belezas da cidade, seguimos viagem pela manhã do terceiro dia com destino a Aracaju, onde fizemos uma breve parada. Dois dias após retomamos a viagem seguindo pela linha verde com destino a Salvador. A linha verde é considerada uma das mai s belas rodovias do país, é simplesmente lindo, enche os olhos de tanta beleza, vastos coqueirais, o verde azulado do mar, tudo na mais perfeita sincronia com a natureza.      Em Salvador fomos recebidos pelo irmão BR’S, (Chico). Salvador foi uma das capitais que mais tempo ficamos, ali pudemos revisar as motos, descansar, conhecer vários pontos turísticos, saborear a culinária inigualável da Bahia e aproveitar belas praias. Tudo se vê e se prova na Bahia, uma terra de magia e encantos.       Ficamos hospedados por alguns dias na casa dos meus primos Robinho e Adriana em Lauro de Freitas, e após seis dias de descanso, pegamos a estrada com destino a Palmas no Tocantins. Nesse percurso o sol castigou muito nossa pele, o sertão baiano é muito precário e ali a necessidade de sobrevivência faz com que você seja realmente forte e determinado. Uma das belezas do local é a chapada diamantina, um verdadeiro oásis nesse sertão desértico.      Chegamos a Palmas após dois dias de viagem, fomos recepcionados por amigos (Família Variani) e desfrutamos a beleza e o calor da mais nova capital da federação. Uma cidade planejada, promissora e aberta á todos que desejam uma oportunidade.      De Palmas seguimos para Goiânia, onde os irmãos BR’S (Marchetti e Ricardo) novamente nos recepcionaram, uma breve passagem por Goiânia e no dia seguinte seguimos para Brasília onde participamos do nono encontro motociclistico nas proximidades do estádio Mané garrincha. Fomos recebidos pelo irmão BR’S(Raimundão),e Ali fomos agraciados com um troféu pela iniciativa, coragem, determinação e ousadia em realizar tamanha façanha.      Seguimos no dia seguinte para Belo Horizonte, nesse trajeto que fizemos em dois dias, em virtude de a estrada ser muito sinuosa, descobrimos belezas raras, que fazem parte da história do Brasil. fomos recebidos em Belo Horizonte pelo irmão Lindemberg (bodes do asfalto) e ficamos alojados na sua casa por dois dias desfrutando das belezas de Belo Horizonte e de uma cachaça autêntica de Minas Gerais. Seguimos dali para Vitória no Espírito Santo, onde novamente fomos recebidos pelos irmãos riders (Fábio, Anselmo, Boró, Geraldo e Biffi) e por ali ficamos por mais dois dias aproveitando as delícias e belezas da capital capixaba. Em seguida rumamos para o Rio de Janeiro. Nesse percurso a  chuva já começou a  castigar e dali em diante até  o  final da expedição seria  a  nossa companheira constante nos caminhos  do Brasil.no Rio de Janeiro fomos novamente recebidos e  acomodados pelos irmãos BR’S,(Formigão e Dennis)fizemos um tour pela  cidade maravilhosa de  dois dias e  em seguida fomos para Volta Redonda a cidade do aço,onde nos  encontramos  novamente com os  irmãos Falcões de  Aço e  ali permanecemos por mais  cinco dias desfrutando da  sua  hospitalidade e  aguardando  o  encontro de motociclistas realizado por  eles.      Novamente na estrada com destino a São Paulo, fizemos uma breve parada em Aparecida, para pedir as bênçãos de nossa senhora padroeira do Brasil e dos motociclistas. Chegamos á capital paulistana debaixo de uma forte tempestade e fomos recebidos já na entrada da cidade pelos irmãos riders (Carlinhos e Beto Sampa) e em sua companhia permanecemos mais três dias, conhecendo as belezas da capital paulistana, que são muitas. No inicio do quarto dia descemos a serra passamos por Santos, e chegamos á Curitiba, capital paranaense, o trajeto foi quase todo percorrido novamente debaixo de muita chuva. Em Curitiba onde fomos recebidos pelos irmãos BR’S e pelos bodes do asfalto (Leonel, Robson e Maçaneiro), participamos de um passeio moto ciclístico até Vila Velha, em comemoração ao aniversário do corpo de bombeiros do Paraná. Permanecemos na capital Paranaense por três dias e seguimos para Florianópolis, a capital catarinense. um breve tour pela  ilha e  fomos para Palhoça onde fomos  recebidos e desfrutamos da  hospitalidade do grande motociclista “gau” fundador  do Brazil Riders .     “gau” já percorreu o mundo de motocicleta e tem mais de um milhão de km rodados em cima de uma motocicleta. ( Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.). Este por sua vez nos parabenizou pela coragem e ousadia em realizar tal façanha, e nos incentivou para que não parássemos de viajar.      De Palhoça seguimos com destino a Porto Alegre, mas não sem antes subir a tão temida e famosa serra do Rio do Rastro próximo á São Joaquim. Chegamos a Porto Alegre na tarde de um domingo percorremos a capital e seguimos para Pelotas onde próximo dali pernoitamos e no dia seguinte bem cedo rumamos com destino ao Chuí.      Chegamos ao Chuí, o ponto extremo ao sul do país, ficamos por ali mais dois dias registramos nossa passagem e voltamos para o interior do Rio Grande do Sul, agora com destino á Campo Grande, nossa última capital antes de chegar a casa. O frio e a chuva já haviam nos castigado bastante e o cansaço agora era visível, em Cascavel meu parceiro de viagem por motivos alheios a sua vontade teve que seguir viagem.       Permaneci mais alguns dias matando a saudade dos pais, amigos e familiares, fui recepcionado pelos irmãos Riders e Cobras do Asfalto, Jair Duarte, fadanelli, Miguel Persch e muitos outros e no final de uma semana segui para Campo Grande-MS. Ali chegando, fui recebido pelo meu grande irmão motociclista Major Moura, integrante do moto clube Falcões de Aço - RJ registrei a passagem e fui pescar no pantanal a convite de um velho e grande amigo Sidney Dal Bosco, permaneci em seu rancho no pantanal por mais de uma semana. pude relaxar,descansar e  curtir boas pescarias em companhia de grandes amigos.      No dia 05 de novembro sai de campo grande debaixo de uma forte tempestade e cheguei a casa por volta das 17hs, percorrendo assim aproximadamente 30. 000 km, nos caminhos do Brasil, do Oiapoque ao Chuí. Foram 118 dias de emoções, saudades, lagrimas e sorrisos, amigos e mais amigos, uma experiência impar sem igual que todos deveriam um dia experimentar, ao menos que fosse uns poucos quilômetros, mas deveriam.       O trajeto todo foi feito com duas motos falcon (Honda)nx400cc, que na minha opinião são as melhores máquinas para qualquer tipo de estrada e aventura, principalmente se tratando de uma viagem tão longa, as motos superaram a expectativa e vencemos as distâncias e as dificuldades apresentadas, é realmente lastimável que a Honda tenha descontinuado sua produção, esperamos que repensem e analisem e que possam num futuro próximos trazê-las de volta. Obrigado á todos os irmãos motociclistas, aos amigos, colaboradores, patrocinadores e familiares, que direta ou indiretamente colaboraram para que a expedição tivesse o sucesso almejado.     As peripécias dessa aventura estão relatadas no livro, ”NA SOLIDÃO DO MEU CAPACETE... A VIAGEM” que espero publicar em breve tão logo consiga patrocinadores, abaixo o prefácio da obra. PREFÁCIO DO LIVRO.                                    Na Solidão Do Meu Capacete... A Viagem.       Arrumo a bagagem, faço uma breve oração pedindo proteção ao pai divino, antes de ligar o motor converso com a minha moto, trato-a como um cavalo manso e dócil, e peço-lhe que me leve longe, muito longe... Na garupa leve do vento macio, sempre no mesmo passo, como um sonho bom. Ligo o motor, um ronco suave e ritmado, me remete á pensamentos mais íntimos, e permaneço ali por alguns instantes imerso em minhas lembranças e devaneios, afivelo o capacete, acelero a moto e pego a estrada. É sempre bom descobrir novos ares, sair do lugar comum, ou simplesmente rever lugares que já conhecemos abraçar velhos amigos que á tempos não vemos, e fazer novos amigos sem distinções, deixando pelos caminhos amigos sorrisos e valores e trazendo comigo também, amizades, sorrisos e valores, talvez resgatados em uma memória esquecida pelo próprio tempo, e para quem acha que cada viagem é única e se torna inusitada, concordo plenamente, é muito bom partir para uma longa viagem, porém, é melhor ainda, retornar ao "seio do lar", dos nossos familiares e amigos e da nossa bela cidade de primavera do leste, trazendo na bagagem novas experiências, novos sentimentos, novos amigos, novos amores e muitas saudades. Uma longa viagem pode mudar a cabeça da gente, e muda.         