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Relato de viagem

Assafrão pelo Nordeste em 2006

8.000 kms de moto pelo Nordeste do Brasil .  Esta viagem foi realizada por mim, Gilmar Calais Assafrão, morador de Duque de Caxias / RJ, Assistente de minha esposa, Simone Neto de Souza Assafrão, no período de 04/02/2006 à 24/02/2006, onde foram percorridos exatos 7.998 kms, passando por todos os estados do Nordeste, com uma moto Yamaha XTE 600 98. Depois de 2005 para a revista Centro-Oeste em 2005, da primeira vez que minha carreira iria me acompanhar, que seria uma viagem maior / aventura de moto, tanto pela distância quanto por percorrer, como pelas dificuldades com Em vias de ser-as-estradas, o perigo de assaltos no sertão da Bahia e em Pernambuco, e outros em um tipo de viagem. Porém, eleitores de Deus e Nossa Senhora Aparecida, que foram nossos companheiros de viagem, cuidando de nós em todos os momentos. Nesta viagem, também pudemos ter o prazer de conhecer os nossos amigos virtuais do “Clube XT”, Franz (Nosso cicerone no Ceará), Celinha, Carlos-PE, Léo Siri, Adelson-AL, entre outros, além de várias outras pessoas maravilhosas Que cruzam com o caminho de viagem, como a Lana e seu marido, de Luiz Correia, D. Terezinha, dona da pousada em Brejo Santo / CE, Ir. Élson e Sr. Teté, de Barreirinhas / MA; <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> <br> O que é o que é antes?  Segue abaixo, um resumo dia-a-dia desta nossa viagem maravilhosa pelo Nordeste: 04/02/2006 (Sábado) - Depois de um ano de espera, uma vez chegado a hora, como sempre, dormi muito na noite anterior a viagem, tamanha era minha história com a chegada do dia da partida. Início cedo, às 6:30 hs da manhã, pegando muito frio e neblina na Serra de Petrópolis / RJ nos primeiros 60 kms. Já na BR-116 (Rio-Bahia), após a divisa RJ / MG, a 40 km de estrada destruída entre as cidades de Além Paraíba / MG e Leolpoldina / MG, porém logo após este trecho ruim, já está em obras uma estrada melhora consideravelmente. Neste primeiro dia também aconteceu uma coisa muito engraçada, possivel esta moto faz 4 anos e nestes 4 anos nunca aconteceu da gasolina acabou comigo, mas não aconteceu exatamente o que aconteceu antes desta viagem, próximo a Muriaé / MG. O que aconteceu com o Lido no livro de João Batista de Matelândia / PR, que viajou toda a América do Sul e foi até o Alasca de XT, que o O mais alguns kms após tiraram toda a moto para a esquerda, eu fiz o mesmo, que não foi de pé direito e ainda consegui uns 7 kms, que era o suficiente para chegar ao próximo posto. Após este susto, redobre o cuidado nos abastecimentos! Almoçamos em Santa Rita de Minas / MG, e seguimos até o Teófilo Otoni / MG, onde chegamos às 17:30 hs, após rodarmos 730 kms neste dia, ficando hospedados na Pousada do Sesc da cidade. O que deve ser feito em algum lugar, mesmo que não tenha sido feito em uma partida de corrida, o que fez o mesmo, que não foi de 7 ou 7 kms, que é o mesmo para chegar exatamente ao próximo posto. Após este susto, redobre o cuidado nos abastecimentos! Almoçamos em Santa Rita de Minas / MG, e seguimos até o Teófilo Otoni / MG, onde chegamos às 17:30 hs, após rodarmos 730 kms neste dia, ficando hospedados na Pousada do Sesc da cidade. O que deve ser feito em algum lugar, mesmo que não tenha sido feito em uma partida de corrida, o que fez o mesmo, que não foi de 7 ou 7 kms, que é o mesmo para chegar exatamente ao próximo posto. Após este susto, redobre o cuidado nos abastecimentos! Almoçamos em Santa Rita de Minas / MG, e seguimos até o Teófilo Otoni / MG, onde chegamos às 17:30 hs, após rodarmos 730 kms neste dia, ficando hospedados na Pousada do Sesc da cidade.  05/02/2006 (Domingo) - Saímos de Teófilo Otoni, por volta das 7:00 hs, a estrada até a divisa MG / BA continuava em bom estado, porém, ao entrar na Bahia a estrada se transforma. Os primeiros 200 kms até Jequié / BA, são alternados entre trebhos destruídos e trechos com crateras que aparecem repentinamente, depois de uma estrada melhorarem um até até Milagres / BA. A região é bem pobre, tanto do lado do Mineiro, como do lado de Baiano, em todos os lugares que paramos, uma vez que o dinheiro está vindo, e algum adulto vem querer vender qualquer coisa. Perto de Cândido Sales / BA, um casal de crianças fazendo sexo à beira da estrada, num grande número de motoristas que passavam pelo local lentamente (devido aos buracos), e observavam uma cena inusitada. Chegamos bem em Milagres / BA, por volta das 19:00 hs, onde pernoitamos, depois de 692 kms rodados aqui dia.  06/02/2006 (Segunda-feira) - Saímos cedo, por volta das 6:00 hs da manhã. O dono da pousada em que ficamos nos visitamos ainda mais 80 kms de buracos entre Itatim / BA e Feira de Santana / BA, e realmente o dia estava tão ruim quanto o dia anterior. Chegamos em Feira de Santana / BA no final da manhã, exaustos, empoeirados, mais inteiros, abastecidos pela moto e seguidos pela BR-116 em direção a Serrinha / BA, onde mais um trecho de 90 kms é destruído pela estrada nos esperava último) até Tucano / BA, mas não há muito movimento de caminhões, um XT 600 de fácil acesso aos últimos 90 kms de sofrimento. Após Tucano / BA, uma reta de 270 kms de asfalto impecável e novo até o Rio São Francisco, em Ibó / BA, na divisa dos estados da BA / PE. Neste trecho, também ficamos impressionados com a pobreza, onde homens, As mulheres e as crianças ficam tapando os buracos na estrada com o barro, e depois pedem as contas aos motoristas. Em Ibó / BA, é uma balsa para atravessar o Rio São Francisco para Ibó / PE. Um amigo caminhoneiro had to aconselhado a ter cuidado em um trecho de terra de 13 kms entre um balsa e o trevo de Cabrobó / PE (Polígono da maconha), devido ao grande número de assaltos que ocorrem à noite na local, mas como eu é um desejo lá durante o meu tempo e até dois caminhoneiros capixabas que estavam na balsa me avisam que o perigo era ainda maior. Putz, que tensão! Passamos pelos 13 kms a voar baixo, sem olhar para trás, que sufoco! Mas, Graças a Deus e Nossa Senhora Aparecida, nada aconteceu e nem vimos nada de suspeito. Depois deste trecho, o asfalto fica impecável em Pernambuco, e após rodarmos 720 kms deste dia, foi o mais cansativo e tenso da viagem, chegando em Brejo Santo / CE, onde dormiu a pousada da simpática Dona Terezinha. À noite, comemos uma pizza, acompanhada de algumas cervejas para relaxar, e demos algumas risadas, lembrando os fatos ocorridos durante o dia.  07/02/2006 (Terça-feira) – Como só faltavam 500 kms para chegarmos em Fortaleza, resolvemos pegar a estrada um pouco mais tarde neste dia, e após um excelente café da manhã, nos despedirmos de Dona Terezinha, que falou - “Sejam felizes e que deus acompanhe vcs”. Podem ter certeza, que ter o prazer de conhecer pessoas como Dona Terezinha, faz a diferença em uma viagem de moto. Pegamos a estrada rumo a capital cearense por volta das 8:30 hs da manhã. Neste trecho da viagem, passamos pelo Sul do Ceará, na região do Cariri. O grande número de cabritos e jegues na estrada, coisa comum no Nordeste (Mas que nesta região acontece com ainda maior freqüência), faz com que a atenção seja redobrada ao pilotar. Outra coisa comum, são as lotações, geralmente feitas em pick-ups D-20, que levam pessoas e todo tipo de produto, como mantimentos, e até animais. Chegamos a Fortaleza por voltas da 14:00 hs, sendo muito bem recebidos pelos nossos amigos do Clube XT, Franz, morador de Fortaleza e nosso cicerone no Ceará, e Carlos-PE, morador de Recife, que também estava em Fortaleza, para participar do encontro organizado pelo Franz, reunindo os amigos ex-virtuais (Agora reais) do Clube XT, em um passeio para Jijoca de Jeri/CE. À noite participamos de uma festa, onde conheci outros amigos do Clube XT do Ceará, organizada pelo Franz, no apartamento de sua namorada Celinha, onde ficamos maravilhosamente bem hospedados, em uma bela cobertura - Valeu pela hospitalidade Celinha !!!! A maior surpresa de todas, foi saber que iríamos para Jijoca de Jeri pela beira mar, num percurso de cerca de 250 km. Imagina eu que nunca tinha sequer andado de moto na areia, enfrentar um desafio destes. Depois de muito bom papo e cerveja gelada, fomos dormir tarde neste dia, já pensando no desafio do dia seguinte.  08/02/2006 (Quarta-feira) – Saímos bem cedo, eu, Simone, Carlos-PE, Franz e Celinha, para encontrar com os amigos que nos acompanhariam nesta aventura, em um posto de gasolina, na saída de Fortaleza, de onde seguiríamos para Cumbuco, onde começaria o desafio à beira-mar. Para aliviar o peso da moto, deixamos os dois alforjes na casa da Celinha e levamos somente o essencial no baú de 45 litros da moto. Chegamos ao posto e finalmente a trupe estava formada, lá conhecemos Léo Siri (XT 600), Felipe (XR 200), Juarez (The Duna’s Man – XT 600), Sergio (XL 600). Em Cumbuco, depois das dicas do Léo Siri, tive meu primeiro contato com a areia e os primeiros kms estavam tranqüilos, pois a areia era dura e a maré estava baixa. A paisagem era um espetáculo à parte, difícil de descrever em palavras. O problema foi quando chegamos perto do Porto de Pecém, onde tivemos que pegar um grande pedaço de areia muito fina e fofa, neste trecho sofri para conseguir atravessar, suando em bicas, até o Leó Siri ajudar-me, atravessando a moto no pior pedaço. A minha falta de experiência, somada aos pneus de minha moto, que não eram adequados para andar na areia, se tornavam um problema nos trechos de areia muito fina. Próximo a Paracuru, nosso amigo Ávila, morador de Jijoca de Jeri, nos aguardava para seguir viagem conosco. Agora éramos 10 pessoas em 8 motos, curtindo o prazer de viajar a beira mar pelo litoral Cearense. Que confesso, foi uma das melhores experiências de minha vida. Chegamos na praia da Baleia por volta das 14:00 hs, ficando hospedados em uma aconchegante pousada à beira mar – Pousada da Baleia - Nosso amigo Leó Siri, teve que voltar a Fortaleza deste ponto, mas com a promessa de voltar no dia seguinte acompanhado de sua esposa, para seguir até Jijoca conosco. O restante do dia foi dedicado por nós a um ótimo bate-papo a beira da piscina, acompanhado de tira gosto e de muitas cervejas geladas. À noite dormimos em um quarto de frente para o mar, ouvindo o barulho das ondas.  