Adquirimos com ela várias experiências, muitas delas sensoriais, outras apenas no silêncio dos pensamentos perdidos, alheio a quase tudo, pilotando a moto sozinho, ali na solidão do meu capacete vou mentalizando e escrevendo meu livro, já envolvido antecipadamente pela atmosfera do inusitado, do imaginário, do novo e da mudança. Vou fazendo uma reforma intima em meus pensamentos, buscando o porquê de tantos erros e acertos, de tantas idas e vindas, tantos relacionamentos desfeitos, tantos amores que se foram tantos porquês... Uma longa viagem rumo ao desconhecido, alcança lugares muito mais remotos que um imaginável continente longínquo, fazer uma longa viagem é antes de mais nada, fazer uma jornada para dentro de nós mesmos, visitando o nosso próprio ego. Fazer uma longa viagem não requer na bagagem, apenas produtos de higiene, comida ou vestimentas, mas sim um espírito forte, determinado e necessitado, buscando algo mais para a sua realização plena, e quem sabe descompromissado e cheio de expectativas quanto a tudo o que vive fora da sua vida habitual e do seu cotidiano, além de ensinamentos que consegue reconhecer nas pequenas coisas, como o aroma exalado por uma flor exótica, adormecida pelos raios de um pôr-do-sol mental, a remexer todos os cantos possíveis da alma sonhadora do viajante... Uma paisagem paradisíaca, única talvez... Uma noite de luar, onde somente a lua é a nossa companhia constante... O frescor do vento acariciando o rosto, e purificando a alma do viajante por completo... Um sabor inigualável de uma especiaria rara, experimentada em algum lugar distante... Uma vida que parece passar rapidamente no movimento daquele que vai... O som suave da saudade simples, serena e sincera, abafada apenas pelo ronco do valente motor da motocicleta, mesmo diante da explosão de vontade nessa busca desmedida de quem trilha um caminho solitário...      Quem viaja sente tudo tão perfeito e experimenta a grandeza de poder questionar: o que busco? O que faço quando encontrar? E se não encontrar? A poesia presente na vida fica mais clara, a presença de DEUS fica mais forte e marcante, o universo nos envolve por completo, a liberdade abre suas asas sobre nós, o cuidado e o carinho com as pessoas ganha um novo significado, ficamos mais emotivos, a consciência dos erros e dos acertos também aflora na alma.      Quem viaja, sente-se despojado dos laços que o prendem a compromissos, obrigações, e horários, e tem a certeza de voltar, nunca ao mesmo ponto, nunca do mesmo jeito, mas tem a certeza plena de voltar renovado, reconhecível, somente em suas mais primitivas características. Quem viaja, vai e fica deixando a si mesmo no destino final. Contudo, a viagem será sempre necessária enquanto houver caminhos, enquanto os ventos que açoitam nossos cabelos forem favoráveis, enquanto for desejada, enquanto houver sonhos e estradas a serem percorridas, pois os sonhos não envelhecem nunca; e enquanto houver lugares a serem descobertos e amigos a serem conquistados, enquanto houver uma realidade plena, enquanto houver vida e um espírito pulsante dentro de um corpo aventureiro, enquanto ainda houver um motociclista aventureiro apaixonado pela vida e apaixonado por viver.      Viajar é viver, no sentido verdadeiro da palavra, viajar é não morrer, pois quando de mim não mais restar à matéria, restará ainda pelo menos um pouco do meu espírito aventureiro e algumas lembranças a serem revividas na memória longínqua da saudade. "essa é a minha vida e por mais que eu teime não sairei vivo dela, portanto quero vivê-la intensamente e não apenas existir, não quero passar por ela em brancas nuvens sem nada realizar de grandioso ou algo de que eu possa ser lembrado e, até quem sabe fazer com que alguém sinta orgulho do meu feito, sem ao menos eternizar na memória daqueles que me amaram uma lembrança saudosa da minha existência aqui na terra”. (Damasceno).

8/6/2009 - Viagens de RENATO LOPES

Viagens de Renato Lopes

' Caros amigos motociclistas, estou divulgando aqui, o endereço do site onde todos podem conferir relatos de viagens, fotos e outras notícias relacionadas. Nesse endereço também colocamos a disposição o livro Motociclistas nas rutas do Cone Sul . '
Confira:
www.renatolopesmotoviagem.com
Entre em contato e divida conosco muitas histórias de viagens e aventuras.
 
Fraterno motoabraço
Renato Lopes
Santa Maria - RS
 

Casal Larga Tudo e Imigra de Moto para os EUA - 2007

Título: Casal Larga Tudo e Imigra de Moto para os EUA - 2007
Revista: Duas Rodas
Ano: 2007
País: 3 Américas (Sul, Central, Norte)Região: Alaska - EUA
Cidade: Flórida
Allamo Laprano Moraes

 

Assafrão: Brasil/Argentina/Uruguai/Paraguai em 2007

6.600 KMS DE MOTO PELO SUL DO BRASIL, URUGUAI, ARGENTINA E PARAGUAI. (2007)       Depois de um ano de trabalho, mais uma vez chegaram as nossas esperadas férias. E como de costume, eu, Gilmar Calais Assafrão, e minha esposa, Simone Neto de Sousa Assafrão, colocamos nossa moto “XT 600 E” na estrada, nesta vez em uma viagem de 6.600 kms pelo Sul do Brasil. Também pela primeira vez, dando uma especial atenção a esta viagem, viajamos pelo Uruguai e Argentina e conhecemos também como capitais Montevidéu e Buenos Aires.      A primeira incursão internacional sobre as rodas, um antigo sonho meu, apesar de uma perspectiva pequena, se mostrou muitíssimo interessante, sobre todos os aspectos. Foi muito gratificante conhecer um pouco da cultura, hábitos e costumes dos nossos vizinhos. Além disso, dismistifiquei os antigos conceitos que prevêem a mudança de costumes, documentos, idioma, hospitalidade, outras funções, comum em “marinheiros de primeira viagem”, como nós.      Uma outra coisa que não chegou a ser um obstáculo, pois foi apenas uma constatação do que já foi lido em outros viajantes, mais deixou-nos muito felizes. Foi à cordialidade e simpatia do povo Uruguaio e Argentino em geral. As vezes, sem exceção, em nossa viagem que precisa de algum tipo de informação ou de ajuda, já estamos prontamente atendidos, tanto no Uruguai, como na Argentina.      Nesta nossa viagem, como fantasias, as preciosidades já foram uma vez mais o prazer de encontrar os sermos carinhosamente recebidos, por alguns dos nossos amigos do “Clube XT600”, em algumas cidades por onde passamos. Na segunda parte da viagem, Luke & Cláudia e Luis Bombeiro & Lení. Estes amigos, também foram chamados através deste maravilhoso mundo virtual das duas rodas, que é o site - “www. XT600.com.br ”.  Abaixo, segue um resumo dia-a-dia em nossa aventura sobre duas rodas:  24-02-2007 (sábado) - A ansiedade tomava conta, and na noite anterior a viagem, praticamente não dormido. My mother, how ever, veio se despedir da gente. O tempo estava bom e saímos por volta das 7:00 hs. Pegamos 17 kms da Rod. Washington Luiz, depois Linha Vermelha e finalmente um Dutra, todas com asfalto impecável. Depois de cerca de 350 kms rodados, encontramos em São José dos Campos / SP, o casal de amigos Luis Bombeiro e Lení, que saíram de Parati / RJ. Seguiu-se em São Paulo / SP, onde também se encontraram outros amigos, Luke & Claudia, que aguardavam ansiosos nossa chegada. Depois de um almoço na casa dos pais de Cláudia e família, seguimos viagem, passando pelo vício de São Paulo e pegando uma vara. Regis Bitencourt. Após rodarmos cerca de 350 kms de São Paulo / SP a Registro / SP, resolvemos pernoitar nesta cidade. O hotel foi do mesmo que já se apresentou na minha viagem ao Sul em 2004. À noite, saímo junto para comer pizza, acompanhada de algumas cervejas.  25-02-2007 (Domingo) - Saímos do hotel por voltas das 9:00 hs da manhã. O dia estava perfeito para viajar de moto, com sinal não muito forte e nem sinal de chuva. Logo chegamos à divisa SP / PR, onde paramos algumas fotos. Após 80 kms, outra parada obrigatória no pórtico da entrada da Serra da Graciosa para mais fotos. Descida esta bela estrada, que é uma das mais belas do Brasil, além de ser uma opção mais interessante para quem viaja até o Sul do país, evitando passar por Curitiba. Na descida, paramos fotos para fotos, tamanha a beleza do local. Passos por São João da Graciosa / PR e Morretes / PR, onde paramos para almoçar. A comer o tradicional barreado, mais acabado por um delicioso peixe grelhado (o preço é que não foi muito delicioso). Após o almoço, pegamos novamente a estrada, tirando as belas litorâneas de Matinhos / PR e Caiobá / PR, onde pegamos uma balsa em direção a Guaratuba / PR. Após mais 14 kms, chegamos a divisa PR / SC, onde mais paramos para mais algumas fotos. A primeira cidade Catarinense foi Garuva, onde também encontramos uma BR-101, duplicada e com asfalto excelente. Chegamos em Blumenau por volta das 20:00 hs, e logo telefonamos para o nosso amigo do Clube XT600 Renato Bigode. Aconselha-se a comer em casa o posto de gasolina na sua unidade, e todos os seus horários de casa, onde a cerveja é cheia de água da piscina, acompanhados do Bigode e família. onde também encontramos uma BR-101, duplicada e com asfalto excelente. Chegamos em Blumenau por volta das 20:00 hs, e logo telefonamos para o nosso amigo do Clube XT600 Renato Bigode. Aconselha-se a comer em casa o posto de gasolina na sua unidade, e todos os seus horários de casa, onde a cerveja é cheia de água da piscina, acompanhados do Bigode e família. onde também encontramos uma BR-101, duplicada e com asfalto excelente. Chegamos em Blumenau por volta das 20:00 hs, e logo telefonamos para o nosso amigo do Clube XT600 Renato Bigode. Aconselha-se a comer em casa o posto de gasolina na sua unidade, e todos os seus horários de casa, onde a cerveja é cheia de água da piscina, acompanhados do Bigode e família.  26/02/2007 (Segunda) - Na parte da manhã ao centro de Blumenau, eu, Luke, Bigode e Bombeiro, para uma pequena manutenção na moto do Bombeiro. Ficando muito bem impressionado com uma beleza e organização de Blumenau. Parabéns! O nosso almoço foi um delicioso churrasco, mais uma vez a beira da piscina, acompanhado de muitas cervejas e deliciosas caipirinhas preparas pelo Mestre Bigode. Neste dia, tivemos uma companhia de outro amigo do Clube XT, o Rubens Blumenau. Rubens, convidou-os a ir para a casa para uma confraternização, onde também foram convidados outros amigos do Clube XT de Blumenau. Nesta confraternização, em que fui muitíssimo bem recebido pelo Rubens e sua esposa Marisa, estavam eu, Simone; Bigode, Coca; Bombeiro, Lení; Clândio, Rejane e filho, Carlos “Mac Doador”; Wilson K, Ivone. Uma conversa, foi regada a muita cerveja e uma deliciosa macarronada, o tema principal, como não se pode deixar de ser, foram viagens, motos e o Clube XT. Terminamos esta noite com um passeio de moto pela belíssima Blumenau.  27/02/2007 (Terça) - Começa com um pouco de preguiça e ressaca do dia anterior. Lucas e Cláudia seguiram para Urubici / SC, onde marcam os dados no dia seguinte. Preparar um churrasco para o almoço, pela tarde, e depois para Balneário Camboriú / SC, eu, Simone; Bigode, Coca; Bombeiro, Leni. No caminho, passamos em Ilhota / SC, para visitarmos um pólo de lojas de confeitaria que existe. Os preços são muito convidativos, e fizeram uma alegria da mulherada. Saímos de ilhota e seguimos até a BR-101 em Itajaí / SC, depois passei pela rodovia turística Interpraias. Esta pequena rodovia, em que o nome já está tudo, é belíssima, e por isso ela chegou na praia do Estaleirinho, onde passou a tarde em um pequeno inverno bateu este paraíso do litoral catarinense. No final do dia, ainda saboream uma deliciosa Anchova grelhada com molho de camarão. Na volta, passamos pelo centro de Balneário Camboriú, muito bonito, limpo e organizado. Nesta cidade, é também o número de turistas Argentinos, que fazem à alegria do comércio local.  28/02/2007 (Quarta) - Depois de uma noite na estrada novamente. E após as despedidas do casal de casal, que nos receberam, Bigode e Coca-Cola e também Bombas e Lenços, que de Blumenau voltariam ao Rio de Janeiro. Seguimos a viagem pelo interior de Santa Catarina em direção a Uribici. Para quem não conhece Uribici, esta cidade fica situada na região da serra de Santa Catarina, próximo a São Joaquim, no alto da Serra do Rio do Rastro. No caminho, passamos pelas belas paisagens a beira da estrada e pelas cidades muito bonitas e bem cuidadas, como o Rio do Sul, Ituporanga, Alfredo Wagner, entre outras. Chegamos em Urubici por volta do meio dia, onde almoçamos em um restaurante simples, mais com uma comida muito boa e barata, indicado pelo frentista do posto de gasolina onde havêm havecido abastecido. Após o almoço, seguimos por uma estrada de chão de 12 kms até o asfalto que leva até o alto do Morro da Igreja. A vista do morro é belíssima, há algumas gravações em algum momento, tirando fotos e tirando algumas fotos, até a chegada de um disco nevoeiro, que forçou a nossa descida mais rapidamente. De volta a cidade, faça novamente nossos amigos Luke e Cláudia e resolvemos ficar hospedados no mesmo hotel em que estavam. Acho que o melhor hotel da cidade por módicos R $ 63,00 s diária de casal. Imperdível !!! Ao contrário de Blumenau, foi muito calor, em Uribici ficou um friozinho agradável, convidativo para uma boa noite de sono. E foi o que possibilitou uma saída pela cidade para comer alguma coisa, que foi abreviada pelo começo de uma chuvinha fina.  01/03/2007 (Quinta) - Neste dia, desceríamos à famosa Serra do Rio do Rastro, um dos nossos pontos mais altos de viagem e de onde seguiríamos para Torres / RS, onde iríamos conhecer como famosas falésias. Luke e Cláudia iriam nos acompanhar até Torres / RS, e de lá voltariam ao Rio de Janeiro. Logomarca de Urubici Após o café da manhã e após uns 60 kms rodados, chegamos ao começo da descida da famosa Serra do Rio do Rastro. Este ponto, existe uma área com um mirante de onde pode-se ver toda a estrada que desce a Serra com suas inúmeras curvas. Ao mesmo tempo, pode-se ver com tempo bom, o litoral de Santa Catarina. Uma paisagem, vista deste local e de qualquer olho, tamanho a beleza. A descida da Serra foi bem devagar, devido às curvas e às várias imagens para fotos, inclusive de um macaco, ao lado da estrada, sem muito se importar com a nossa presença. Após o término da descida do clima mudou radicalmente, a temperatura do alto da Serra mudou para um Sol forte e um calor de uns 36 graus. Passos por Lauro Muller, Urussanga, Criciúma e pegados a BR-101 (que está sendo duplicada neste trecho), com trânsito pesado e muitos caminhões. Chegamos no começo da noite em Torres / RS, e achamos um hotelzinho bom e barato. À noite, fomos comer uma caldeirada de peixe à beira-mar com algumas cervejas, que ninguém é de ferro (Ô vidinha mais ou menos). com trânsito pesado e os outros caminhões. Chegamos no começo da noite em Torres / RS, e achamos um hotelzinho bom e barato. À noite, fomos comer uma caldeirada de peixe à beira-mar com algumas cervejas, que ninguém é de ferro (Ô vidinha mais ou menos). com trânsito pesado e os outros caminhões. Chegamos no começo da noite em Torres / RS, e achamos um hotelzinho bom e barato. À noite, fomos comer uma caldeirada de peixe à beira-mar com algumas cervejas, que ninguém é de ferro (Ô vidinha mais ou menos).  02/03/2007 (sexta) – Saímos o quatro bem cedo para um pequeno passeio pela cidade e para conhecermos o Parque da Guarita, onde ficam as famosas falésias, que são torres ou pequenos canyons, que terminam a beira do mar. O visual do alto destes morros é fantástico ! Para se chegar ao alto, caminha-se por uma pequena trilha até o começo de uma escadaria de pedras que leva ao topo do morro. A subida e bem “light” ! Após ficarmos algum tempo contemplando o visual, voltamos para o hotel para arrumarmos as bagagens e voltarmos para a estrada. Infelizmente, também havia chegada à hora de nos despedirmos do casal de amigos Luke e Cláudia. Pois eles dali voltariam para casa, e eu e Simone seguiríamos em direção a Gramado e Canela, nosso próximo destino na Serra Gaúcha. Após as despedidas, saímos de Torres por uma rodovia a beira-mar, paralela a BR-101, até a cidade de Terra de Areia/RS, onde pegamos à nova rodovia Rota do Sol, que liga o litoral Gaúcho a Caxias do Sul/RS. Chegamos a Gramado no meio da tarde com chuva fina e neblina. Lá ficamos hospedados no hotel do SESC, que fica situado na avenida que liga as duas cidades. Após nos instalarmos no hotel, aproveitamos o final da tarde para visitarmos o museu do automóvel, localizado na mesma avenida. Como o tempo piorou, com uma chuva mais forte e muita neblina, resolvemos não sair nesta noite e ficarmos no hotel aproveitando a piscina térmica.  