Confesso a vcs, que toda a viagem foi maravilhosa, mas este dia foi especial. A perfeita tradução para “Felicidade”. Nunca esquecerei desta quarta-feira em minha vida !  09/02/2006 (Quinta-feira) – Depois de uma noite maravilhosamente bem dormida, embalados pelo som do mar, fomos brindados com mais um dia lindo de Sol no litoral do Ceará (Até rimou). Enquanto tomávamos um belo café da manha na pousada da Baleia, chegaram Léo Siri e sua esposa, e a trupe novamente estava formada. Após a tirarmos uma foto das motos enfileiradas em frente à pousada, nos despedimos da bela praia da Baleia. Como no dia anterior, seguíamos tranqüilos pela areia, que no começo estava fina, proporcionado pilotar em alguns trechos até a 80 km/H. Mas as dificuldades e problemas não demorariam a aparecer. Primeiro foi nossa queda no mar. Que por sinal foi minha primeira queda de moto, em mais de 120.000 kms rodados, em mais de 10 anos sobre duas rodas. Esta queda aconteceu em um trecho em que havia diversas pedras e areia muito fofa, o que nos obrigou a seguir pela lamina d’água (15 cms), por um pequeno trecho de uns 800 metros, até infelizmente sermos surpreendidos por uma vala, com profundidade de aproximadamente 50 cms, onde literalmente mergulhamos com nossa moto no mar. Eu mergulhei por cima do guidão da moto, e logo consegui me levantar, a Simone que sofreu mais um pouco na queda, ficando presa por uns instantes, até eu, com ajuda de nossos amigos, conseguir levantar a moto.  Como resultado da desta queda, Graças a Deus e Nossa Senhora Aparecida, somente a Simone ficou com um roxo na perna por uns dias, e descobrimos que nossa máquina fotográfica digital, que estava no bolso da perna da calça dela, não resistiu à água salgada e ficou inutilizada. Depois da queda paramos em um bar e pousada, pertencente a uma simpática Suíça, onde tentamos tirar um pouco da areia das roupas e botas, e também descansarmos um pouco. Mas, ainda teríamos o último trecho difícil a vencer neste dia, entre Itarema e Almofala, onde devido a um rio tínhamos que sair da beira mar, e seguir pela areia até onde pegaríamos uma balsa. O problema maior foi que neste trecho de uns 5 kms, a areia era muito fina e fofa, com a moto atolando diversas vezes, onde foi necessária a ajuda dos amigos para desatolá-la. Tudo isto somado a um sol escaldante. Foi então que aconteceu a segunda queda do dia. Por sorte, havia pedido ao nosso amigo Ávila, que levasse a Simone em sua garupa neste trecho, o que se mostrou uma sábia atitude. Eu vinha sozinho tentando vencer o areião, quando caí novamente, só que desta vez meu pé ficou preso sob a moto. E eu, sentindo dores horríveis, fiquei gritando por socorro, até ser ajudado pelo Léo Siri e o Carlos/PE, que se encontravam mais próximos de mim no momento da queda. Neste instante, achei que minha viagem tinha acabado ali. Imaginem quebrar o pé naquele local e ter as tão sonhadas e planejadas férias precocemente encerradas. Mas, felizmente, nossos companheiros de viagem, Deus e Nossa Senhora Aparecida, novamente olharam por nós neste difícil momento, e o resultado de mais esta queda foi somente o pé dolorido por uns três dias. Depois de refeito do susto, passei a andar ainda mais devagar, até chegarmos ao local onde pegamos à balsa. Logo depois chegamos à cidade de Acaraú, onde começava o asfalto. Nesta cidade, também almoçamos todos juntos em um aconchegante restaurante e comemos um “delicioso” peixe chamado “Siri gado”, acompanhado de molho de camarão, ao preço de inacreditáveis R$ 12,00. De Acaraú , foram apenas mais 50 kms de asfalto até chegarmos em Jijoca de Jeri, onde ficamos hospedados próximo da lagoa, na pousada Portugal. À noite, ainda fomos todos juntos comer pizza, em uma pizzaria que é o “point” da cidade.  10/02/2006 (Sexta-feira) – Eu, Carlos-PE e Franz, saímos cedo para levar nossas motos a um lavador, para uma merecida lavagem geral, pois as motos estavam com areia em todos os locais possíveis. Depois, uma visita ao mecânico Tiozinho, um simpático Paulista radicado em Jijoca, que substituiu alguns parafusos que se perderam na viagem, limpou o filtro de ar e lubrificou as partes que foram mais afetadas pela queda no mar, acumulando muita areia, principalmente no comando das setas, buzinas e lanternas, causando mau-contato nas mesmas. À tarde, acompanhados de Simone e Celinha, que ficaram nos aguardando na pousada, foi totalmente dedicada por nós a tomar cerveja e comer petisco de peixe a beira da lagoa de Jijoca.  O mais interessante é agradável, e que as mesas e redes do bar, ficam dentro da lagoa, e você é servido dentro d’água. Mais mordomia que isto, impossível !!! Depois desta tarde stressante, à noite, fomos comer uma deliciosa picanha no restaurante de um simpático Suíço (Chama a atenção o grande número de Suíços, que escolheram esta parte do Brasil para viver. Eles é que estão certos !).  11/02/2006 (Sábado) – Infelizmente nosso amigo Carlos-PE teve que voltar para Recife neste dia.  Saímos cedo e fomos conhecer e bela e famosa Jericoacoara, situada a 40 kms de Jijoca de Jeri. O caminho tem alguns trechos de areia fina e fofa, mais nada comparável com o que enfrentamos na quinta-feira. Poucos antes de se chegar a Jericoacoara, e necessário se pegar uma balsa, e enquanto aguardávamos, observamos um barco de pescadores que havia acabado de chegar, e os pescadores ainda estavam separando os peixes. Nosso amigo Ávila, que conhece todo mundo na região, negociou com os pescadores o preço e a entrega em sua casa, e nós compramos alguns “enormes” peixes (Que agora não lembro o nome), para a noite, fazermos uma autentica peixada em sua casa. Depois da balsa, um longo trecho de areia a beira mar, e finalmente chegamos a Jericoacora, ficando impressionados com a beleza natural do lugar, especialmente das inúmeras Dunas. Na cidade, que apesar de pequena, tem muitas lojas e pousadas chiques, chama atenção o grande número de Gringos, e os preços, em sua maioria bem acima da média. Ficamos algum tempo em um barzinho a beira-mar, onde tomamos cerveja a R$ 4,00, enquanto observávamos o grande movimento de turistas na praia. No meio da tarde voltamos para Jijoca, e aproveitamos o resto do sol à beira da piscina da pousada. À noite, todos se deliciaram com a peixada “Divina” (nunca havia comido nada igual), preparada pelo Ávila e sua esposa, em sua casa. Este último dia em Jijoca de Jeri, não poderia ter sido melhor ! Pena que no dia seguinte, eu me separaria desta maravilhosa turma Cearense, pois eles voltariam para Fortaleza e eu e Simone seguiríamos para Luiz Correa, no litoral do Piauí.  12/02/2006 (Domingo) - Depois de uma difícil despedida de nossos amigos, após 5 agradáveis dias juntos.  Seguimos por uns 60 kms de estrada de terra batida de Jijoca de Jeri até Granja/CE, onde pegamos o asfalto, passando por Camocim/CE, Barrouquinha/CE e Chaval/CE (Que como disse meu amigo Cininho, e uma cidade construída no meio de enormes pedras). Logo após Chaval entramos no estado do Piauí e as estradas, como no Ceará, continuavam excelentes. O litoral do Piauí é um dos menores do Brasil, com aproximadamente 64 kms, e segundo contam, foi trocado com o Ceará pela região de Crateús, que pertencia ao Piauí – Acho que o Piauí fez um ótimo negócio, pois apesar de pequeno, o litoral é belo e tem muitas Dunas, lembrando um pouco a região de Cabo Frio/RJ. Chegamos por volta das 15:00 hs na pousada do Sesc em Luiz Correa/PI, situada em frente à praia. Foi então que aconteceu um pequeno contratempo conosco, que foi resolvido com ajuda de nossos Anjos da Guarda, Lana e seu marido. Como Parnaíba, que fica ao lado de Luís Correa, é a segunda maior cidade do Piauí, me programei para tirar dinheiro lá, pois eu tenho conta no HSBC e minha esposa no Itaú, e nem pensei na possibilidade de não existir nenhum destes bancos na cidade.   Mas, qual não foi minha surpresa, ao perguntar para Lana, que trabalha no Sesc e muitíssimo bem nos atendia, onde ficava um dos dois bancos em que temos conta, e a mesma me falou que na cidade não existia nenhum dos dois. Eu e Simone quase caímos pra trás. Estávamos no litoral do Piauí, a mais de 300 kms da capital, com somente R$ 50,00 no bolso e o cartão de crédito, que só era aceito em alguns postos. Depois de nós lamentarmos com nossa nova amiga e guardar nossas coisas na pousada, tínhamos que pensar em uma solução. Mas como já era tarde e ainda estávamos sem almoçar, fomos gastar nossos últimos R$ 50,00 almoçando em uma barraca na praia, onde comemos um delicioso peixe. Ao mesmo tempo em que pensávamos em uma solução para nosso problema, e dávamos gargalhadas de nós mesmos. O que fazer ?  Aí começou a ameaçar cair uma chuva forte, e decidimos voltar para a pousada. Imaginem, sem grana e ainda pegar uma chuvarada em pleno Piauí. Foi então que, voltando pela estrada, aparece um carro emparelhado com a nossa moto, buzinando e mandando a gente parar - Porra ! Será que é assalto ???? Aí já é azar demais para um só dia !!!!!!!! - Mas ficamos surpresos, ao ver no carro Lana e seu marido, que sensibilizados com o nosso problema, já nos procuravam a algum tempo, para se oferecerem para trocar um cheque pra gente, pois iriam no dia seguinte para Teresina, e poderiam sacá-lo na capital. Nós, ao mesmo tempo, ficamos felizes, em conseguir solucionar nosso problema, e surpresos, com a solidariedade daquele casal, que mesmo sem nunca ter nos visto antes, se preocupou conosco, e se ofereceram para nos ajudar, trocando um cheque de R$ 450,00. Depois de muito agradecer nossos anjos da Guarda, voltamos para pousada rapidamente, pois a chuva forte que ameaçava cair, chegou em forma de temporal em pleno Piauí.  Como eu já havia dito antes, ter o prazer de viver estas experiências e conhecer pessoas como este casal, faz a diferença em uma viagem de moto. Vcs acham que passaríamos por tudo isto, se tivéssemos viajado de avião ? Naqueles pacotes mauricinhos, com tudo certinho e planejado.  