03/03/2007 (sábado) – Nossa intenção era aproveitar este dia para conhecer o máximo possível das belezas de Gramado/Canela. Pois tínhamos a intenção de seguir viagem na manhã do dia seguinte rumo a Rio Grande/RS, no extremo Sul do Brasil. Mais uma vez, saímos bem cedo, logo após o café da manhã. Nossa primeira parada foi no famoso pórtico da entrada de Gramado para algumas fotos. Depois seguimos para o centro de Canela, muito bonito, limpo e organizado. De lá fomos para a Floresta Encantada, que é um parque com uma imensa área verde, onde fica o famoso teleférico com 415 metros de extensão. Neste teleférico fizemos um passeio até o alto de uma colina, onde existe um mirante, com uma vista privilegiada de toda a região, e onde se vê ao longe a famosa Cachoeira do Caracol. Na outra extremidade do teleférico, chega-se a um riacho, em um belo trajeto que desce um vale, cercado de hortências por todos os lados. Depois deste passeio, seguimos para o Parque Estadual do Caracol, onde fica situada a cachoeira, em uma reserva florestal, com trilhas pela mata, passeio de trenzinho, elevador panorâmico, etc. Andamos bastante no parque e tiramos inúmeras fotos, e principalmente da cachoeira, com sua queda de 131 metros e beleza ímpar. Lá, também encontramos um casal de Iguaba/RJ, que são pais de um colega meu de trabalho. No começo da tarde, voltamos para o hotel para almoçarmos e fazermos um breve descanso. Por volta das 15:00 hs, seguimos para o centro de Gramado, onde estacionamos a moto, e saímos para explorar as belezas da cidade, que pare ser um imenso cartão postal, com uma nova atração aparecendo em cada esquina e praça, com exposições, lojas temáticas, feiras de artesanatos, etc. Como nem tudo é perfeito, os preços é que são pouco atrativos. Nocomeço da noite, assistimos em uma praça um grupo musical que se apresentava em trajes típicos Gaúchos. Por volta das 9:00 hs, com o começo de uma chuva fina e neblina, seguimos para o hotel e terminamos novamente o dia na piscina térmica, com direito a sauna e hidromassagem.  04/03/2007 (Domingo) – Nos despedimos de Gramado/Canela com um gostinho de “quero mais” e seguimos viagem em direção a Rio Grande, no extremo Sul do estado. Os primeiros 36 kms entre Gramado e Nova Petrópolis seguem por uma bela estrada rodeada de hortências, com muitas curvas (deliciosas de se fazer com a moto), e diversos sítios as suas margens, todos pequenos e muito bem cuidados, que somados as diversas pousadinhas rurais, dão um ar bucólico à região. Em Nova Petrópolis, pegamos a BR-116 em direção a Porto Alegre, muito bem cuidada, mais com pedágio, como todas as estradas da região. Nada lembrando os trechos destruídos desta mesma estrada que atravessamos nos estados de MG e BA, em nossa viagem do ano passado aos Lençóis Maranhenses/MA. Passamos por Novo Hamburgo, São Leopoldo, Esteio e Canoas na região metropolitana de Porto Alegre. No entorno da capital, como em toda cidade média e grande do Brasil, infelizmente vimos muitas favelas e miséria. Depois da capital Gaúcha, a BR-116 se resume a uma grande reta de cerca de 250 kms até a cidade de Pelotas, que fica 50 kms antes de Rio Grande. Ao chegarmos em Rio Grande fomos calorosamente recebidos pelo nosso amigo do Clube XT, João Serra, sua esposa Mariângela e sua filha Lili. O resto da noite foi dedicado a muito bate papo com nossos amigos sobre motos, viagens, Clube XT e o Uruguai. Nosso próximo destino, terra natal do pai do João, e país do qual ele é profundo conhecedor.  05/03/2007 (Segunda) – Saímos com o João de carro, que nos mostrou e contou muito da história de Rio Grande (que é a cidade mais antiga do Rio Grande do Sul) e seus arredores. Começamos o dia visitando as ilhas do Leonídio e Marinheiros (esta foi a primeira produtora de vinhos do Brasil, abastecendo o Rio e São Paulo), que ficam na lagoa dos Patos (que é uma das maiores do mundo), de frente a cidade de Rio Grande; depois o centro de Rio Grande e a cidade também histórica de São José do Norte (onde começa a estrada BR-101), e onde se chega de barco a partir do porto de Rio Grande; Os Moles da Barra, que são dois braços de pedras que adentram o mar com 4 kms e 6 kms de extensão cada e profundidades média de 22 metros, feitos para que os grandes navios cheguem ao mesmo porto; a praia do Cassino, que é a maior do mundo, com cerca de 200 kms, começando em Rio Grande e seguindo até a fronteira do Uruguai. E depois deste agradável dia de passeios pela cidade, em que fomos brilhantemente ciceroneados pelo João, saboreamos uma “deliciosa” moqueca de camarão em sua casa, feita pela sua esposa Mariângela.  06/03/2007 (Terça) – Eu e João passamos toda a manhã no centro de Rio Grande na frustrada tentativa de conseguir tirar a Carta Verde (Seguro internacional de veículos automotores contra terceiros). Porém, em todas as corretoras e bancos que tentamos conseguir o documento, a resposta era sempre a mesma - “Estamos proibidos de fazer a Carta Verde para motos”. Tentamos também obter alguma informação no Consulado do Uruguai em Rio Grande, mais de nada adiantou, pois a única pessoa que se encontrava no Consulado e nos atendeu, sequer sabia ao certo, quais os documentos realmente seriam necessários para entrarmos no Uruguai.         Na verdade, segundo um corretor de seguros de Rio Grande, que demonstrou toda a boa vontade para conosco, mais também nada pôde fazer para nos ajudar. Na reunião entre os presidentes do Mercosul em Ouro Preto/MG, em que foram definidas as diretrizes para o trânsito de veículos entre estes paises membros, ficou decidido que a Carta Verde seria de porte obrigatório somente para carros, caminhões e ônibus, excluindo-se as motos desta obrigatoriedade. Porém, a polícia dos países hermanos, com a intenção de criar dificuldades para vender facilidades (Se é que me entendem). Passou a exigir a Carta Verde dos motociclistas viajantes, o que tornou “informalmente” obrigatório o tal documento para as motos. As seguradoras por sua vez, aceitavam até bem pouco tempo fazer Carta Verde para as motos pelo mesmo preço cobrado dos carros. Até descobrirem agora, que não estava mais sendo vantajoso fazê-lo, em função do grande número de sinistros com os veículos de duas rodas.  Diante deste problema, para nós motociclistas restam três alternativas :  1 – Não fazer a Carta Verde e tentar explicar para o policial, caso ele peça este documento (muito provavelmente ele pedirá), que ele está mal informado, e que a Carta Verde não é obrigatória para motos, assim como, o extintor de incêndio e o triângulo (Quem conhece a fama da policia Hermana, jamais irá optar por esta alternativa).  2 – Fazer a Carta Verde específica para motos, que é caríssima e pouquissímas seguradoras tem interesse em fazer.  3 – Procurar um despachante na fronteira, negociar com ele, comprar e preencher o formulário da Carta Verde com os dados da moto (sabendo que a 2º via deste formulário jamais será enviado para a seguradora). Assim, você terá o papel físico para mostrar para a policia, em caso de exigência. Mais em caso de um acidente, você não contará com qualquer tipo de cobertura. (Optamos por esta alternativa e conseguimos o papel no Chuí em menos de dez minutos).       Depois de decidirmos por esta última alternativa acima com relação à Carta Verde. Almoçamos mais uma vez com nossos amigos João, Manja e Lili, e após uma difícil despedida, onde as lágrimas foram inevitáveis. Pegamos a estrada novamente por volta das 13:00 em direção ao Uruguai. Logo na saída de Rio Grande, em um posto onde paramos para abastecer, encontramos um grupo de motociclistas de Poços de Caldas/MG, que estavam vindo desde Ushuaia com vistosas BMW’s e V’Strom’s . Tentei puxar conversa com eles, interessado na viagem ao “Fim do Mundo” (Um antigo sonho meu), e também a fim de saber deles a impressão que tiveram do Uruguai. Porém, a reciprocidade não foi homogênea, e somente um deles, se mostrou interessado em ajudar-me com algumas dicas. Então, saímos em direção ao Chuí, por uma reta de 200 kms que separam Rio Grande desta cidade. Lá chegando, abastecemos pela última vez no Brasil. Uma quadra após o posto, uma árvore com um canteiro verde e amarelo de um lado e azul e branco do outro, demarca a fronteira internacional entre o Brasil e o Uruguai.      Troquei no lado Uruguaio Reais por pesos Uruguaios, achei interessante o tamanho das cédulas, bem maiores que as brasileiras, e o valor nominal (R$ 750,00 foram trocados por 7.950 pesos Uruguaios). Na Aduana Uruguaia, situada 3 kms após o centro do Chuy, os trâmites foram rápidos e fáceis. São exigidos somente a cédula de identidade Brasileira (expedida pela secretaria de segurança pública dos estados), e os documentos da moto em nome do condutor. Nenhuma taxa nos foi cobrada e todos os funcionários foram simpáticos e solícitos. Estávamos agora na Ruta 09, com pista de mão dupla e asfalto impecável. Depois de cerca de 10 kms rodados, esta mesma pista fica mais larga em um ponto, que é usado também para pouso de aviões. Ficamos imaginando o risco de acidentes durantes a descida de aviões naquele local. Visitamos o Forte de Santa Teresa, situado entre a Ruta 09 e o mar, dentro de um Parque Florestal, em uma imensa área verde, com toda a infra-estrutura para a prática do camping, onde encontramos diversas famílias acampadas. Vale ressaltar a limpeza do local e a cordialidade dos militares, que tomam conta do parque. Voltamos à estrada, e ficamos felizes no primeiro pedágio, ao sabermos que motos não pagam pedágio no Uruguai. No final da tarde, chegamos à cidade de Rocha, onde ficamos no único hotel da cidade com cocheira (garagem). Infelizmente, neste hotel só havia um minúsculo quarto disponível, mais sem alternativa, resolvemos dormir ali mesmo. Jantamos no próprio hotel, e tivemos o primeiro contato com a culinária Uruguaia, a base de carne (com muita gordura), pão e batata. Brindamos também nossa primeira noite fora do Brasil, com uma deliciosa cerveja de um litro Patrícia. Durante um breve passeio pelos arredores do hotel, antes do jantar, observei o grande número de carros antigos existentes na cidade, fabricados nas décadas de 60 e 70, em contraste com reluzentes Pick-up’s Toyota. Ao comentar este fato com o simpático dono do hotel, Sr. Richard, que nos servia ao mesmo tempo em que conversarmos sobre as particularidades do Brasil e do Uruguai, o mesmo falou-me ser esta era uma característica cultural da região. Na verdade, vimos esta particularidade com relação aos carros em todo o Uruguai. Porém, não vimos favelas, mendigos, etc, ou algum outro sinal de violência, ou de grande desigualdade social. O que demonstra claramente que a desigualdade social neste pequeno país, se encontra em níveis bem menores que no Brasil, onde o abismo social cresce cada vez mais a cada dia.  07/03/2007 (Quarta) – Acordamos cedo para darmos uma pequena volta pelo centro de Rocha. No dia anterior nem havíamos notado a bonita praça arborizada em frente ao hotel. As adolescentes com suas saias xadrez seguindo para a escola, e as roupas das pessoas de forma geral, dão à impressão de sociedade conservadora ao povo Uruguaio.  Nas lojas, motos a venda nas vitrines junto de todo tipo de eletrodomésticos. No Uruguai, as motos, ao contrário dos carros, são em geral novas e de baixa cilindrada (no máximo 125), das mais variadas marcas e modelos, quase sempre “made in China”. Em todos os 1.200 kms rodados dentro do Uruguai, a única moto de grande cilindrada que vimos, foi uma V-max, perto de Punta Del Este. Daí, em nossas paradas nos postos para abastecimentos, a XT 600 chamava muito a atenção, e sempre alguém vinha puxar conversa, de forma simpática, sobre o consumo, cilindrada, velocidade média, etc.      Depois deste pequeno passeio matinal, tomamos o fraco desayuno (café da manhã) Uruguaio no hotel, que nem de longe lembrou os fartos cafés da manhã dos hotéis Brasileiros, com frutas, sucos, bolos, pães, etc.      Abastecemos a moto pela primeira vez com a boa gasolina Uruguaia, em um posto Texaco ainda dentro de Rocha. A gasolina (sem álcool), custou o equivalente a R$ 2,74 o litro. Apesar do meu receio da XT 600 (acostumada a nossa péssima gasolina Brasileira), não funcionar bem com gasolina pura Uruguaia, não tivemos nenhum problema neste sentido, e a performance e consumo não se alteraram. Continuamos na Ruta 09, com belas paisagens, entre pequenas vilas e fazendas. A polícia camineira, apesar de bastante presente na estrada, não nos parou em nenhuma ocasião, e até nos acenou amigavelmente em uma das várias passagens pelos postos de fiscalização. Entramos por uma estrada a beira mar antes da cidade de Maldonado que nos levou a Punta Del Leste. Punta surpreendeu-nos com toda sua riqueza e ostentação. Vários hotéis de luxo, casas cinematográficas, carrões de luxo, iates não menos luxuosos e transatlânticos recheados de turistas. Como nosso perfil $$$$$$$, não era muito adequado ao local, e modéstia à parte, aqui no estado do Rio de Janeiro temos praias bem melhores e mais bonitas, tiramos somente algumas fotos, além de um breve passeio pela cidade, e seguimos em direção Montevidéu, agora em uma estrada ainda melhor e de pista dupla. Chegamos a capital Uruguaia por uma avenida larga, em um bairro com diversas mansões (todas sem muros). Também não vimos favelas e pedintes nos sinais de trânsito, o que nos deixou muito bem impressionados. Mais como nada é perfeito, o trânsito da capital é complicado, e a sinalização quase inexistente. Por conta disto, tivemos dificuldades de encontrar a saída para Colônia Del Sacramento, no outro extremo da cidade. Nesta hora, pedimos ajuda a um motorista, que prontamente nos ajudou, inclusive nos guiando até bem próximo à saída da cidade. Depois de cerca de 600 kms rodados neste dia, chegamos no começo da noite em Colônia Del Sacramento. Depois de uma rápida pesquisa de preços, resolvemos ficar no hotel Riviera, onde fomos atendidos pelo simpático Sr. Juan Carlos, que mesmo não tendo “cocheira” no hotel, nos conseguiu um lugar seguro para guardamos a moto em uma espécie de depósito pertencente ao hotel. À noite, fomos até a estação do Buque Bus, situada a duas quadras do hotel, onde comprarmos passagens para Buenos Aires para dia seguinte. O Buque Bus é um barco de passageiros, muito luxuoso, com free shopping, restaurante, lanchonete, etc, que faz a travessia de Colônia Del Sacramento para Buenos Aires, em cerca de uma hora pelo Rio da Plata. Com as passagens na mão, fomos a um restaurante, indicado pelo Sr. Juan Carlos, onde comemos um prato típico do Uruguai, chamado chivitos, que é uma espécie de super sanduíche Bauru, acompanhado de uma deliciosa cerveja Pilsen de um litro.  08/03/2007 (Quinta) – Acordamos ansiosos, pois iríamos conhecer a capital Argentina, um dos pontos altos da viagem. Estávamos também um pouco preocupados com os riscos, comuns em todas as grandes cidades, como Buenos Aires, que é uma das maiores do mundo. Também tínhamos um pouco de receio do povo Argentino não ser parecido com o Uruguaio no perfeito tratamento com os turistas. Pura paranóia de marinheiros de primeira viagem .      Durante quase todo o dia uma chuva intermitente foi nossa indesejável companheira, mais nada que tirasse o brilho do passeio. Principalmente porque nossa valente XTE 600 teria um merecido descanso neste dia, e sem a moto, ficaríamos menos suscetíveis as variações do tempo.      A passagem do Buquebus estava marcada para as 10:00 hs, mais chegamos com uma hora de antecedência, a fim de trocarmos pesos Uruguaios por pesos Argentinos e fazermos o check-in sem pressa. Passamos pelo check-in, onde havia uma pequena fila, depois pela Aduana Uruguaia para os trâmites de saída do país. Na aduana Argentina, o funcionário ao ver que nós éramos Brasileiros, nos recebeu com um simpático e caloroso “Bom dia !!!”, nos deixando muito à vontade e felizes por sermos recebidos com uma tão grande demonstração de simpatia, e ao mesmo tempo nos tirando muitos grilos da cabeça.      Após nossa liberação pelas autoridades de imigração, seguimos por um corredor que nos levou para dentro do buquebus. Confesso que a principio, nós dois nos sentimos até um pouco constrangidos, diante do luxo e da elegância das pessoas. Quem viaja de moto sabe o que eu estou falando, pois com o espaço reduzido para bagagens, fica impossível de se levar roupas adequadas para diferentes ocasiões. No final, esta nossa pequena preocupação fútil foi motivo de gargalhadas, ao encontrarmos alguns turistas “mochileiros” Europeus. Digamos, mais despojados que a gente, e ainda deitados no chão acarpetado de limpeza impecável do barco ( que mais parece um shopping flutuante), em frente ao vitrines do free shopping.       Devido à diferença do fuso horário, chegamos a Buenos Aires exatamente as 10:00 hs . A estação onde desembarcamos é bem mais luxuosa e estruturada que a estação do lado Uruguaio. Facilmente conseguimos um táxi, dirigido pelo simpático Sr. Sorzo, que após uma rápida negociação cobrou-nos 80 pesos para ficar a nossa disposição durante 3 horas, nos levando nos principais pontos turísticos da capital Portenha.  