13/02/2006 (Segunda-feira) – Acordamos bem cedo, com intenção de conhecermos neste dia o Delta do Parnaíba, que é o encontro do rio Parnaíba com o mar, em forma triangular, e repleto de ilhas, que vem a ser o único Delta das Américas. Porém, ficamos decepcionados, ao ligarmos para algumas agências de turismo e descobrirmos que os passeios de barco para o Delta só aconteciam nos finais de semana. Depois desta ducha de água fria nos nossos planos de conhecermos o Delta, resolvemos seguir viagem em direção ao Maranhão. Em Parnaíba abastecemos e fomos parados pela segunda vez pela Policia Rodoviária Federal (A primeira foi em Itaobim/MG), que rapidamente conferiu nossos documentos e mandou seguirmos. Logo entramos no estado do Maranhão, e fomos recepcionados por 13 kms de enormes buracos na pista, que melhora consideravelmente logo depois, em Jandira/MA. Debaixo de chuva forte, chegamos em Tutóia, onde abastecemos novamente e ficamos sabendo que ainda faltavam 34 kms de areia e barro até Paulino Neves, onde embarcaríamos junto com a moto em uma Toyota Bandeirantes até Barreirinhas/MA. Estes 34 kms foram difíceis, em função da chuva forte e dos grandes trechos desertos. Outra coisa que nos assustou neste trecho, foi uma placa a beira da estrada, perto da entrada de uma cidade, onde estava escrito em tom ameaçador – A população avisa “Ao entrar em Seriema, Tire o capacete”. Nem pensamos em desrespeitar esta lei “informal”, que depois ficamos sabendo que foi criada pela população, devido ao grande número de crimes de pistolagem na região, geralmente cometidos por motociclistas de capacete. No começo da tarde chegamos a Paulino Neves/MA, e ficamos sabendo que a Toyota que faz a linha diária de passageiros para Barreirinhas acabara de sair. A solução seria procurar um proprietário de Toyota, coisa comum na região, e negociar um frete para levar-nos a Barreirinhas. Assim, pagaríamos um pouco mais pelo transporte, mas não perderíamos um dia em Paulinho Neves, pois a próxima Toyota de linha só sairia ao meio-dia do dia seguinte. Assim, conhecemos o simpático Seu Teté, que começou cobrando R$ 200,00 pelo frete e, depois de muito choro, baixou o preço para R$ 120,00, com a condição de que nós almoçaríamos no restaurante de sua esposa, e como estamos famintos, foi fácil aceitar a proposta. Depois do almoço, Eu, Seu Teté e Seu Élson (Amigo de Seu Teté, que morava em Barreirinhas e pegaria carona conosco), depois de muito trabalho, conseguimos colocar a moto na carroceria da Toyota, usando uma Duna como rampa. Neste trecho, entre Paulino Neves e Barreirinhas, não existe estrada definida, somente areião, dunas e alagados, com até 1 mt de profundidade (O que tornaria a travessia deste trecho em minha moto, praticamente impossível, tamanho o grau de dificuldade e risco), além de algumas casas bem simples que aparecem esporadicamente. A valente Toyota levou aproximadamente 2:30 hs para vencer os pouco mais de 30 kms, durante a viagem, íamos na carroceria, apreciando a bela e exótica paisagem, e ouvindo o “falante” Seu Élson contar histórias sobre a região. Chegamos em Barreirinhas no final da tarde, descemos à moto da Toyota, novamente em uma duna, e nos despedimos dos nossos novos amigos, Seu Teté e Seu Élson. Depois de uma rápida procura, encontramos uma simples e aconchegante pousada, às margens do Rio Preguiças, onde ficamos. À noite, demos uma volta para conhecer a cidade, que é totalmente voltada para o turismo, lembrando um pouco Porto Seguro, com inúmeras agências que promovem passeios para a região dos Lençóis Maranhenses. Uma coisa que também me chamou a atenção, é uma enorme duna, entre a rua principal e o Rio Preguiças, que parece querer avançar sobre a cidade. Negociamos em uma das agências, um passeio no dia seguinte, de barco até Caburé e Atins, para conhecermos a Foz do Rio Preguiças e os Pequenos Lençóis. Voltamos para a pousada por volta das 22:00 hs, e literalmente apagamos, pois estávamos exaustos depois deste dia cheio de emoções.  14/02/2006 (Terça-feira) – Às 8:00 hs, começamos o passeio de barco pelo Rio Preguiças. Nosso grupo era formado por dois casais Gaúchos; um Suíço e dois rapazes do Rio, além de mim e da Simone. Pacientemente, o guia e piloto do barco nos dava explicações sobre a flora e da fauna da região. Primeiro, passamos por um manguezal, onde vimos jacarés, depois uma parada em Vassouras, nos Pequenos Lençóis, na barraca da Dona Luzia, que fica ao lado de uma grande Duna, e diversos macacos e papagaios brincam com os turistas, vindo comer em nossas mãos. Visitamos também Mandacaru, onde do alto de um Farol, apreciamos a belíssima vista de toda região. Por último, fomos conhecer o povoado de Caburé, que fica situado em uma pequena faixa de areia entre o Rio Preguiças e o mar, com algumas pousadas e restaurantes. Em um destes restaurantes comemos uma autentica e deliciosa Peixada Maranhenses. Voltamos para Barreirinhas no final da tarde. À noite, em mais um passeio pela cidade, compramos na mesma agência, outro passeio para o dia seguinte, desta vez, de Toyota até o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, onde íamos conhecer a Lagoa do Peixe.  15/02/2006 (Quarta-feira) – Acordamos ansiosos neste dia, tomamos o café da manhã na pousada e ficamos aguardando a Toyota, que logo veio nos buscar. Nosso grupo era formado por um casal de Brasília com uma filha pequena, e um grupo de Aracajú formado por um rapaz, com sua mãe e irmã.  Saímos de Barreirinhas e atravessamos o Rio preguiças de balsa. Paramos rapidamente no posto do Ibama, e logo depois, outra parada não programada para trocar um pneu furado. Depois do pneu trocado, seguimos por uma estrada de areia que cobria quase totalmente os pneus da Toyota, onde também havia sucessivos alagados, com a água batendo na carroceria. Além de tudo isto, a Toyota sacolejava intensamente, obrigando-nos a nos segurar firmemente para não sermos jogados pra fora da carroceria.  Porém, todas estas dificuldades se mostravam insignificantes diante da beleza ímpar da região. Ao final desta estrada, chegamos a um local, onde já haviam algumas Toyotas estacionadas. É neste ponto, onde começam as contínuas Dunas, que se formam os Lençóis Maranhenses propriamente ditos. A partir daí iríamos começar uma caminha de aproximadamente 1 hora até a Lagoa do Peixe. É difícil descrever a beleza do local, como disse meu amigo Cininho, a sensação é de estarmos em outro planeta, tudo em sua volta é areia, com Dunas extraordinariamente altas, e alguns pequenos lagos de água límpida que se formam com a água da chuva. Não se houve barulho de nada, só do vento, e a sensação de paz e indescritível. Depois de 1 hora de caminhada, onde nem sentimos o tempo passar, devido à beleza da paisagem, chegamos a enorme Lagoa do Peixe, com suas águas límpidas e de temperatura agradável, onde ficamos por algum tempo nos banhando, e apreciando a beleza daquele local. Depois desta maravilhosa manhã, onde chegamos ao ponto culminante de nossa viagem, que era conhecer os Lençóis Maranhenses, voltamos para Barreirinhas, onde chegamos por volta das 13:00 hs. Como havíamos planejado, pegaríamos à estrada neste mesmo dia, a fim de ganharmos tempo e chegar em tempo a Fortaleza (Que agora estava a 1.200 kms pelo asfalto, passando por Teresina/PI) até sexta-feira, pois nosso amigo Franz, estava organizando uma festa, para comemorarmos o sucesso do passeio a Jijoca. Almoçamos e pegamos a estrada novamente, depois de três dias em que a moto ficou parada em Barreirinhas. Enormes nuvens negras no céu, anunciavam um temporal, que não demorou a chegar, redobramos o cuidado, mas decidimos não parar e seguir viagem. Depois de uma hora de temporal, a chuva apesar de não parar, diminuiu de intensidade. Mas como diminuímos bastante o ritmo da viagem, nem percebemos que a noite não demoraria a chegar. Como nesta região, as cidades são muito distante umas das outras, tivemos dificuldade de encontrar um local para passarmos a noite. E com esta demora, logo escureceu e a única opção que encontramos foi um Motel de beira de estrada, em Miranda do Norte/MA, onde ficamos.  16/02/2006 (Quinta-feira) – Após a chuva do dia anterior, uma manhã de sol nos esperava neste 12º dia de viagem. Saímos cedo, e pegamos as intermináveis retas da BR-316, que nesta região tem um grande movimento de caminhões. Paramos em Teresina/PI, onde fomos ao banco sacar dinheiro e aproveitamos para conhecer o SKUB e o Yonaré do Clube XT 600. Depois desta parada rápida na capital do Piauí, passamos por Campo Maior e chegamos a Piri-Piri, onde pernoitamos na pousada da simpática Dona Dalva.  17/02/2006 (Sexta-feira) – Depois de tomarmos café da manhã junto com toda a família de Dona Dalva, seguimos viagem em direção a Fortaleza.  Logo depois de São João da Fronteira/PI, o relevo e o clima mudam radicalmente. Alguns kms antes da divisa PI/CE, subimos uma serra ígreme e cheia de curvas.  No alto desta serra chegamos à cidade de Tianguá/CE, com muito frio e neblina em pleno Ceará, lembrando o pouco clima de Petrópolis/RJ. Lá fomos parados pela Policia Rodoviária Federal pela 3º vez em toda a viagem, o guarda, que também era motociclista, conferiu os documentos, nos fez algumas perguntas sobre a viagem, elogiando nossa coragem, e rapidamente nos liberou, não sem antes nos desejar, uma boa viagem. Logo depois de Tianguá, começamos a descer a Serra, em um trecho de sucessivas curvas. Próximo de Sobral/CE, apareceram alguns buracos na pista, em um trecho de cerca de 50 kms, onde fomos novamente parados pela Policia. Chegamos em Fortaleza debaixo de muita chuva, sendo recepcionados pelo nosso amigo Franz, que nos levou para trocar o óleo da moto, e instalar uma trava de acelerador (Que se mostrou muito útil na viagem de volta). À noite, participamos da festa no apartamento da Celinha (Que novamente muitíssimo bem nos recebeu), onde tivemos o prazer de reencontrar nossos amigos do Clube XT Ceará, e dar muitas risadas lembrando da nossa aventura à beira-mar na viagem de Fortaleza até Jijoca de Jeri.  18/02/2006 (Sábado) – Com um pouco de ressaca da festa da noite anterior. Partimos de Fortaleza debaixo de chuva, que nos acompanhou até Parajuru/CE. Passamos pela entrada de Canoa Quebrada, onde demos uma rápida parada para conhecermos a cidade, e ficamos encantados com a beleza do lugar, que merece uma visita de alguns dias em nossa próxima viagem ao Nordeste. Seguimos viagem, passando por Mossoró/RN, onde almoçamos abastecemos a gasolina mais barata da viagem até então (R$ 2,38). Uma reta de 270 kms separa Mossoró de Natal, onde chegamos no começo da noite, e ficamos também muito bem impressionados com a beleza e a organização da cidade. Sem dificuldades, encontramos a pousada do Sesc, onde ficamos hospedados em frente à bela praia de Ponta Negra.  À noite, fomos caminhar na bela orla e visitar uma feira de artesanato.  19/02/2006 (Domingo) – Levamos um pequeno susto neste dia, pois a Simone amanheceu com a garganta dolorida e inchada, e eu achei melhor levá-la a uma clínica, onde uma injeção de bezetacil resolveu totalmente o problema.  O restante do dia foi totalmente dedicado a conhecer as belezas da capital Potiguar, então fomos ao Forte dos Reis Magos, no extremo norte da cidade, perto do Rio Potengi, onde uma imensa ponte está sendo construída. Na volta para Ponta Negra, viemos pela avenida beira-mar que, com diversas paradas para fotografar, tomar água de coco, ou simplesmente admirar a paisagem. Aproveitamos à na praia de Ponta Negra, e ainda fomos conhecer o Morro do Careca no finalzinho da tarde.  À noite, voltamos à feirinha de artesanato para comprar algumas lembranças para os amigos e parentes. Com certeza, em nossa próxima viagem ao Nordeste, vamos dedicar alguns dias a mais a esta bela capital, que é Natal.  20/02/2006 (Segunda-feira) – Saímos de Natal, com aquele gostinho de quero mais, pena que o tempo estava começando a ficar curto, pois tínhamos que chegar ao RJ em 24/02. Resolvemos ir pela Via litorânea, o que se mostrou uma ótima escolha, pois ao mesmo tempo, evitamos alguns kms do trânsito pesado da BR-101, e também conhecemos as belas praias ao Sul de Natal, como Pitangi do Norte, Pitangi do Sul e Barra de Tabatinga. Em São José de Mipibu, pegamos a BR-101 em direção a João Pessoa/PB, a estrada, apesar do grande movimento, se encontrava em ótimas condições, com asfalto impecável. Na capital Paraibana, abastecemos e seguimos viagem, agora em direção a Recife/PE, onde chegamos por volta do meio-dia. Na capital Pernambucana, nosso amigo Carlos-PE, nos esperava em posto a beira da estrada, para nos entregar um CD com as fotos, que ele havia tirado, de nosso passeio a Jijoca de Jeri. Depois das despedidas, pegamos a estrada novamente em direção a Maceió/AL. Em Cabo de Santo Agostinho/PE, saímos da BR-101, e seguimos pela rodovia litorânea (PE-060), até Porto de Galinhas, onde em uma rápida parada, pudemos conferir à beleza do local, com suas piscinas naturais e águas transparentes.  Seguimos viagem, e pouco antes da divisa PE/AL, a estrada passa por dentro de um Parque Florestal Estadual, com um túnel da mata nativa, belíssimo !!!  No estado de Alagoas, a estrada se torna AL-101, mas continua em excelentes condições. Chama a atenção também em Alagoas, principalmente em Maragogi, o mar de uma azul de beleza ímpar. Porém, infelizmente também notamos mais pobreza neste estado, com inúmeros barracos a beira da estrada. Depois de 600 kms rodados, em sua maioria a beira-mar, contemplando belíssimas paisagens nos quatro estados do Nordeste por que passamos neste dia, chegamos a Maceió/AL por volta das 19:00 hs, ficando hospedados na pousada do Sesc, na bela praia de Guaxuma, ao Norte da cidade.  21/02/2006 (Terça-feira) – Maceió também nos deixou com um gostinho de quero mais! Saímos cedo e passamos pelas praias urbanas, que lembram um pouco as praias da Zona Sul do Rio de Janeiro, depois de uma parada no caixa automático, atravessamos o Centro da cidade, com inúmeros prédios antigos e bem conservados. No extremo Sul da cidade entramos novamente na rodovia AL-101. Passamos pela praia do Francês e por Barra de São Miguel, onde paramos no mirante do Gunga, onde do alto de uma torre, instalada em um morro ao lado da estrada, pode-se contemplar a vista deslumbrante do mar azul, além de uma imensa plantação de cocos, que começa próximo ao mirante e segue até a areia da praia. Este encontro do azul do mar com este tapete verde dos coqueiros, produz uma imagem de beleza natural rara. Chegamos em Penedo/AL (Cidade situada as margens do Rio São Francisco), por volta do meio-dia, e lá fomos recebidos pelo nosso amigo Adelson, do Clube XT. Depois de uma rápida ida a uma oficina de motos, onde fui verificar o estado das pastilhas de freio. Fomos almoçar, juntamente com o Adelson e sua namorada, além de um simpático casal de motociclistas, amigos do Adelson. Depois do excelente almoço e da despedida de nossos amigos, pegamos à balsa das 13:00 hs, com destino a Neópolis/SE. Como em Penedo/AL, a gasolina custa R$ 2,80 e em Neópolis R$ 2,34, deixei para abastecer a moto (Que já estava na reserva) no lado Sergipano do Velho Chico. Porém, ao comentar esta minha intenção com o rapaz que faz a cobrança da passagem na balsa, o mesmo me alertou que, a gasolina de Neópolis era de péssima qualidade, e caso eu abastecesse lá, certamente teria sérios problemas em minha moto. Este mesmo rapaz, me informou que na estrada 22 kms a frente, em Japoatá/SE, havia um posto com gasolina de boa qualidade. Como eu não tinha como voltar a Penedo, pois a próxima balsa voltando sairia as 15:00 hs. Fiz algumas contas, e cheguei a conclusão que daria para chegar a este posto, porém teria que usar o mesmo artifício de tombar a moto para esquerda, a fim de usar toda a gasolina do tanque, como havia feito próximo a Muriaé/MG, no primeiro dia de viagem. Depois de uns 15 kms rodados, utilizei este recurso, e a moto ligou novamente, assim seguimos por mais alguns kms, até a gasolina acabar de vez, faltando uns 800 metros para chegar ao posto, que por azar, ainda ficava no alto de uma ladeira. Sem ter mais nada a fazer, empurrei a moto até o posto, onde cheguei exausto, debaixo de um sol escaldante. Mas o pior ainda estava por vir, pois ao chegar à bomba, o frentista me avisou que a gasolina havia acabado e só iria chegar por volta das 17:00 hs.  Resignados com nossa falta de sorte, ficamos batento papo com os funcionários do posto, que ficaram admirados com nossa coragem. Até o gerente do posto, sensibilizado com nosso problema, ter a idéia de recorrer a um morador da cidade, que provavelmente teria gasolina em casa para vender. Então, ele mandou um de seus funcionários de moto na casa desta pessoa, e o rapaz logo voltou com 2 litros do precioso líquido. Desta forma, mais uma vez fomos salvos em nossa viagem, agora por estes “novos” amigos Sergipanos, frutos da solidariedade do povo Brasileiro. Depois de muito agradecer a ajuda, seguimos por mais 30 kms até a BR-101, onde completamos o tanque e seguimos viagem, passando por Aracajú/SE, com muito trânsito e obras na pista, Estância/SE e depois Umbaúba/SE, onde dormimos em uma pousada simples e aconchegante.  22/02/2006 (Quarta-feira) -  Entre todos os excelentes cafés da manhã de toda a viagem, este da Pousada em Umbaúba/SE, foi o melhor de todos ! Com uma variedade incrível de sucos naturais e frutas frescas da região. Depois deste farto banquete, pegamos novamente a estrada, e 19 kms depois chegamos à divisa SE/BA. Na Bahia a estrada continua em boas condições, mas o movimento aumenta bastante, principalmente de caminhões, devido a proximidade das industrias situadas no entorno de Salvador. Próximo a Sepeaçú/BA, paramos em uma, entre inúmeras barracas na beira da estrada, para tomarmos uma jarra de suco de laranja, pagando a módica quantia de R$ 1,00. Depois de Santo Antônio de Jesus/BA, o movimento de caminhões diminui consideravelmente, e a estrada, quase sempre cercada pela Mata Atlântica, tem muitas retas, em um trecho muito bonito da BR-101. No final da tarde e comecinho da noite, chegamos debaixo de uma chuva fina a Eunápolis/BA, onde dormimos em um hotel, que depois eleito o segundo pior de toda a viagem. 23/02/2006 (Quinta-feira) – O dia amanheceu com chuva fina. Mas a vontade de chegar em casa era grande, e mesmo assim saímos cedo, pois ainda faltavam 1.100 kms até nossa casa. Perto do Itamarajú/BA, um sol forte deu lugar à chuva, e assim, pudemos aumentar o ritmo da viagem. Entramos no Espírito Santo, onde a estrada ficou ainda melhor, com muitas retas entre plantações de eucaliptos.  Passamos direto por Vitória e pretendíamos dormir em Campos/RJ, mas entre Vitória e a entrada de Guarapari/ES, devido à proximidade do carnaval, tivemos que diminuir muito o ritmo, em função do grande número de carros que seguiam para o litoral, e como logo anoiteceu, resolvemos ficar em Rio Novo do Sul/ES, em uma pousada simples, porém muito aconchegante.  24/02/2006 (Sexta-feira) – Depois de 20 dias de aventura, nesta nossa viagem pelo Brasil, agora somente 400 kms nos separavam de nossa casa. Saímos mais uma vez bem cedo, pois a ansiedade era grande de rever nossos familiares. Logo chegamos à divisa ES/RJ, passamos direto por Campos/RJ, e em frente à Usina Termoelétrica de Macaé, fomos obrigados a esperar cerca de 30 minutos, a estrada ser liberada, devido a um caminhão tombado e atravessado na pista, que causou um engarrafamento de mais de 10 kms. Em Itaboraí/RJ, fizemos o último dos 46 abastecimentos da viagem, e ainda conseguimos chegar em casa às 14:00 hs, a tempo de almoçar com nossos familiares. Esteve um pouco cansados, afinal foram exatos 7.998 kms rodados em 20 dias de viagem por 12 estados do Brasil. O projeto Nordeste, planejado por nós e aguardado por quase um ano, e por termos teve o prazer de ter vivido intensamente cada dia por aqueles dias, de muitas emoções e felicidades, que não são esquecidas por nós.   E também já chegou em casa pensando na viagem do ano que vem, que batizamos o “Projeto Mercosul”.