Nossa primeira parada foi em um luxuoso barco cassino; depois fomos ao estádio da Bomboneira, sede do time do Boca Juniors, situado no famoso bairro La Boca, com suas casas coloridas, que foi o primeiro bairro fundado por imigrantes Europeus; depois a Plaza de Mayo, onde foi fundada a cidade e palco de grandes manifestações políticas da história da Argentina, e também onde as mães da Plaza de Mayo se reúnem toda quinta feira num protesto silencioso contra os mortos e desaparecidos durante o regime militar, além do local onde se encontra a Casa Rosada, sede do governo Argentino; conhecemos também o elegante bairro da Recoleta, que lembra um pouco Paris, com inúmeros cafés, mesas com guarda-sóis na calçada e antiquários, e terminamos nosso tour de táxi pela capital conhecendo o monumento Obelisco e a sede do Legislativo Federal na avenida 9 de junho (a mais larga do mundo), onde depois fomos deixados pelo Sr. Sorzo nesta mesma avenida, em frente a um restaurante típico Argentino, onde almoçamos e fizemos um pequeno passeio a pé pelo centro. A nossa volta para a estação do buquebus foi novamente de táxi, e lá chegamos por volta das 16:00 hs. Como nossa passagem de volta estava marcada para as 18:00 hs, tivemos tempo para descansar um pouco e comentarmos os lugares e belezas que conhecemos neste dia mágico em Buenos Aires. Durante esta espera, também conheci dois Americanos que estavam a quatro meses viajando de moto. Vieram em duas KTM’s 950 Adventure desde os EUA até Ushuaia e depois voltaram até Buenos Aires. Iriam mandar as motos de volta de avião para os EUA, mais antes iriam fazer um tour pelo Uruguai. Fiquei impressionado quando um deles me falou que pagou U$ 12.000,00 pela sua KTM nos EUA, e ele mais ainda quando falei que esta mesma moto vale cerca de R$ 54.000 aqui no Brasil (difícil foi fazê-lo entender que aqui a metade deste valor vai para o governo). Ví algumas fotos da viagem deles e lhes falei que esta viagem era também o maior sonho da minha vida. E acho que da maioria dos motociclistas que realmente gostam de viajar. E que quando conseguisse realizar este sonho (vou conseguir ao me aposentar se Deus Quiser !) Eu iria lhe visitar nos EUA e tomaríamos algumas cervejas juntos.      Como a chuva já havia cessado, fomos acompanhados durante toda a viagem do belo visual do pôr do Sol no Rio da Plata, com os últimos raios de Sol refletindo em suas águas. Chegamos às 20:00 hs em Colônia Del Sacramento, pois agora o fuso horário marcava uma hora a mais no Uruguai. Terminamos este belo dia, comemorando o sucesso do nosso passeio a Buenos Aires, jantando novamente no mesmo restaurante do dia anterior, onde desta vez, eu comi um “pólo com fritas” e a Simone um prato de massas, acompanhados, é claro, de uma deliciosa cerveja Pilsen de l litro.  09-03-2007 (Sexta) – A partir deste 14º dia da nossa viagem, cada km rodado nos levaria para mais perto de nossa casa, pois estávamos agora começando nossa volta. Então, planejamos chegar em Itaqui/RS, distante 750 kms de Colônia, onde iríamos visitar um estimado casal de amigos, o Luciano e a Andréia, que eu tive o prazer de conhecer, através do Clube XT, em minha viagem “solo” a Bonito/MS em fevereiro/2005.      Tomamos nosso “desayuno”, nos despedimos do Sr. Juan Carlos, agradecendo toda a simpatia e gentileza dispensada para conosco, e por volta das 7:30 hs da manhã já estávamos na estrada novamente. A moto, depois de um merecido dia de descanso, voltava ao seu “habitat” natural, a estrada ! E nós também, porque não ! Depois de um dia de turistas “normais”, andando de barco e táxi, voltávamos também ao nosso “habitat” natural, ou seja, montados em nossa poderosa XTE 600, comendo estrada, vendo belas paisagens, sentindo o vento da estrada e transpirando felicidade.      Depois de rodarmos aproximadamente 100 kms pela Ruta-1, já perto da cidade de Carmelo, fomos surpreendidos pela pista interditada, devido a um grande alagamento próximo a uma ponte, resultado das fortes chuvas da noite anterior. Ficamos preocupados com a possibilidade de termos que voltar para Colônia, para pegarmos a Ruta-2 em seu inicio, dando uma volta de mais de 250 kms. Estávamos ali quase resignados com a nossa falta de sorte, que jogaria um balde de água fria em nossas pretenções de chegarmos em Itaqui ainda naquele dia. Quando chegaram dois irmãos em uma Pick-Up S10, e logo se ofereceram para nos guiar por um atalho, que eles também usariam, por uma estrada de rípio de 40 kms, desviando deste trecho alagado. Não pensamos duas vezes, e seguimos por esta estrada junto com nossos novos amigos. Depois de muito agradecer a estes dois novos anjos da guarda que cruzaram nosso caminho. Também por indicação deles, seguimos por outra estrada secundária, agora asfaltada, saindo da Ruta-1 e passando pelas cidades de Tarariras, Miguelete e Cadorna, onde pegamos a Ruta-2, menos suscetível a alagamentos.     A Ruta-2, também com asfalto impecável, é a segunda estrada mais importante do Uruguai (a primeira é a Ruta-1). Entre as belas paisagens às margens desta estrada, se destacam os enormes campos de girassóis e as simpáticas cidadezinhas, todas cortadas pela rodovia neste trecho. Por volta do meio dia, chegamos à primeira grande cidade do trajeto, Mercedes, onde abastecemos, e apesar de estar na hora do almoço, como não tínhamos muita fome, resolvemos comer apenas duas barras de cereal cada um. Na cidade de Fray Bentos, deixamos a Ruta-2 e pegamos a Ruta-3 em direção a fronteira do Brasil, distante ainda 340 kms. Neste trecho, a estrada segue paralela a fronteira com a Argentina, e as cidades ficam mais distantes umas das outras. Porém, os campos de girassóis continuam dominando a paisagem. Nos 100 kms antes da fronteira, passamos por algumas estâncias hidrominerais, entre elas a cidade de Salto, com diversos hotéis luxuosos e parques com suas águas medicinais. Chegamos à cidade de Bella Union na fronteira com o Brasil ás 17:40 hs, onde aproveitei para gastar os meus últimos pesos Uruguaios abastecendo a moto, e como ainda sobraram alguns trocados, troquei o restante em uma casa de câmbio da cidade. Os trâmites de saída na aduana Uruguaia foram rápidos e fáceis, e os funcionários gentis e educados mais uma vez. Ficamos muito bem impressionados com o Uruguai e os Uruguaios ! Boas estradas, belas paisagens, bons preços, povo gentil e solicito, entre outras coisas.      O tempo que estava perfeito até então, mudou radicalmente, e logo após Barra do Quarai/RS, começou uma chuva fina e intermitente. A partir de Uruguaiana (100 kms antes de Itaqui), enfrentamos o trecho mais stressante de toda a viagem, com a chegada da noite, acompanhada da chuva agora forte e buracos na pista. Apesar de todas estas dificuldades, resolvemos continuar em ritmo bem mais lento, e seguir até Itaqui, onde chegamos por volta das 20:00 hs, encharcados, exaustos, mais felizes por termos conseguido cumprir nosso objetivo. Na entrada da cidade, nos protegemos da chuva na marquise de um supermercado, e ligamos para o Luciano, que rapidamente veio ao nosso encontro, nos recebendo com um caloroso abraço de boas vindas e nos levando para sua casa, onde fomos maravilhosamente bem recebidos também por sua esposa Andréia. Depois desta carinhosa recepção, seguimos para um animado churrasco organizado pelo Luciano e pelos seus amigos motociclistas de Itaqui, onde fomos igualmente muito bem recebidos por todos, e terminamos o dia neste autêntico churrasco motociclista dos Pampas, regado a muita cerveja num clima de muita amizade e companherismo. 10/03/2007 (sábado) – Como o Luciano teria que trabalhar na parte da manhã deste sábado, ele gentilmente pediu ao amigo motociclista Guto para me levar até uma oficina de motos de um amigo, onde eu troquei o óleo, e aproveitei para fazer uma pequena revisão na moto, onde descobri que os buracos da noite anterior entre Uruguaiana e Itaqui, haviam quebrado três raios traseiros da moto, que tiveram que ser substituídos. Com a chegada do Luciano, almoçamos todos juntos em sua casa, uma deliciosa comida preparada por sua esposa Andréia. À tarde, o Luciano reuniu outros amigos motociclistas, e fizemos um pequeno passeio por Itaqui e arredores. No final da tarde, fomos todos assistir o pôr do Sol no Rio Uruguai, onde também combinamos de nos encontrarmos novamente à noite, para irmos a um barzinho para tomarmos algumas cervejas geladas, e continuarmos nosso saudável bate papo. E assim, terminamos este agradável dia junto dos nossos novos “velhos” amigos de Itaqui/RS. Gostaria de mandar um grande abraço para toda esta turma de Itaqui que tão bem nos recepcionou : Guto e Rita; Beregaray e Rose; De Souza e Elizângela; Pimenta e Cocota e João Rossi e Maritiza, além é claro, de nossos grandes amigos que nos receberam maravilhosamente em sua casa, Luciano e Andréia.  11-03-2007 (Domingo) – Ficamos felizes com a decisão do Luciano e da Andréia, que resolveram nos acompanhar até São Borja, onde moram os pais do Luciano, e para onde seguimos à tarde. Nos cerca de 90 kms entre Itaqui e São Borja, a BR-472 se encontra em boas condições, e nos chamou a atenção os grandes campos de plantação de arroz, com suas enormes máquinas colheitadeiras trabalhando a todo vapor, apesar de ser um domingo. Chegamos em São Borja no começo da noite, e fomos muito bem recebidos pelo Sr. Ricardo Fitz e Sra. Lucí Fitz, pais do Luciano. À noite, fomos passear na cidade de San Tomé/Argentina, distante somente 23 kms de São Borja, onde conhecemos um luxuoso cassino e aproveitamos também para abastecer as motos com a boa e barata gasolina Argentina. 