Viagem do BR Assafrão (BR do RJ) - XT pelo Centro Oeste - 2005

 5.370 KM de XT pelo Centro Oeste do Brasil.  Esta Viagem foi realizada por mim Gilmar Calais Assafrão, morador de Duque de Caxias/RJ, com uma moto Yamaha XT 600 E, no período de 11/02/2005 à 24/02/2005, onde foram percorridos um total de 5.370 KM. Pela primeira vez viajaria sozinho (pois meu amigo que ia comigo, não pôde ir, e minha esposa não poderia se ausentar do RJ, por motivos profissionais), porém estaria  na companhia espiritual de Deus e Nossa Senhora Aparecida, que foram meus fieis companheiros durante toda a viagem. Outro diferencial desta minha viagem, em relação a outras realizadas anteriormente, foram os amigos virtuais do Clube XT600 que encontrei em algumas cidades por onde passei. Eu explico, dentre diversas sites existentes na “Internet” a respeito de motociclismo, me identifiquei muito com o “www.XT600.com.br”, destinado aos admiradores desta ótima moto da Yamaha. Como acesso o site quase que diariamente, passei a conhecer virtualmente, ou em alguns casos pessoalmente, diversos motociclistas de todo o Brasil, que comungam da mesma admiração por motos e viagens. Dentre estes amigos virtuais, tive o prazer de conhecer pessoalmente alguns nesta viagem, pois durante os preparativos, fiz contatos com os residentes nas cidades por onde passaria, anotando telefone e informando datas em que estaria em cada lugar da viagem, que tinha como meta principal a cidade de Bonito/MS.   Aí vai um pequeno resumo dia-a-dia  desta inesquecível viagem.  11-02-2005  (sexta-feira ) - Como sempre, a noite anterior a viagem, não conseguir dormir quase nada, tamanha a ansiedade em que estava. Neste dia, saí de casa por volta das 7:30 hs da manhã, como pretendia ir até Poços de Caldas/MG, onde pernoitaria na casa de minha madrinha, e a distância a percorrer seria aproximadamente 500 KM, fui tranqüilo e sem pressa,  curtindo a viagem e a Serra da Mantiqueira, onde parei para tomar um autêntico café com pão de queijo mineiro, o tempo estava ótimo para viajar de moto, com sol e pouco movimento na estrada. A chegada a Poços de Caldas foi por volta das 14:30 hs, e aproveitei o final do dia para rever Tio, Tia, Primas e minha Madrinha.   12-02-2005  (sábado) – Manhã nublada, com uma chuvinha que vinha e voltava, me deixaram naquela dúvida cruel, colocar ou não a capa de chuva, acabei optando por colocar os impermeáveis, o curioso foi que a chuva começou a ficar forte, mas foram somente 20 KM de chuva, entre Poços de Caldas e Águas da Prata/SP, logo depois o Sol forte me acompanhou por todo o percurso até Bauru/SP, meu destino neste dia, pois rodaria somente  cerca de 380 KM. Assim, passei por algumas cidades do interior paulista, como Pirassununga, Brotas, Jaú, entre outras. Ao chegar a Bauru, por volta das 13:30 hs, liguei para um amigo do clube XT, o Alexandre Bauru, motociclista experiente, com diversos kms de experiência em viagens de moto, inclusive já foi ao Deserto do Atacama no Chile em duas rodas. Este amigo, já havia tido o prazer de conhecer pessoalmente durante um encontro do Clube XT, realizado na cidade mineira de São Tomé das Letras em outubro de 2004. O restante do dia foi bem agitado, participei de dois churrascos, e ainda encontrei tempo para tomar uma gelada com o Alexandre e outro amigo do Clube, o Piolho, gente muito boa, e também morador da cidade, e como não poderia deixar de ser, também fui a uma lanchonete tradicional comer o famoso sanduíche Bauru.  13-02-2005 (Domingo) – Após a despedida do amigo Alexandre, peguei a estrada mais cedo, por volta da 7:00 hs, pois neste dia rodaria cerca de 750 KM até Dourados/MS.  Boas estradas, tempo bom  e grandes retas, assim as cidades foram passando rapidamente, Marília, Assis, e as Presidentes Prudente, Bernardes, Venceslau e Epitácio. Enfim cheguei a divisa SP/MS. E por mais que eu viaja, sempre sinto um sensação diferente ao entrar em um estado nunca visitado anteriormente, e com MS, não foi diferente, principalmente porque o rio Paraná que divide os estados, nesta região é imenso, um verdadeiro mar de água doce. Ao chegar ao MS, o que impressiona também são as grandes distâncias entre as cidades, cheguei a rodar cerca de 200 KM entre Bataguassu e Nova Alvorada do Sul, neste trecho não existe quase nada, só retas intermináveis com até 40 Km, e somente dois postos de gasolina, mas graças a Deus, tudo ocorreu conforme planejado, chegando a Dourados/MS às 19:00  hs,  e logo encontrando um bom hotel a R$ 20,00 à diária.  14-02-2005 (segunda-feira) – Conforme planejado desde o Rio, neste dia faria uma visita a Pedro Juan Caballero no Paraguai, com intenção de comprar uma máquina fotográfica digital, voltando a Dourados no final do dia. Após pedir algumas dicas do pessoal do Hotel com relação ao Paraguai, peguei a estrada, que se resume a uma reta de 120 km até Ponta Porã/MS, cidade separada de Pedro Juan Caballero por uma avenida, com trânsito intenso de motos, bicicletas, carros, etc, entre as duas cidades. Esta foi uma experiência ímpar, pois a região é uma verdadeira babel dos tempos modernos, onde ninguém usa capacete, inclusive os guardas motorizados de trânsito Paraguaios, e as motos levam até três pessoas ao mesmo tempo. Porém os preços são imbatíveis, comprei uma máquina digital Olimpus 395 por U$ 140,00, e a gasolina custa R$ 1,70 o LT, sem o acréscimo de 25 % de álcool, como a brasileira, mas vale lembrar que a cota para compras no país vizinho e de apenas U$ 140,00. Após este tour por terras Paraguais, voltei a Dourados no final da tarde, onde pernoitei por mais uma noite.  15-02-2005 (terça-feira) – Saí cedo rumo ao principal destino da viagem - Bonito que fica a 260 Km de distância de Dourados. Lá chegando, procurei a pousada indicada por um amigo do Clube XT, Toninho Itajaí, que visitou recentemente a cidade, dando-me dicas importantes. Valeu Toninho !  Para quem pretende visitar Bonito, esta dica é muitíssimo útil, procure uma pousada bem simples, pois os passeios duram em média o dia todo, e você só usará a pousada para dormir mesmo.  Neste dia, também por dica deste amigo virtual, procurei a agência de viagens Ygarapé, agendando dois passeios para o dia seguinte, Gruta Azul (R$ 20,00) e flutuação no Rio Sucuri (R$ 80,00), e ainda fui ao Balneário Municipal, um dos poucos passeios que não são feitos por intermédio das agências, porém, tão bonito quanto os demais, nunca vi tanto peixe em minha vida !   16-02-2005 (quarta-feira) – Como o primeiro passeio, que seria a descida a Gruta Azul estava marcado para às 8:00 hs da manhã, acordei cedo e fui ao local indicado pela agência, que fornece um mapa com a localização de todas as atrações turísticas da cidade, que no caso da Gruta Azul, fica à 20 km do centro de Bonito, lá chegando, fui recebido por uma atendente que me deu todas as dicas sobre o passeio. A pequena caminhada que leva à entrada da Gruta Azul, começou  pontualmente às 8:00 hs da manhã, sempre acompanhado de um guia, que nos dava todas as explicações sobre a Gruta, e os cuidados que deveríamos ter no local, principalmente com os estalactites e estalagmites que levam anos para se formar, e podem ser destruídos com um simples toque. Após descer uma escada cravada nas pedras da Gruta, chega-se às margens do Lago, que é de um azul impressionante de tão belo. O segundo passeio do dia, a flutuação no Rio Sucuri, seria realizado em uma fazenda localizada também à 20 km da cidade, porém em sentido inverso ao do primeiro passeio, e estava marcado para às 14:00 hs,  lá chegando às 12:00 hs, fui muito bem recepcionado pelos guias, sendo oferecido um autêntico almoço na fazenda. Difícil e conseguir colocar em palavras o quanto é lindo este passeio, que começa com uma caminhada até a nascente do Rio Sucuri, e termina com a flutuação de 1,5 KM em suas águas transparentes, onde você vê de perto todas as espécies de peixes, simplesmente fantástico! Nesta flutuação, fui acompanhado de três casais de Ingleses de terceira idade, moradores da cidade de Manchester, que não se cansavam de dizer “Very Beaultiful”. Á noite, encontrei um casal de amigos do Clube XT, moradores de Itaqui/RS, o qual havíamos marcado de nos encontrar em Bonito, pois os mesmos também tinham planos de vir para esta cidade. Na verdade, fui encontrado pelo Luciano e a Andréia, que reconheceram minha moto pela placa, e vieram se apresentar, foi a maior festa, pois nós não nos conhecíamos pessoalmente, somente via Internet, e tínhamos muito papo para colocar em dia. Nesta noite, fizemos uma escolha, que se mostrou a mais acertada de toda a viagem, Eu, Luciano e a Andréia compramos um pacote na mesma agência, para um passeio na fazenda São Francisco, situada dentro do Pantanal do Mato Grsso do Sul, no município de Miranda. Nesta noite, ainda encontrei tempo para ir a um cyber café, para fazer um pequeno resumo da viagem e colocar no site do clube XT.  17-02-2005 (quinta-feira) – Marcamos a saída para as 8:00 hs da manhã com destino a fazenda São Francisco, que fica a 130 Km de Bonito. Os primeiros 72 km foram por estrada de chão, com muita poeira. Eu e o Luciano revezávamos na frente, pois o segundo da fila tomava aquela nuvem de poeira, com a Andréia fotografando tudo. Ao chegarmos a um posto de gasolina, onde começava o asfalto, na cidade de Bodoquena, fizemos uma rápida limpeza superficial na gente, e nas motos, e pegamos novamente a estrada, desta vez asfaltada, em direção ao nosso destino, que era a Fazenda São Francisco. Ao chegarmos a Fazenda por volta do 12:00 hs, fomos muito bem recebidos pelos responsáveis pelo atendimento aos turistas, que nos deram todas as informações sobre as atrações e passeios que iríamos fazer.  “Gostaria de deixar aqui também a minha opinião, a respeito do profissionalismo das pessoas e empresas envolvidas no atendimento ao turista nesta importante região turística do Brasil. Pois em minhas pesquisas, feitas antes da viagem, na Internet, guias e amigos que haviam visitado o local, ouvi muito falar dos preços das atrações, que muitos consideram altos, e realmente os preços não são muito populares. Mas acredito, que desta forma, somos brindados com um atendimento de melhor qualidade, inclusive com uma preocupação de dissimular entre os turistas, uma consciência da importância da preservação da fauna e da flora ali existentes, e acho que assim, teremos por muito tempo esta preciosidade intacta. O que não ocorre em outros locais turísticos do Brasil visitados por mim, onde não existe esta organização, e sim pouca, ou nenhum infra-estrutura para atendimento ao turista”.  Após as explicações recebidas, e as motos descarregadas, fomos saborear um delicioso almoço Pantaneiro, o engraçado, era que o Português era o idioma menos falado no restaurante, que estava totalmente tomada por uma excursão de turistas vindos do velho mundo; Alemães, Ingleses, Italianos, Holandeses, Tchecos, Franceses, que tinham acabado de chegar do safári fotográfico, e todos pareciam estar maravilhados com a beleza do local.  O passeio programado para aquela tarde foi um passeio de Chalana, um típico barco Pantaneiro, com uma parada para pescar piranha, peixe comum na região, e fotografar diversos espécies da fauna e da flora, jacarés, tuiuti, garça, falcão, ariranha, entre outros, realmente imperdível. Ao voltarmos à fazenda, ainda tomamos um autêntico caldo de piranha, finalizando o dia com um belo jantar.  18-02-2005 (sexta-feira) - Neste dia, iríamos fazer o safári fotográfico, que é um passeio de 3 hs pela fazenda, em uma camionete adaptada para levar os turistas, onde mais uma vez observamos e fotografamos toda a fauna e flora da fazenda: cervo do Pantanal, sucuri, tamanduá, seriemas, entre outros, e também recebemos do guia, uma explicação sobre as atividades desenvolvidas na fazenda, que explora o turismo, a agricultura e a pecuária. Após o almoço, deixamos a fazenda com destino a Campo Grande/MS , onde chegamos no começo da noite, e encontramos um bom hotel no centro por R$ 30,00 à diária.  19-02-2005 (sábado) – A primeira providência do dia, foi levar as motos para dar uma boa geral, pois ainda estavam muito sujas e empoeiradas. Logo depois, fui a um cyber café para novamente atualizar o resumo de minha viagem no site do Clube XT, ao chegar ao lavador para buscar a moto, tive uma agradável surpresa, pois lá conheci mais um amigo do clube XT, o Peterson, que mora em Campo Grande e reconheceu minha moto pelo adesivo do Clube. Logo ele me levou para conhecer o Pepe, que também faz parte desta família virtual e é morador da cidade. Neste dia, eles marcaram com uma turma de amigos motociclistas, para darmos uma volta pela cidade à noite, galera muito bacana que me tratou muitíssimo bem.  20-02-2005 (domingo) – Posso dizer que este foi o dia mais difícil da viagem, por dois motivos, após quatro dias de convívio com o casal de amigos de Itaqui, teríamos que nos separar, pois eles seguiriam para o Sul, e eu para Caldas Novas, também neste dia teria que rodar cerca de 850 Km até meu destino em Goiás. Após a despedida dos amigos Gaúchos, parti as 7:30 Hs, com um sol bem forte me acompanhando, os primeiros 500 Km foram tranqüilos, apesar das longas distâncias entre as cidades, o que me fez redobrar o cuidado com os abastecimentos, mas ao chegar à divisa MS/GO, me surpreendi com o estado da rodovia a partir dali, pois a estrada simplesmente está destruída, foram 50 Km de sofrimento com as crateras existentes entre Itajá/GO e Itarumã/GO, e o que já estava ruim, ficou pior, pois começou também uma tempestade de verão, com a água da chuva cobrindo os buracos. Próximo a Caçu/GO, a chuva parou e a estrada melhorou consideravelmente, mas infelizmente, devido ao atraso na viagem proporcionado pelos buracos, tive que pernoitar em Itumbiara/GO, após rodar cerca de 730 Km, pois a noite chegou e achei mais seguro não seguir viagem, adiando a chegada a Caldas Novas para o dia seguinte.  21-02-2005 (segunda-feira) – Somente 120 Km me separavam da famosa estância Goiana, e lá cheguei ainda pela manhã, logo encontrando um hotelzinho simples, mas muito aconchegante, e pagando o menor preço de toda viagem, incríveis R$ 15,00 a diária. O período da tarde foi todo dedicado ao ócio em um parque aquático, onde existem dezenas de piscinas e tobogãs de água quente. À noite, mais uma vez atualizei o resumo da viagem no site do Clube Xt.  22-02-2005 (terça-feira) – Este dia também seria bem corrido, porém as distâncias a percorrer não seriam tão expressivas. Logo cedo, saí em direção a Goiânia (170 Km), para encontrar o adorável casal de amigos do Clube Xt, Benzinho e Benzinha, que me levaram para dar um rápido passeio pela bonita capital Goiana, e depois de almoçarmos juntos, parti para Brasília (200 Km), onde havia marcado de me encontrar com outro amigo do Clube Xt, o Fabrício. Lá chegando, fomos dar um passeio pelos principais pontos turísticos de nossa Capital Federal, e aproveitar os últimos raios de sol para tirar algumas fotos. À noite, ainda fomos a um encontro de motos no terraço de um shopping, ponto tradicional de encontro dos motociclistas em Brasília.  23-02-2005 (quarta-feira) – Esta seria a primeira etapa de minha volta, pois agora cada Km rodado me deixaria mais próximo de minha casa e a saudade já começava a apertar. Minha meta neste dia era pernoitar em BH, que fica a 700 Km do DF. No meio do caminho, também tinha um compromisso comigo mesmo, que era comer um peixe às margens do Rio São Francisco, na cidade de Três Marias em MG. Aos amigos motociclistas que passarem pelo local, não deixem de comer a Moqueca de Surubim, que é simplesmente divina! Às 18:00 Hs cheguei a BH, me encontrando em frente ao Carrefour com o Guará, mais um irmão do Clube Xt. À noite, ainda fui saborear uma Picanha no restaurante do Bigode, acompanhado do adorável casas, Guará e Neuza.  24-02-2005 (quinta-feira) – Último dia de viagem, agora apenas 440 Km me separavam de casa.A saudade era muito grande, pois já estava na estrada a duas semanas. Como sempre, saí bem cedo para aproveitar a manhã, período do dia em que a viagem de moto rende mais, a estrada já era uma velha conhecida minha, além de se encontrar em bom estado e se resumir a uma grande descida até o RJ. Em Juiz de Fora/MG, fiz o último dos 23 abastecimentos da viagem.  E após 5.370 Km rodados, e 14 dias de viagem, cheguei em casa as 13:00 Hs, a tempo de almoçar com os familiares, matar as saudades e já começar a pensar na próxima viagem.  Alguns números da viagem: Total de kms rodados : 5.370. Sendo 5.242 KM de estradas boas e razoáveis, 76 KM de estrada de chão entre Bonito e Miranda no MS, e 50 KM de uma estrada destruída entre Itajá e Caçu em Góias. Total gasto - R$ 1.499.91 – Incluindo todas as despesas da viagem, exceto a compra da câmera digital. Combustível : 23 abastecimentos efetuados na viagem - Valor gasto- R$ 552,36. Litros - 245,7. Valor médio - R$ 2,248. Maior preço - R$ 2,63 em Bonito/MS. Menor preço - R$ 1,70 em Pedro Juan Caballero - Paraguai. Menor preço no Brasil - R$ 2,01 em BH. Consumo : Médio - 20,59 Km LT = 5.370 : 260,7 (incluído o combustível que saiu no tanque do Rio). Melhor média = 24,00 km/LT com a gasolina Paraguaia. Pior média = 18,11 km/LT com a gasolina abastecida em Campo Grande/MS. Preços das diárias de Hóteis e Pousadas :R$ 25,00 em Dourados/MS - ar condicionado, frigobar, Tv. R$ 25,00 em Bonito/MS - ar condicionado, tv. R$ 30,00 em Campo Grande/MS - ar condicionado, Tv a cabo, frigobar. R$ 15,00 em Caldas Novas - ventilador de teto, frigobar e TV. OBS – Todos as diárias incluem café da manhã. Gastos com passeios : R$ 80,00 no Rio Sucuri, com direito à flutuação de 1,5 KM e um almoço típico na fazenda. R$ 20,00 no Gruta Azul em Bonito. R$ 10,00 no Balneário Municipal em Bonito. R$ 125,00 na fazenda São Sebastião em Miranda/MS, incluindo dois cafés da manhã, dois almoços e um jantar. Juntamente com um passeio de chalana e um safarí fotográfico. OBS - lembrando que estes valores são referentes a baixa estação, na alta estação ocorre aumento de cerca de 30 %. Gastos com alimentação - os preços variaram de R$ 5,00 em Dourados/MS a R$ 11,00 em  Baguaçu/MS.Agradecimentos,                                                   Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a Deus e Nossa Senhora Aparecida que me acompanharam em toda viagem, me protegendo em todos os momentos. A minha família e aos amigos do Clube Xt que me incentivaram e ajudaram a realizar esta viagem solo. Em especial :  Simone, minha esposa, que me incentivou desde o começo do planejamento da viagem. Amélia, minha mãe, que tenho certeza que rezou por mim todos os dias em que eu estive ausente. Luciano e Andréia de Itaqui, meus companheiros de viagem por quatro dias. Alexandre Bauru e família. Piolho de Bauru. Peterson, Pepe, Jacaré e toda turma de Campo Grande/MS. Benzinho e Benzinha. Fabrício e família. Guará e Neuza. Luke.