12-03-2007 (Segunda) – Eu e o Luciano fomos cedo a uma casa lotérica para eu tirar uma nova carta verde para circular dentro da Argentina. Em São Borja, para o meu espanto, ao contrário de Rio Grande, a carta verde foi feita sem nenhum problema para a moto. Em seguida, fomos para uma oficina para trocar a lâmpada do farol baixo da minha moto. Por volta das 10:00 hs, já estávamos de volta à casa dos pais do Luciano. Então, havia chegado à hora de mais uma difícil despedida, agora deste maravilhoso casal de amigos, Luciano e Andréia, que nos receberam de braços abertos em sua casa, e nos deram o prazer de sua companhia por três dias. Seguíamos agora em direção a Foz do Iguaçu, via região de Missiones na Argentina. Na fronteira chama a atenção à estrutura da aduana integrada Brasil/Argentina, com casa de câmbio, banheiros impecáveis, sala de informações, etc, e tudo muito rápido e fácil. Logo após San Tomé, fomos parados na estrada pela polícia, que para nosso espanto e alegria, rapidamente conferiu nossos documentos e nos liberou para seguirmos viagem. Nesta Ruta-40, o asfalto é impecável e a sinalização perfeita, e é difícil passar por ali e não se lembrar das péssimas estradas que temos no Brasil. Esta região de Missiones é uma região com grande potencial turístico, e nota-se a preocupação do governo Argentino em fomentar esta industria do turismo, através de uma boa infra-estrutura para este desenvolvimento. Passamos por simpáticas e belas cidadezinhas, entre elas : Apostoles, Cerro Azul (onde fomos parados pela policia pela segunda vez, novamente sem problemas), Leandro N. Além, Oberá e 2 de Mayo. Em 2 de Mayo, almoçamos uma deliciosa parrilha por módicos 8 pesos por pessoa. Nesta cidade, abandonamos também a Ruta-14 e pegamos uma estrada secundária, passando por uma bela serra, até a cidade de El Alcazar, onde pegamos a Ruta-12. Na cidade de Caragatay, visitamos o museu Che Guevara, construído em uma casa, distante 3 kms por estrada de chão da Ruta-12, onde o líder revolucionário passou parte de sua infância. Continuamos em direção a Porto Iguazú, na fronteira com o Brasil. Porém, na cidade de Eldorado, distante ainda 100 kms da fronteira, fomos apanhados por uma chuva, que nos acompanhou durante todo o restante do percurso até Foz do Iguaçu. E por conta disto, diminuímos o ritmo da tocada, e só chegamos à fronteira por volta das 18:00 hs. Os trâmites, mais uma vez foram rápidos e fáceis, apesar do grande movimento de carros na aduana, principalmente Brasileiros, que estavam voltando para Foz do Iguaçu com o tanque cheio da boa e barata gasolina Argentina. Em Foz, ficamos hospedados no mesmo hotel em que eu já havia ficado na minha viagem de 2004. Situado no centro da cidade, com garagem para a moto, café da manhã muito bom, Tv a cabo e Ar condicionado, pagando R$ 55,00, á diária de casal. Como estávamos bastante cansados, comemos alguma coisa no próprio hotel, e fomos dormir cedo neste dia.  13/03/2007 (Terça) – Reservamos este dia para visitarmos as Cataratas do Iguaçu do lado Argentino. Então, após o café da manhã, pegamos nossa moto e seguimos novamente em direção a aduana Argentina. Aproveitamos, e damos também um rápido passeio pela simpática cidade de Puerto Iguazú. Que vive em função do turismo para o Parque Nacional do Iguazú, onde ficam situadas as Cataratas, na fronteira com o Brasil. Na cidade, vimos diversos hotéis, pousadas e cassinos para todos os gostos e “bolsos”. De lá, seguimos para a sede do parque, distante 15 kms do centro da cidade, onde encontramos diversos ônibus de turismo, chegando com turistas de diversas partes do mundo. Na bilheteria, pagamos 18 pesos por cada ingresso, com direito ao passeio de trenzinho, que parte de uma pequena estação na sede do parque, até outra estação, que fica no começo da passarela que leva os turistas até a Garganta Del Diablo. Que foi o primeiro local que visitamos, com uma vista privilegiada das Cataratas, situado a poucos metros da queda d’água principal. É difícil colocar em palavras, a emoção que é estar ali diante deste belíssimo espetáculo da natureza. Eu, apesar de já ter tido o prazer de conhecer as Cataratas em outra viagem em 2004. Não fiquei menos emocionado, que a Simone, que visitava o local pela primeira vez. Após inúmeras fotos para registrar aquele momento de emoção e beleza ímpar, seguimos nossa caminhada pelo Parque e suas inúmeras atrações.      Vale salientar, que todo o Parque é muito organizado e sinalizado. Tornando totalmente dispensável a contratação de guias e transporte a partir de Foz do Iguaçu. Na minha primeira viagem em 2004, por desconhecer totalmente esta facilidade, paguei R$ 60,00 reais para realizar este mesmo passeio (não incluso a entrada do Parque, que foi paga separadamente), através de uma operadora de turismo de Foz. Desta vez, fomos em nossa moto, e pagamos somente os 18 pesos da entrada do Parque.      Almoçamos bem por apenas 8 pesos, em um grande restaurante situado na área central do Parque, de onde partem todas as trilhas para as diversas atrações. Após o almoço, seguimos por uma destas trilhas em direção a parte baixo do Parque, de onde saem os botes em direção as quedas d’água, fazendo a alegria dos turistas, que chegam deste passeio ensopados, mais felizes com a emocionante experiência. E conosco, não foi diferente. No final da tarde, depois deste dia maravilhoso no Parque Nacional do Iguazú, voltamos para Foz, cansados, mais extasiados e felizes com todas as belezas que vimos neste dia. Aproveitamos também para uma última rápida passadinha em Puerto Iguazú, onde enchemos o tanque da moto pela última vez com a gasolina Argentina.      À noite, ligamos para mais um amigo virtual do Clube XT , o Ivan “Máster Foz”, gente muito boa, que também tivemos o prazer de conhecer pessoalmente. Ciceroneados pelo Ivan, fizemos um “tour” pela cidade de Foz do Iguaçu, e terminamos à noite em um simpático quiosque, ponto de encontro do pessoal do Clube XT em Foz. Onde conhecemos também os novos amigos, Jorge “Morcego” , Rubens (nosso conterrâneo de Petrópolis/RJ), Clóvis, Edinei (Smagle) e Cristina.  14/03/2007 (Quarta) – Combinamos com o Ivan, de irmos, ciceroneados por ele, até o Paraguai para fazermos umas comprinhas. Então, após o café da manhã, nos encontramos com ele em frente ao hotel, para seguirmos juntos até Cidade Del Leste. Confesso, que fiquei meio reticente em entrar de moto no Paraguai, devido às histórias de roubo de motos, polícia corrupta, etc. Mas, encorajados pelo Ivan, que sempre repetia, com um largo sorriso, “Não se preocupem, vcs estão comigo.” Resolvemos seguir em frente. Na ponte da amizade, pegamos muito trânsito de carros, em sua maioria, caindo aos pedaços, e centenas de pequenas motos. Ambos, carregando todo tido de mercadoria e pessoas, entrando e saindo do Paraguai. Logo depois de conseguirmos atravessar a ponte. Um policial Paraguaio parou o Ivan (que seguia na nossa frente), pedindo os documentos dele e da moto, que foram rapidamente apresentados. O policial, ao ver que os documentos da moto do Ivan eram de Foz, perguntou se nós estávamos juntos dele, e com afirmativa do Ivan, ele nem pediu para ver nossos documentos, e nos liberou rapidamente.  Depois deste pequeno contratempo, seguimos para um estacionamento particular, onde deixamos nossas motos.      Cidade Del Leste, é o que podemos chamar de Babel dos tempos modernos. Para quem mora no Rio, e conhece a região da Central do Brasil e camelôdromo, e para quem mora em São Paulo, e conhece a região da 25 de março. É só pegar o que já conhecem, aumentar o espaço e piorar bastante. Na cidade, chama a atenção, a sujeira e bagunça nas ruas, além de muitas pessoas com grandes pacotes (atropelando umas as outras), milhares de camêlos (que tentam te empurrar todo tipo de produto), e um trânsito louco (em que todos buzinam sem parar, e ninguém respeita nada). As opções gastronômicas, à venda nas ruas, são um capítulo à parte, e nossa maior incursão neste sentido, foi uma singela coca-cola em lata.      