Maringá(PR) para Búzios(RJ) - Jhonny k.

Relato de Viagem Maringá (PR) – Búzios (RJ) – 1300 km Triumph Rocket III   Essa foi minha primeira viagem “longa” de moto  e sozinho, antes disso já tinha rodado no maximo 250km ida e volta para lugares próximos. Me preparei umas duas semanas antes, creio que não tinha tanta coisa pra planejar, já que tinha ido outras vezes de carro para Búzios. Também foi a primeira viagem que fiz com a Triumph Rocket III (para os que têm ou querem ter a moto, tenho dados de consumo e desempenho nesse relato, algo que não tinha achado ainda na Net).   Antes de ir, comprei uma bolsa traseira e um par de alforjes, que foram bem úteis e sobrou espaço. A única coisa que levei de especial foi um spray selante para pneu (não sei bem se iria utilizar, acho que só se furar parado o pneu. Se furar andando acho que não teria função, estaria bem ruim meu estado) .   Sai daqui umas 7:00 da manhã de sábado (19/06) com um frio de uns 12 graus e sensação térmica bem abaixo disso. Fui com luvas sem dedos (tive que trocar depois de Ibiporã pq tava congelando). Logo no posto policial de Marialva, quando parei para ajustar volume do mp3, um policial veio e começou a conversar e perguntar da moto (30 minutos de boa conversa).   Bom, no dia anterior tinha abastecido (como fazia há alguns dias) com gasolina Premium de alta octanagem, esperando um melhor desempenho e consumo menor, mas pelos testes feitos de fato a única diferença sutil foi que “encorpou” um pouco as retomadas (mesmo assim, não vale a diferença). Quanto ao consumo do primeiro tanque foi de 14,5 km/l, andando em uma velocidade entre 90km/h e 110km/h (era frio demais pra acelerar mais e muitas curvas). Rodei 256 km até abastecer no posto Kennedy perto de Ourinhos. Logo na seqüência peguei a Castelo Branco (que não tem pedágio para motos), daí consegui sentir realmente a Triumph e para onde ela foi feita (nada de curvas, parece um caminhão para fazer curvas, horrível). Andando em uma media (visual) de 130 a 150 km/h (detalhe, a placa da moto foi tampada pela bolsa traseira e “churrasqueira”). Fui parado por um policial na entrada da Castelo a 180km/h (tenho filmagem dessa cena). Mas só conversamos, ele queria saber mais da moto e pra onde estava indo (mais 20 minutos de boa conversa). Mas, a Castelo não tem como resistir, então, acelerei. Ainda mais pq estava sozinho, quando estamos com alguém fica mais fácil curtir mais lento.   No próximo abastecimento, uma surpresa, andando nessa velocidade (130km/h a 150km/h) a moto fez media de 14,50 km/l (resumindo, ela não aceita velocidades baixas, algo parecido com motor CHT, talvez lenda urbana, na época, andando rápido ou lento o consumo era o mesmo).     Claro, o difícil dessa moto também é agüentar segurar ela nessa velocidade, o vento bate todo no peito, ou seja, tem q literalmente “segurar na moto”. Quando eu abaixava um pouco pra cortar o vento, dava pra aliviar as mãos e pulsos.   O tempo me ajudou muito, somente sol, ida e volta da viagem, pista praticamente limpa, sem caminhões e carros. Na ida encontrei um solitário de HD também, curtindo a Castelo.  Até São Paulo abasteci mais uma vez e também a media ficou na mesma, 14,5km/l. Bem constante.  Cheguei em São Paulo as 14:00 horas, transito leve na Tiete. Fui buscar onde ficar, na minha tia, zona norte...com certeza me perdi algumas vezes, ligações e pedidos de informações. Levei uma hora ou mais para localizar a casa dela. Ao me verem, claro que me chamaram de louco e todas outras coisas (mesmo meus tios tendo uma Vulcan guardada em casa, eu acho que já rodaram mais do que eu). Almocei e dormi cedo, estava meio cansado por uma tensão natural. Levantei no Domingo cedo, calculei que chegaria umas 3 da tarde em búzios (tentar assistir o jogo do Brasil), se tivesse saído umas 7:00 horas da manha, mas acho que sai 9:00 da manha. Despedidas e procurando por posto atrasou um pouco. Em São Paulo como em outras cidades temos que tentar achar um posto de confiança, mas percebi que nem com bandeiras de distribuidoras podemos confiar. Novamente o consumo ficou próximo do que já estava fazendo. Chegando no Rio de Janeiro, foi tranqüilo, sem transito também, peguei direto a Av. Brasil e fui para a  ponte Rio-Niteroi.   Algo que acontecia constantemente nas minhas breves paradas, em geral entre 10 e 15 minutos, para abastecer, ir ao banheiro e tomar um café, todos que viam a moto, desde frentista ate pessoas no posto, iam me ver, perguntar de onde vim e para onde ia, queriam saber da moto etc. Fui bem recebido, e parabenizado pela coragem.    Fiz meu ultimo abastecimento logo na entrada da Via Lagos, concessionária do trecho de estrada que leva ate búzios. Comi um sanduíche de lingüiça (excelente). Foi em um posto de bandeira, talvez Ipiranga. Bom, logo que sai não percebi, mas depois de uns 10 km, senti que nas retomadas a moto não rendia, não dava giro como antes. Parecia um motor 16 válvulas, que em baixo giro dava trabalho, bem diferente. Ou seja, gasolina batizada, logo que cheguei em Búzios abasteci novamente e surpresa, a moto fez media de 16km/l. Mas eu acho que foi pq não dava giro facil e com isso não consumia muito, mas claro, prefiro ela bebendo mais do que com problemas futuros.    Cheguei em Búzios 16:15, acho que no intervalo de jogo do Brasil, tomei uma cerveja, relaxei, terminei de ver o jogo. Viagem tranqüila com certeza, pouca gente mesmo na estrada, devido ao jogo. Fiquei uma semana lá, andei pouco com ela na cidade, pq é bem ruim para fazer curvas e paralelepípedos, mas ela chamava bem a atenção de onde passava e sempre era convidado para fazer um passeio em Tiradentes, acho que naquele final de semana mesmo. Encontrei um pessoal que faz parte de Clube de motos lá mesmo.   Bom, o retorno, pretendia sair no sábado para descansar em São Paulo novamente, mas foi impossível, compromissos (festas) me impediram. Fui dormir as 3 da manhã no sábado, levantei as seis e sai de búzios 7:30 da manha. Atrasado como sempre.   Fiz o que podia para rodar o máximo possível, pq tinha que trabalhar ainda na segunda, então, fiz uma “loucura” , rodei 950 km, direto até Ourinhos. Com paradas para reabastecer e um momento para lanche. Na Castelo branco, no inicio dela, vi dezenas de motos vindo de algum encontro que teve ali por perto. Na ida, ainda na Dutra, passaram por mim dois casais um com uma BMW e outra KTM 990 (pq o povo de BMW sempre anda rápido? Ou eu que ando lento demais?). Parei e fui conversar com eles em um posto. Estavam indo para Bento Gonçalves, curtir um pouco de frio. Falei que não conseguiria acompanhar até São Paulo pq eles são muito rápidos, principalmente em curvas (como disse, acho que eu sou lento nas curvas).  Perto de Ourinhos, já escuro 18:30 (não toquei direto para Maringá, pq eu estava com uma viseira escura, já não tava vendo mais nada),  encontrei um casal de virago, segui até entrada da cidade e pedi para eles pararem e me indicarem um hotel. Agradeci e fui comer algo e descansar. Na segunda feira cedo, sai do hotel e vim para Maringá, cheguei umas 9:30 da manha, 3 horas de viagem, bem tranqüila.   Resumindo tudo isso, achei fantástico a estrada, não tem coisa melhor. Creio que preciso fazer mais disso, só falta mais pessoas pra dividir esses momentos. Tenho idéia de ir pra Buenos Aires em outubro ou novembro, caso tenha interessados no BrRiders, estou esperando o contato.   Abraços  Jhonny k.