Visitamos várias lojas e galerias, na maioria, pertencentes a Brasileiros, e vimos todo tipo de mercadoria, com preços inacreditavelmente baratos. Mas, infelizmente (ou felizmente), como estávamos com o orçamento um pouco apertado, afinal, já estávamos fora de casa, viajando, 18 dias. Tivemos que escolher muito, dentre as diversas opções, para decidir o que comprar. Acabamos optando por dois MP4’s, uma nova memória de 1 GB para nossa câmera fotográfica, alguns perfumes, dois colchões infláveis e uma mochila Camel Back (mochila hidratação para viagens e caminhadas). Além de um par de sapatos novos para nossa moto, da marca Rinaldi, pagando inacreditáveis R$ 120,00 reais (o par). O mais incrível é que estes pneus são fabricados aqui no Brasil, no estado do Rio Grande do Sul. Depois de colocarmos os pneus novos em nossa moto, ainda em Cidade Del Leste (pois não é permitido voltar ao Brasil com os pneus fora da moto).  Voltamos novamente pela ponte da amizade, com um trânsito agora bem pior que na entrada, e tivemos que enfrentar literalmente um empurra-empurra de motos, para conseguirmos chegar sãos e salvos a Foz do Iguaçu. Onde, o Ivan levou-nos para almoçar em um restaurante a kilo, com uma comida deliciosa, e um precinho excelente. Á tarde, acompanhados mais uma vez do nosso cicerone Ivan, e do Jorge “Morcego”. Fomos visitar a Usina de Itaipu, que é a maior usina Hidrelétrica do mundo, onde assistimos um filme sobre sua história, desde a construção até os dias de hoje, e fizemos um tour de ônibus, com duração de 1 hora, por todas as instalações do complexo energético. Em média, por dia, 1.500 turistas de todo o mundo, visitam a Usina, que é um dos maiores orgulhos da engenharia nacional. Os números da Usina, impressionam qualquer um, 8 kms de comprimento e 196 metros de altura, potência instalada final de 14.000 MW (megawatts), com 20 unidades geradas de 700 MW cada. No final de mais este maravilhoso passeio, seguimos para o centro de Foz, onde nos despedimos em frente ao hotel, e marcamos de nos encontrarmos novamente à noite, no mesmo quiosque, onde vimos todos mais uma vez, e aproveitamos para nos despedirmos destes novos amigos de Foz, e principalmente do Ivan, que nos deu toda a ajuda e apoio na cidade, mostrando o verdadeiro espírito do motociclismo. Obrigado Ivan !!!  Como não poderia deixar de ser, a despedida foi regada a muitas cervejas, é claro !!!  15/03/2007 (Quinta) – Após estes três dias em Foz do Iguaçu, havia chegado à hora de partimos, afinal, faltavam apenas quatro dias para o término de nossas férias, e ainda estávamos a 1.500 kms de nossa casa. E, em mais uma demonstração de amizade e espírito motociclistico, entre tantas outras, nosso amigo Ivan, acompanhado do Jorge “Morcego”, foram até nosso hotel, onde tomaram café da manhã conosco, e nos acompanharam até a saída de Foz. Depois de mais esta despedida, infelizmente, agora definitiva de nossos amigos, pegamos a estrada em direção ao Rio de Janeiro. Uma ótima estrada (mas, que infelizmente as motos pagam pedágio no PR), aliada a um clima ameno, tornaram a viagem bem agradável e fácil nesta manha de quinta feira. Pouco depois de Cascavel, fizemos uma parada rápida para uma visita a igreja em que eu fui batizado em 1971, na pequena cidade de Corbélia/PR, onde, na época, morava minha madrinha. Após algumas fotos da igreja, e um bate papo rápido e agradecimentos a um morador da cidade, também motociclista. Que ao nos ver na cidade, nos procurou para perguntar se precisávamos de ajuda (coisas do motociclismo), seguimos viagem. Como vimos no Noroeste do Uruguai, em que as plantações de Girassol dominam a paisagem, e na região de Itaqui/RS, onde o arroz é o carro chefe da agricultura local. Nesta região, predominam as plantações de soja e feijão, que formam um bonito tapete verde as margens da estrada. Outra boa impressão que eu tive desta região do Norte do Paraná, e que a mesma aparentemente tem um nível de desenvolvimento social acima da média Brasileira. Pois apesar de passarmos por diversas cidades de pequeno e médio porte, entre elas, Cascavel, Campo Mourão, Maringá, Apucarana, Londrina, etc. Vimos poucos sinais explícitos de miséria, como grandes favelas, comuns nas cidades do Sudeste e Nordeste do Brasil. O tempo que estava excelente, mudou um pouco a partir de Londrina, onde paramos para abastecer, e a partir desta cidade pegamos uma chuvinha fina, que nos acompanhou até Cornélio Procópio, onde paramos para dormir, por volta das 18:00 hs, já perto da divisa PR/SP. A parte mais engraçada por dia, ficou por conta do hotel em que ficamos. Após um dia de viagem, cansados e famintos, deixamos a moto no hotel, e fomos fazer um lanche numa lanchonete próxima ao hotel. Porém, quando estávamos na lanchonete, começou um verdadeiro vendaval, com muita chuva que alagou quase todas as ruas da cidade. Então, nós ficamos na lanchonete, nos lamentando de não termos voltado antes do começo da chuva para o hotel, e imaginando que podíamos já estar dormindo com o barulho da chuva. Quando a chuva diminui um pouco, corremos até o hotel, pensando que uma cama quentinha estava nos esperando. Mais, qual não foi nossa desagradável surpresa, ao vermos que não só a cama, mais quase todo nosso quarto estavam ensopados, devido a diversas goteiras que havia no quarto. Imaginem, que depois de um dia de viagem, já cansados depois de rodarmos cerca de 600 kms, e depois de tudo desarrumado no quarto, nós tivemos que pegar todas as tralhas nossas e da moto e levarmos para outro quarto, no primeiro andar do hotel.  16/03/2007 (Sexta) – Depois desta noite mal dormida, pois o quarto de baixo, apesar de seco, ainda era pior que o primeiro. Saímos cedo, e pegamos à estrada em direção a Indaiatuba/SP, onde pretendíamos almoçar na casa da minha madrinha, que reside nesta cidade. Depois de cerca de 50 kms, chegamos à divisa PR/SP. Logo após a divisa dos estados, pegamos um pequeno trecho da BR-153, próximo à cidade de Ourinhos/SP, e logo depois a impecável Rodovia Castelo Branco, com três pistas em cada lado, asfalto de boa qualidade, e o melhor, motos não pagam pedágio. A estrada, que se resume praticamente, em uma grande reta até São Paulo/SP, se torna até um pouco monótona, devido à ausência de curvas, declives e aclives. Saímos da Castelo Branco na altura da cidade de Boituva, e passamos por Porto Feliz e Itu, onde pegamos a SP – 075 até Indaiatuba, onde chegamos por volta das 14:00 hs, ainda a tempo de almoçarmos com a minha madrinha. O restante do dia foi dedicado ao descanso, e muito bate papo com a minha madrinha e sua família, para matarmos as saudades.  17/03/2007 (Sábado) – Após 21 dias na estrada, viajando por quatro estados e 3 paises diferentes. Agora, somente 540 kms nos separavam de nossa casa, em Duque de Caxias/RJ. Depois destes dias de muitas emoções, descobertas e felicidades sobre duas rodas. Então, acordamos mais uma vez cedo, nos despedimos da minha madrinha e sua família, e saímos por volta das 7:00 hs de Indaiatuba, passamos por Campinas, pegamos a Rodovia Don Pedro até Jacareí, e de Jacareí entramos na Via Dutra que nos levou até o Rio, sem nenhum tipo de problema, e novidades, pois a estrada já é nossa velha conhecida. Em Nova Iguaçu/RJ, fizemos o último, dos 33 abastecimentos da viagem. Terminamos nossa aventura, com exatos 6.554 kms rodados, chegando na casa da minha irmã, por volta das14:00 hs, onde todos nos esperavam ansiosos para um almoço em família.   Agradecimentos,                                                   Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a Deus e a Nossa Senhora Aparecida, que nos acompanharam e protegeram em todos os momentos desta nossa viagem. A minha esposa Simone, parceira perfeita e companheira inseparável, que comunga comigo desta paixão por viagens de moto; a minha mãe, que rezou por mim todos os dias em que estivemos ausentes; e os amigos desta irmandade, chamada Clube XT, que de alguma forma também participaram ou contribuíram para o sucesso desta viagem, dividindo parte dela conosco, nos acolhendo em suas casas, nos dando apoio e dicas valiosas, ou simplesmente, nos incentivando através do Site.  Obrigado a todos vocês, e em especial :  Bombeiro & Leni, que dividiram parte do roteiro conosco até Blumenau/SC. Luke & Cláudia, que foi também nossos companheiros de viagem até Torres / RS. Mestre Bigode e Coca, que nos hospeda em sua casa, em Blumenau. Rubão Blumenau & Marisa, e toda uma turma de Blumenau, que também teve o prazer de conhecer. Toninho Itajaí, pelas valiosas dicas, que nos incentivaram a uma viagem até Buenos Aires. João Serra, Manja e Lili, que também nos recebeu maravilhosamente bem em Rio Grande. Luciano e Andréia de Itaqui / RS, que também nos recebeu, com todo o carinho em sua casa. Guto, De Souza, Pimenta e toda a turma de Itaqui / RS. Ivan “Máster Foz”, nosso grande cicerone, Jorge “Morcego” e toda a turma de Foz do Iguaçu / PR.  E também, como não se pode deixar de ser, já chegou em casa pensando na próxima viagem, que batizou de “Projeto Atacama”.

Cron Job Iniciado