Assafrão: de XT pelo SUL em 2004

VIAGEM DE 4.200 KM PELO SUL DO BRASIL. (Rio-Balneário Camboriú-Florianópolis-Serra do Rio do Rastro-Foz do Iguaçu-Rio).  Esta viagem foi realizada por mim, Gilmar Calais Assafrão, com uma XT 600 E, juntamente com meu amigo, José Juvenal Vaz, de NX 400 Falcão, no período de 02-02-2004 de 12-02-2004. Somos amigos e motociclistas e moramos em Duque de Caxias-RJ.  Como em viagens de moto, uma das maiores vantagens, e estar em harmonia com o ambiente ao redor, e nós não tínhamos pressa. Resolvemos pela Rio-Santos, e pela estrada da Graciosa no Paraná, o que foi com uma grande precisão, devido aos deslumbrantes espectadores das mesmas, com muito mar e serra sempre nos acompanhando.  02-02-2004 - Nossa viagem às 6:00 hs da manhã de segunda-feira de sol forte, em torno de nós 720 km, sendo os primeiros 450 km, como já foi dito, de belíssimas paisagens, com o mar a nossa direita e a direita, o lindo verde da Serra que acompanha a estrada. No final da Rio-Santos, pegamos a Rod. Piaçaguera-Guarujá e depois uma Rod. Pedro Taques (Trânsito pesado e muitas carretas na altura de Cubatão-SP) até Mongaguá, onde almoçamos. Quando faltavam apenas 20 km para chegarmos a Registro-SP, já na Régis Bittencourt, caiu uma tempestade de verão que durou 2:00 hs, e já arrumou 700 km, paramos em um posto e ficamos aguardando a chuva passar, e após uma corrida rodou mais 20 km e já será em Registro-SP, onde pernoitamos.  03-02-2004 - Depois de uma viagem pela estrada da Graciosa, onde fomos parados pela policia pela única vez em toda a viagem, depois de tudo conferido, descemos pela bela e a Serra da Graciosa (onde se faz a diferença de velocidade) até a BR-277, em direção a Caiobá-PR, onde se pega uma balsa para Guaratuba-PR, Por Garuva-SC e pela parte duplicada da BR-101, chegando por volta das 13:00 hs em Balneário Camboriú-SC.  05-02-2004 - Após dois dias e meio de sol e praia em Camboriú e arredores, onde exploram quase todos os pontos de interesse do litoral catarinense, os seguimos para Florianópolis-SC na sexta-feira. Na bela capital de Catarinense, ficamos hospedados NA TOCA DO Viajante DE MOTO, e tivemos a honra EO prazer de conhecer e Conviver POR Dois dias com o grande casal de amigos motociclistas CÍCERO E Lourdes - ( WWW.CICEROPAES.COM.BR ), Onde S nos nos rodeia e nas praias da sua linda cidade.  08-02-2004 - Nesta manhã de domingo chuvosa, partimos de Floripa em direção a Serra do Rio do Rastro, saímos com as aventuras de uma noite só com a passagem, mas ela é arrematada por toda manhã. Leave this back to the rain and neblina the visual of the serra. Neste dia passado por São Joaquim, Lajes, Santa Cecília, Caçador em SC, e Palmas, Pato Branco, Francisco Beltrão e Cap. Leônidas Marques no PR, onde pernoitamos, somando 970 km rodados neste dia, e cerca de 400 km foram com chuva.  09-02-2004 - Como estava rodando bastante no dia anterior, e estava a uns 180 km de Foz do Iguaçu, acordamos mais tarde neste dia, tomai um café da manhã, acompanhado de um bom papo com o proprietário do hotel, um senhor gaúcho muito simpático. Sábado às 10:00 hs da manhã, e chegamos a Foz às voltas das 13:00 hs, onde achamos um bom hotel com um ótimo preço. Neste mesmo dia, à vontade Cidade Del Leste e comprar algumas lembranças. Por um desconto de um posto de gasolina pode ser abastecido, que informa muito o roubo de motos na cidade, é um descanso como nossas companheiras de viagem, deixando-o sem hotel e indo para o Paraguai de moto-taxi, meio de transporte muito comum na cidade.  10-02-2004 - Este foi nosso dia de passeio típico, não conhecendo os prazeres de uma viagem de moto. Com o mesmo nome do Cataratas do lado Argentino, às 9:00 hs, e ficamos a todo o dia conhecendo esta linda obra da natureza, com direito a um Autêntico churrasco Argentino nenhum restaurante das Cataratas, Guia e etc. Realmente foi Uma Experiência ímpar, como Cataratas São lindas e QUALQUÉR hum FICA impressionado com o SUA grandiosidade, conhecemos also o marco das Três Fronteiras ea Pequena Cidade Argentina de Puerto Iguazu. Uma curiosidade, ao chegar ao passeio pelas 18:00 hs, foram deixadas mais duas motos estacionadas na garagem do hotel, uma era uma BMW 650 de um canadense, chegou ao Canadá até Ushuaia, e também uma XT 600 preta de placa de Florianópolis-SC. Após dois dias em Foz, e nove dias de casa, já estamos com nossas saudades de nossa família e resoluções, em seguida, nossa volta para casa no dia seguinte, depois combinamos de pegar uma estrada mais cedo possível.   11-02-2004 – Saímos de Foz do Iguaçu às 5:00 hs da manhã, com muita neblina e frio. Eu também tinha um compromisso pessoal neste dia, passar na cidade de Corbélia-PR, perto de Cascavel-PR, para tirar algumas fotos e conhecer a igreja onde eu fui batizado em 1971, pois naquela época minha madrinha ali residia, mas foram somente uns 20 minutos, pois a cidade fica as margens da BR-369, nosso caminho de volta. Com uma temperatura excelente para se pilotar, os Kms e as cidades iam passando rapidamente, Cascavel, Campo Mourão, Maringá, Londrina, Cornélio Procópio. Nesta região do norte do Paraná, chama a atenção as grandes plantações de soja, feijão, milho, etc, dando a impressão de ser uma região rica e desenvolvida, almoçamos muito bem em Cambará (comida boa e barata), última cidade paranaense antes da divisa com o estado de São Paulo. Vale ressaltar nossa indignação com a enorme quantidade de pedágios no estado do Paraná, foram um total de oito de Foz do Iguaçu até divisa com SP, onde motos pagam, e a estrada e quase toda em pista simples, não justificando esta absurda cobrança. Entramos no estado de São Paulo, e enfim ficamos livres do pagamento de pedágios até o Rio de Janeiro. Pegamos a boa e duplicada  Rod. Castelo Branco, este trecho da viagem foi até monótono, pois a estrada se resume praticamente a uma reta só até a capital paulista. Chegamos a marginal Tietê por volta das 18:30 hs (pior horário impossível), trânsito caótico, medo de assaltos e começava a chover, nosso maior medo, pois foi na semana que houve aquelas enchentes que pararam a cidade, mas graças a Deus a chuva não passou de uma pequena garoa, e logo já estávamos na Dutra, e após rodarmos 1.200 km em um único dia, exaustos mas felizes por já estarmos bem mais próximos de casa, paramos no primeiro hotel que encontramos na cidade de Caçapava-SP.  12-02-2004 – Neste último dia de nossa viagem, pegamos a estrada às 8:00 hs da manhã, com o tempo um pouco nublado, rodamos uns 30 km  e começou a chover, paramos em um posto e colocamos as capas de chuva, aí rodamos mais uns 30 km e o Sol apareceu novamente (sacanagem), mesmo assim decidimos não parar para retirar as capas, para não perdemos tempo, apesar do Sol cada vez mais forte que nos recebia após a descida da serra das Araras, pois era muito grande nossa ansiedade de chegar em casa e chegamos por volta do meio-dia. Fiquei muito feliz em poder rever minha esposa, mãe, sobrinhas e irmã.  O total gasto por mim nestes 11 dias de viagem, com tudo incluído, foram exatos R$ 1.005,0.  Mas o prazer , a felicidade e a satisfação de transformar em realidade esta viagem, que foi planejada e aguardada com ansiedade por um ano, NÃO TEM NADA QUE PAGUE.  ALGUNS NÚMEROS DA VIAGEM :  -4.200 km rodados em 11 dias. -Total gasto com gasolina : R$ 381,00. -17 abastecimentos efetuados – média R$ 2,09 : Maior preço –  R$ 2,29 em Ubatuba/SP .                                                                              Menor preço – R$ 1,89 em Maringá/PR. -Consumo médio da XT 600 : 21,5 KM/LT. -Total de gastos com 8 pedágios no estado do Paraná : Cerca de R$ 19,00. -Pernoitamos em 5 diferentes hotéis : Maior preço – R$ 25,00  por pessoa em Balneário camboriú.                                                                Menor preço – R$ 20,00 por pessoa nas demais cidades. -Preço da gelada (Skol é claro) : R$ 3,00 nas praias e R$ 2,60 nos botecos (Lembrando que só  bebemos quando não estamos pilotando).  DICAS DE VIAGEM :  -Para evitar problemas com a viagem, e realmente não há um problema neste sentido, em que os serviços de Cias são conhecidos. -Foi entregue uma revisão geral nas viagens de um robô de confiança, e XT 600 não teve qualquer problema durante todo o percurso, tendo sido necessário apenas a lubrificação da relação diária. -Os gastos com o frete ficaram entre R $ 4,00 e R $ 8,00. Lembrando que nem sempre o mais caro, o melhor, inclusive o melhor de todos em um restaurante bem simples, já limpo e aconchegante por um preço de R $ 4,00 por refeição, na cidade de Cambará-PR. -Sempre uma pequena pesquisa em uns 3 hotéis, na medida do possível, antes de escolher. Nestes casos uma choradinha sem preço sempre ajuda, funcionou por duas vezes.

REVISTA DUAS RODAS N 156 – JUNHO – 1988 UM SONHO REALIZADO

Ushuaia Chegar a Ushuaia, no extremo Sul do continente americano, era o grande sonho de João Gonçalves Filho, que conseguiu realizá-lo numa aventura de 12 mil km.É meio dia. Não fico para o almoço. A Patagônia está me esperando. Beijo meu harém (quatro filhas, a esposa, a sogra, duas cachorras e uma arara ) e ligo a Honda CBX 750F, que ronca alto. ...

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